domingo, 31 de julho de 2011

DCTA e ITA são ‘berços’ da ciência e tecnologia em S. José

Julho 31, 2011 - 04:02

DCTA e ITA são ‘berços’ da ciência e tecnologia em S. José

MAJOR BRIGADEIRO PEDRO FRAZÃO DE MEDEIROS LIMA, 88 E A ESPOSA Victor Moriyama
Mabe. Avião São José dos Campos Victor Moriyama
Criação dos institutos nos anos 50 muda de vez os rumos do desenvolvimento da cidade, até então uma estância climática
Beatriz Rosa
São José dos Campos

Uma ‘fortaleza’ em São José esconde um dos principais centros de pesquisa do país e o marco do desenvolvimento tecnológico da cidade, o complexo do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) e o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).

O contrato para a instalação do complexo foi assinado em abril de 1947, mas antes disso a região conhecida como Campo dos Alemães era coberta por capim barba-de-bode e bosques de eucaliptos.

Foram nesses campos que o marechal do ar Casimiro Montenegro Filho enxergou a criação de uma escola aeronáutica e um centro de pesquisa que no futuro geraria frutos como a Embraer. “Ele escolheu São José porque era uma região desabitada e com espaço para crescer, além de ser próxima de São Paulo e do Porto de São Sebastião, de onde chegariam equipamentos para a criação do centro”, conta o brigadeiro Maurício Pazini Brandão, 55 anos, professor do ITA.

Para o brigadeiro, a instalação do complexo foi o grande milagre na década de 40. “Pessoas de visão se juntaram em busca de soluções inovadoras. Militares e civis se uniram para criar esse complexo.”

ITA. Pazini conta que Montenegro iniciou o projeto pela criação da escola. “A ideia era que a escola daria sustentação ao centro de pesquisas e este às indústrias. Montenegro foi aos Estados Unidos e contratou os melhores professores para vir aqui dar aula. No início, as aulas eram todas em inglês.”

A primeira turma do ITA se formou em 1950, mesmo ano da inauguração do então CTA. “Isso porque o Exército mantinha uma escola técnica no Rio de Janeiro desde 1939.”

Naquela época, o complexo ainda era pequeno e abrigava um laboratório de simulação de voos e pouso, residências e refeitório. Em 1954, foi criado o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento.

Indústria. Em 1969, surgia da 20ª turma de engenheiros do ITA, a Embraer. “Em 1965, foi criado o projeto do avião Bandeirante 1 com 19 lugares e bimotor. A nossa pista ainda era de terra, mas o avião era forte e a Força Aérea encomendou 100 unidades em 1969. Ali nascia a Embraer. Foram produzidos 500 aviões."

Desenvolvimento. Comandante do CTA na década de 70, o major brigadeiro Pedro Frazão de Medeiros, 88 anos, disse que o CTA gerou um grande parque industrial aeronáutico que mudou a história da cidade e do país.

“Isso aqui era tudo capim. A cidade era uma instância climática, mas a chegada do CTA mudou tudo, foram criados o avião Bandeirante, o motor a álcool e desenvolvidos satélites e foguetes. São José se desenvolveu a partir do CTA.”

Frazão comandou o CTA entre 1976 e 1979 e se dedicou ao planejamento urbano do complexo com novos arruamentos e arborização.

Sua mulher Marina Frazão, 78 anos, continua visitando a área ao lado do brigadeiro até os dias de hoje. “Aqui a gente vem ao médico e visita os amigos. Também vamos ao banco porque aqui é mais seguro.”

Hoje, a área militar, com mais de 9 milhões de metros quadrados, mantém, além do complexo tecnológico, residências, comércios, hospital, capela, escolas e museu.
Cozinheiro relembra os primeiros desafiosSão José dos Campos

Civis também fizeram parte da história do desenvolvimento do complexo do DCTA.

Com orgulho, o cozinheiro aposentado José Alves dos Santos, 74 anos, exibe seus troféus --uma miniatura do VLS e a medalha Bartolomeu Gusmão que recebeu das mãos do alto comando do DCTA em 1995 após 35 anos de serviços prestados. “É o meu troféu. Entrei no CTA na inauguração do rancho em 1961. Comecei como cozinheiro. Grelhava 600 quilos de bife por dia para cerca de 2.000 pessoas. Foram 22 anos nessa função.”

Nas horas de folga, Santos trabalhava como garçom nos bailes do CTA. Após duas promoções, conseguiu se mudar para o CTA, onde viveu com sua família por 13 anos. “O CTA contribuiu muito para o desenvolvimento da cidade. De lá saíram muitos engenheiros e professores.”

O cozinheiro, que fez carreira no CTA e se aposentou como assistente de ciência e tecnologia, conta que aprendeu muito. “Ali, eles criaram muitos aviões, o primeiro motor a álcool e fizeram um jipinho com a fibra da banana.”
A criação do CTA
Origem
É criado a Comissão Organizadora do Centro Técnico Aeroespacial no Rio de Janeiro. Em julho de 1947, a Prefeitura de São José doa a área ao então Ministério da Aeronáutica

1950
É criado o ITA. Alunos do curso técnico do Exército no Rio de Janeiro são transferidos para São José. Em 1954 é criado o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento. Em 1969 é criado o IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço)

Indústria
Em 1965, estudantes desenvolvem o protótipo do avião Bandeirante. Em 1969, a Força Aérea Brasileira encomenda 100 unidades do avião, dando origem à Embraer

Nélson D’Ávila é revitalizada

Julho 31, 2011 - 04:02

Nélson D’Ávila é revitalizada

Avenida Nelson D Thiago Leon
Avenida Nelson D Thiago Leon
Avenida de São José ganha novos prédios após aumento da segurança e redução do movimento de garotas de programa
Chico Pereira
São José dos Campos

Um dos principais corredores de acesso ao centro de São José dos Campos, a avenida Nelson D’Ávila mostra sinais de revitalização depois de atravessar longo período de estagnação e decadência.

Em breve, o corredor ganhará novos empreendimentos comerciais e residenciais.

Na esquina da avenida com a rua Eugênio Bonádio será construída uma torre residencial de 20 andares. O empreendimento da construtora Ditolvo, denominado City Life, ocupará área de 1.400 metros quadrados. O projeto prevê ainda implantação de prédio comercial voltado para a avenida.

Revitalização. “Esta região possui toda a infraestrutura necessária para lançamentos deste porte”, afirmou o diretor comercial da empresa, Ricardo Manziane.

Segundo ele, outro fato que chamou a atenção da construtora foi a proposta da prefeitura de revitalizar todo o centro. “É uma região que possui todas as facilidades.”
Quase em frente, a Porto Seguro termina a revitalização do imóvel que estava fechado há vários anos para ser sua nova sede na cidade. O prédio abrigou uma loja da Veibras Veículos. No passado, abrigou a cerâmica Eugênio Bonádio.

Otimismo. Comerciantes estabelecidos ao longo dos 2.150 metros da avenida estão otimistas com o surgimento de novos empreendimentos.

Lojistas relatam que a segurança melhorou depois que a prefeitura implantou câmeras de vigilância no corredor, o que contribuiu para a redução do movimento de garotas de programa e mendicância.

“Antes, era comum elas ficarem na rua durante o dia. Hoje, não ficam mais”, disse Thiago Martins, da loja Motorbombas do Vale.

Fases. Estabelecido há 20 anos na Nelson D’Ávila, o empresário Jorge Neto, da Pluma Colchões e Enxovais, relata que já vivenciou várias fases da avenida Nélson D’Ávila.
“Ela já passou por várias transformações. Agora, é conhecida como a avenida dos estudantes por causa dos cursinhos pré-vestibulares.”

Para Alan Rodrigues, da loja de móveis Casa Nova Design, a avenida ainda é conhecida como a rua dos móveis.

“É uma tradição. Atendemos clientes de toda a região, do litoral e até do sul de Minas. A Nelson D’Ávila é uma referência em móveis.”

Plano. Segundo Wagner Martins, da Malharia Catarinense, à noite e de madrugada ainda há movimento de garotas de programa mas, de modo geral, a Nelson D’Ávila apresenta sinais de revitalização. “Ela é muito bonita e sempre é possível melhorar.”

O presidente da ACI (Associação Comercial e Industrial), Felipe Cury, afirmou que a entidade apoia e vai buscar viabilizar um plano para a revitalização do corredor.
Novo projeto movimenta o centroSão José dos Campos

O Ipplan (Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento) planeja lançar em agosto nova proposta para revitalização do centro de São José dos Campos.

Segundo a diretora do instituto, Cynthia Gonçalo, o projeto denominado “Centro Vivo” contempla propostas para recuperação do miolo central da cidade, que inclui parte da avenida Nelson D’Ávila.

Um dos planos é a ocupação da antiga galeria Pedro Rachid, na rua Humaitá, prédio retomado pela prefeitura em março deste ano.

“A ideia é que o espaço abrigue atividades diurnas e noturnas, públicas e particulares, para movimentar o centro”, afirmou Cynthia.

Ela relatou ainda que o Ipplan colabora com o plano de recuperação do antigo prédio da Lojas Americanas, alugado por um grupo empresarial de Guarulhos.

Para o arquiteto Flávio Mourão, somente com uma forte intervenção do poder público municipal será possível reverter a degradação da área.

SAIBA MAIS
Empreendimentos
A avenida Nelson D’Ávila vai receber novos empreendimentos comerciais e residenciais

Revitalização
O corredor também deve integrar o plano de revitalização do centro, em fase de elaboração pela prefeitura

Tradição
A Nelson D’Ávila é um dos principais corredores de acesso ao centro e mantém a tradição de abrigar lojas de móveis

Movimento
O corredor registra movimento diário, durante a semana, de 40 mil veículos

Segurança
A avenida possui seis câmeras de segurança. A Secretaria de Defesa do Cidadão informou que promove fiscalização na avenida em conjunto com a Polícia Militar

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Construtoras congelam projetos habitacionais

Julho 29, 2011 - 04:54

Construtoras congelam projetos habitacionais

Segundo a Aconvap, nenhum empreendimento de grande porte foi liberado neste ano pela prefeitura
Chico Pereira
São José dos Campos

A nova Lei de Zoneamento de São José dos Campos congelou a aprovação de novos grandes empreendimentos imobiliários na cidade.

A avaliação é de empresários da construção civil, que afirmam que o período de estagnação é resultado das restrições impostas pela nova legislação, principalmente para as regiões mais cobiçadas, como Jardim Aquarius (zona oeste), onde, pela norma anterior, era permitida a construção de espigões com até 30 andares.

A nova Lei de Zoneamento, que entrou em vigor em janeiro deste ano, limita em no máximo 15 o número de pavimentos.

O presidente da Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba), Cléber Córdoba, disse a O VALE que nos primeiros seis meses de vigência da legislação nenhum projeto de grande porte imobiliário foi aprovado pela prefeitura. “O setor atravessa uma fase de adaptação. Os empresários analisam a execução de empreendimentos dentro das áreas disponíveis e com base na novas regras”, afirmou.

Córdoba argumenta que, como a Lei de Zoneamento é “muito restritiva”, os empresários precisam verificar a viabilidade econômica de novos grandes empreendimentos.

Ele frisou que, no período de 2011 a 2013, vão ser lançados grandes edificações aprovadas antes da lei em vigor.
“Após 2013, haverá carência de empreendimentos imobiliários”, afirmou.

Carteira. A carteira de grandes projetos aprovados com base na chamada Lei de Transição soma 181.

Do total aprovado, 148 são prédios. Desses, 86 com 15 andares e restante com até 31 pavimentos.

Mesmo em fase de adaptação, os empresários da construção civil não desistiram da tentativa de rever as regras do novo zoneamento. “Estamos na fase de estudos. A intenção é voltar novamente a conversar com os técnicos da prefeitura”, disse Córdoba.

Impactos. Na avaliação do diretor regional do SindusCon (Sindicato da Indústria da Construção Civil), José Roberto Alves, o momento é de verificar os impactos positivos e negativos da nova lei. “Temos que avaliar os resultados e observar o comportamento do mercado”, declarou.

Para ele, a nova lei já provoca reflexos na oferta de moradias. “Não vemos o surgimento de novas construções, apenas o término das que foram iniciadas”, afirmou.
Segundo o diretor, haverá consequências na geração de empregos e no surgimento de novos empreendimentos.

“O mercado é que vai determinar se haverá espaço e compradores para novos grandes empreendimentos”, disse.

Alves destacou, porém, que é importante manter diálogo com a administração “para análise dos impactos e uma eventual correção de rumos”.

Outro lado. Em nota, a Secretaria de Planejamento de São José informou que, por falta de “maior divulgação”, a Aconvap não teria conhecimento que foram protocolados 120 grandes projetos com base na nova lei, sendo que 20 deles já foram aprovados, 43 estão em fase de aprovação final e 57 se encontram em análise.

A prefeitura classifica como empreendimentos de grande porte todas as edificações com área construída superior a 600 metros quadrados.

Caçula de São José, Aquarius simboliza ‘boom’ da zona oeste

Julho 29, 2011 - 04:57

Caçula de São José, Aquarius simboliza ‘boom’ da zona oeste

No lugar de fazendas de arroz e do que era para ser uma fábrica de caminhões, nasce o bairro mais verticalizado da cidade
Beatriz Rosa
São José dos Campos

Quem percorre as cobiçadas ruas do Jardim Aquarius, na região oeste de São José doas Campos, nem imagina que ali seria a sede de uma fábrica de automóveis.

Pelo menos, esse era o plano, entre as décadas de 50 e 70, para a área que hoje abriga os bairros ‘caçulas’ da cidade.

“A Ford chegou a São José em 1956 e comprou uma área de mais de 1,5 milhão de metros quadrados, onde hoje está o Aquarius, para montar uma fábrica de caminhões”, disse o ex-prefeito Ednardo de Paula Santos, 75 anos.

Mas a aquisição da área criou um problema à cidade --a antiga estrada do Imperador, que ligava a avenida São João com Jacareí, foi interditada.

“Eles fecharam o acesso e criaram um gargalo na cidade. Os carros tinham que contornar a área particular da Ford”, disse Ednardo. Um gargalo que perdurou por 22 anos.

Desapropriação. Em 1978, após anos de impasse, a área foi desapropriada pelo então prefeito Ednardo.

“Antes de ser prefeito, fui representante da Ford em São José e sabia que eles tinham interesse em montar a fábrica em Taubaté. Então, quando fui prefeito em 1975, perguntei se eles pretendiam construir a fábrica aqui ou em Taubaté, porque eu queria abrir uma avenida ali. Nada de resposta. Em junho de 1978, desapropriei a área e abri a avenida Cassiano Ricardo em quatro meses e meio”, relembra Ednardo

Mudança. A abertura da avenida Cassiano Ricardo mudou os rumos da região, que de industrial passou a residencial.

“A Ford foi para Taubaté e vendeu as terras para a Serveng, que começou a lotear o Aquarius, Altos do Esplanada e Jardim Cassiano Ricardo”, disse o presidente da Aconvap (Associação das Construtoras do Vale), Cléber Córdoba.

Segundo ele, o modelo de alto padrão atraiu muitos investidores para o local.

“A região do Aquarius é a filha jovem de São José. Tem apenas 30 anos, cresceu rápido, mas ainda irá amadurecer. É um bairro com vida própria, onde é possível morar, trabalhar e se divertir.”

Há 13 anos, o empresário Veridiano Tavares Filho, 70 anos, proprietário da Vinac (de consórcios de veículos) decidiu investir na região e hoje colhe bons frutos do negócio.
“Deixei o centro pelo Aquarius. Fui um dos primeiros comerciantes a chegar e o resultado dessa mudança superou em muito minhas expectativas.”

Para Tavares, a região tem vocação comercial e ele já planeja um novo investimento.

“Aprovamos a construção de um prédio comercial.”

Crescimento. E o Aquarius não para de crescer.

Em janeiro deste ano, a prefeitura liberou por meio de lei a construção de 12 prédios entre o Aquarius, o Royal Parque, o Colinas e o Serimbura --10 residenciais (1.251 apartamentos) e dois comerciais (424 salas e 12 lojas). A previsão é que até 2012 os moradores da região ganhem 5.000 novos vizinhos.

Um desafio para o bairro mais jovem da cidade.
Avaliação
Urbanista critica ocupação exagerada
Para o arquiteto e urbanista Flávio Mourão, o Jardim Aquarius nasceu planejado, mas cedeu às pressões do mercado e hoje é um exemplo ruim de planejamento. “O projeto inicial previa apenas um núcleo vertical com prédios comerciais. Mas a Câmara e a prefeitura deram um ‘plus’ na verticalização. Esse exagero causou problemas estruturais ao bairro”, disse.
Série
‘Vale’ traz hoje a 5ª reportagem especial
Mesmo a região mais jovem da cidade tem suas curiosidades e hoje O VALE contou a história do Jardim Aquarius na 5a reportagem da série ‘Expedição São José’. Foram publicadas reportagens sobre a praça da Matriz, Santana, Jardim Satélite e do sanatório que funcionou por 30 anos no parque Santos Dumont. Amanhã, O VALE mostra o desenvolvimento da região leste.
Fazenda de arroz dá lugar a fábricas e comércios
São José dos Campos

As terras onde hoje estão consolidados bairros como o Jardim das Indústrias e o Limoeiro, na região oeste, eram fazendas de plantação de arroz na década de 30.

A construção da Fazenda Limoeiro, em 1932, foi um dos marcos do desenvolvimento agropecuário da região e Carlos Marcondes, o pioneiro.

Sua neta, Vera Marcondes Buffulin, conta que o avô chegou à cidade em 1931 para trabalhar em uma lavoura de arroz. “De lavrador ele virou fazendeiro. Vovô cultivava arroz onde hoje está o Jardim das Indústrias. O Limoeiro era o quintal da fazenda.

Andávamos a cavalo onde hoje estão a Johnson, a Gruta e a antiga Kodak”, disse Vera.

Ela conta que, com a morte dos avós, Carlos e Eufrásia Marcondes, as terras foram herdadas pela família. Dos oito filhos herdeiros, somente seus pais, Sebastião e Tita Marcondes, mantiveram as terras e moram no local até hoje. Para manter a fazenda, a tulha antiga que armazenava arroz se transformou em um salão de festas há 20 anos.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

São José dos Campos 244 anos

São José dos Campos 244 anos
A cidade

Anel Viário


Distrito de São Framcisco Xavier




Av. Teotonio Vilela


Banhado


Casa Olivo Gomes


Centro


Fonte luminosa


Jardim Aquarius

Casa própria: quando o sonho vira pesadelo

Julho 25, 2011 - 09:50 OVALE

Casa própria: quando o sonho vira pesadelo

 Prédios construídos pela MRV na zona sul de São José foram embargados por apresentarem irregularidades no victor moriyama
O sonho da casa própria virou pesadelo para famílias de S. José que compraram apartamentos da MRV
Ana Lúcia Ferreira
BOM DIA São José

Na propaganda, o sonho de ter a casa própria parece algo simples de realizar.  Já na vida real... xiii... a história  é outra né.  Para famílias de São José  que esperam concretizar o sonho, a construtora MRV se tornou sinônimo de dor de cabeça. Nas últimas semanas, futuros moradores de mais um empreendimento da construtora denunciaram problemas no pé direito  -- que é a distância entre o teto e o chão.

Dessa vez, o problema está no empreendimento Campos de Savoia, na zona sul. É o quarto prédio  da construtora na cidade que apresenta o problema.

Em janeiro o BOM DIA mostrou o drama de compradores de três apartamentos de São José que apresentavam o mesmo problema. Spazio Campo dos Lírios, Spazio Campo Azuli e Spacio Campo Alvorada, todos da construtora MRV.

Os apartamentos foram erguidos com altura inferior ao mínimo exigido (2,40 m).
 “Nem nos presídios o teto é menor que 2,40 metros. Há casos em que o pé direito chega a apenas 2,25 metros”, denunciou o servidor público Orival Batista Aguilar Filho, de 40 anos, que investiu R$ 19 mil.

Meio ambiente. Os problemas da MRV podem ter chegado também à área ambiental.
Thiago Luiz dos Santos,  de 26 anos, chegou a comprar  um apartamento no empreendimento Campo Del Rey, bairro de  Santana, na zona norte, mas cancelou o contrato depois de descobrir irregularidades na obra. “Um funcionário me disse que foram cortadas árvores indevidamente e a prefeitura embargou a obra”, revelou.

Com sorte, Tiago conseguiu reaver cerca de R$ 5 mil que já tinha investido no empreendimento e optou por comprar outro apartamento.

“Graças a Deus eu tenho uma condição financeira um pouco melhor, mas tem gente que está apostando tudo nisso e só ganha um salário mínimo.É um absurdo, não tem fiscalização.”

lesados. Os amigos Alexandre Marcelino de Freitas e Cristiano Ferraz Alkmin, de 28 e 37 anos, fecharam negócio em 2009 e deveriam ter recebido o apartamento no fim de  2010.  “Além do problema no pé direito dos banheiros, toda a área de lazer tem menos de dois metros. Será uma ‘área morta’ no condomínio”, disse Cristiano.


MRV diz que vai resolver situação dos prédiosA MRV informou que está solucionando junto à prefeitura, ao cartório e aos clientes a situação do empreendimento Campos de Savoya, cuja documentação deve ser liberada nas próximas semanas. Quanto ao empreendimento Campo Del Rey, também em São José dos Campos, a empresa informou que existe uma APP (Área de preservação permanente) próxima ao empreendimento, mas a construção não irá afetar essa área. Informou ainda que não existe nenhuma pendência em relação aos órgãos ambientais nesse caso. A liberação do alvará de construção está prevista para a próxima semana.  No caso dos três outros apartamentos com problemas no pé direito, a Prefeitura de São José constatou o problema no ano passado e comunicou o Ministério público, que instaurou três inquéritos civis. Em 31 de janeiro deste ano, os inquéritos foram arquivados.

 
Por isso é importante procurar um corretor/consultor de imóveis credenciado e regularizado pelo CRECI, pois ele te ajudará a verificar se realmente o imóvel escolhido atende às suas necessidades no que diz respeito a tamanho, localização, infraestrutura de lazer oferecida e a sua planta. Planeje seu futuro e analise se o valor e a forma de pagamento deste imóvel se encaixam na sua capacidade de pagamento. Verifique se o projeto do empreendimento encontra-se aprovado, e o seu Memorial de Incorporação registrado. Compre apenas de incorporadoras e construtoras saudáveis, com tradição e credibilidade.
Comentado por Fabiane Consultora Imobiliária, 27/07/2011 09:47
Há vários prédios espalhados pela cidade dela com arquitetura identica. Todos fechados. Pé direito baixo faz a casa ou apê ferver como um forno de microondas. A ventilação fica prejuicada, um prato cheio para doenças pulmonares.
Comentado por Compre não, 26/07/2011 23:53
É ISSO AÍ... COMO TANTAS OUTRAS, CHEGAM AQUI FAZEM UM OU DOIS EMPREENDIMENTOS DENTRO DOS CONFORMES, E DEPOIS QUE GANHAM A CONFIANÇA, COMEÇAM A SACANEAR. POR FAVOR SR. PREFEITO, USE DA FISCALIZAÇÃO PARA EMBARGAR ANTES DO MUNICIPE TER PREJUÍZOS MAIORES. FAÇA FISCALIZAÇÃO PERIÓDICA.
Comentado por PSDB PENTA, 26/07/2011 23:22
O predio campo do lirios está desbotado a tinta descascando, arrancaram a tinta para repintar, tem que repintar mesmo, está horrivel, nem entregou já tão fazendo reforma, é o fim. Espero que a empresa indenize os compradores, e a prefeitura não pode permitir uma empresa como essa de construir na cidade, as eleições vem aí, só quero ver que final vai ter essa novela. Se a obra chegou ao final assim é pq a prefeitura não vistoriou esssas obras, só o pobre coitado que faz um puxadinho no fundo recebe a visita do fiscal... KD A ANGELA?
Comentado por eleitor, 26/07/2011 23:01
Concordo com muitas pessoas aqui. Principalmente no quesito que problemas de ´pé direito inferior ao mínimo exigido não há solução! Mas ressalto também que infelizmente, várias matérias do jornal estão praticamente sem revisão! É uma pena um jornal tão conceituado no Vale, ter alguns erros absurdos em seus textos!
Comentado por joseense!, 26/07/2011 22:50
A MRV É UMA EMPRESA A QUAL DEVERIA SER INVESTIGADA E PROCESSADA POR DIVERSOS ORGÃOS, AFINAL ELA USA DE MÁ FÉ CONTRA TODOS QUE COMPRAM SEUS EMPREENDIMENTOS, INFELIZMENTE COMPREI UM AP NO CPO DEL REY E ERA PRA TER SAÍDO EM JANEIRO/2010 MAS ATÉ AGORA NADA, QUANDO COMPREI NÃO ENTENDIA NADA O QUE ESTAVA NO CONTRATO, HOJE VEJO QUE PRA ELES É VANTAJOSO AFINAL ELES RECEBEM O AUMENTO DO INCC E ENGANA MUITAS PESSOAS SONHADORAS COMO FOI O MEU CASO.
Comentado por MARCIO S, 26/07/2011 22:16
Aí pessoal do VALE. Pelo número de comentários, essa matéria deveria ser mas aprofundada!!! Investiguem, consultem o Departamento de Obras, O Ministério Público, os Vereadores, o CREA, Procon, OAB, Caixa Econômica Federal, CRECI, os Consumidores. FAÇAM UMA MATÉRIA DIGNA DE UM JORNAL SÉRIO QUE "DEVERIA" SER O VALE. Porque não fazer? Ah... A MRV faz propagandas pesadas no VALE... tinha me esquecido!!! ONDE ESTÁ A IMPARCIALIDADE DA IMPRENSA!?!?? VANGUARDA??? Tem propaganda paga!!! Está todo mundo na cadeia alimentar da MRV!!!
Comentado por DECEPÇÃO DA IMPRENSA, 26/07/2011 20:18
MRV significa: Mineirinho Roubou Você ou se preferirem Manutenção para o Resto da Vida.... Uma vergonha uma construtora tão má intencionada continuar funcionando. O CREA nào faz nada, a Prefeitura idem, Ministério Publico pior ainda!
Comentado por MRV, 26/07/2011 19:00
MRV é uma DROGA mas seus apartamentos valem mais de R$140.000,00. Porque? Graças ao poder de compra de terrenos em áreas "nobres" de São José, como os do Floradas de São José, ao lado do Vale Sul. Isso não é barato. E mesmo se fosse, não se justificam as irregularidades. A lei é a mesma para coberturas de 1,5 milhões e apertamentos de 47m2. A diferença é lógico está na qualidade de acabamento, materiais de construção, metais, portas... Morei em um MRV por 7 anos. Foi o meu "primeiro apê" e meu trampolim para ir para um apartamento de R$350.000,00 no Esplanada. Mas só eu sei o quanto pastei na mão destes malditos que criaram problema até para passar a escritura, mesmo depois de ter quitado o apartamento. Mas, melhor de comprar um MRV é vender ele e se ver livre disso tudo!!!
Comentado por MRV - Mal necessário, 26/07/2011 18:25
Agora eu me pergunto e pergunto a todos aqui, Alguem aqui acha que a construtora vai demolir os prédios com problema de pé direito ou vai molhar a mão dos vereadores para liberar o prédio?? o que sai mais barato? por que eu nao vejo solução diferente para arrumar o pé direito de um apartamento sem reconstruir o prédio.
Comentado por aff, 26/07/2011 18:17
Nossa gente, quanta asneira.....a outra praticamente disse pq é barato tem esses problemas, meu Deus! Tô Passada! Povo brasileiro acorda!
Comentado por Lúcia, 26/07/2011 18:15
gente para de falar mal,sejam coerente e parem de falar mal,e simples fasão o destrato e procure outra construtora ,ou melhor juntem dinheiro e compre a vista
Comentado por vander, 26/07/2011 17:49
MRV furada total , não tem um ap deles que não dê problema. Tomara que a justiça ajude os compradores.
Comentado por MRV furaaaaaaaaada, 26/07/2011 17:39
eu comprei o apto no campo del rey em santana k era p ser entregue em out2010 e ate agora nada.pedi resicao de contrato e eles so keriam da 30%do valor pago.axei um absurdo e entrei na justiça e estou esperando.mrv nunca mas.moro com meus pais na zona zul sem mora de aluguel,mas kis comprar um apto p mim p poder morar sozinha e me junta com meu namorado e hj estamos esperando ate hj.muita sacanage.ligo p fabio o gerente e ele so sabe fala k vai ser entregue o empreendimento.um absurdo e o k a prefeitura fala sobre isso?nada!
Comentado por fe, 26/07/2011 16:14
NUNCA COMPRE UM MRV É PROBLEMAS PRA VIDA TODA...PRA VIDA TODA PARA UMA GRANDE PARTE DAS PESSOAS E MUITAS VEZES ESTES SONHOS ESTÃO SE TRANFORMANDO EM FRUSTRAÇOES!
Comentado por Plinio, 26/07/2011 16:07
EU COMPREI E NÃO ME ARREPENDO, E JA TENHO CASA PROPRIA,MESMO QUE TENHA FICADO UM POUCO ABAIXO DO LIMITE, E SO FALTAM 11 PAGAMENTOS PORQUE COMPREI DIRETO DA MRV, MELHOR ASSIM DO QUE A MAIORIA QUE ESTA CRITICANDO, QUE VIVE DE ALUGUEL.
Comentado por BS, 26/07/2011 15:27
A MRV já teve a sua época, amigos. Ao que se constata, tornou-se apenas mais uma "empresa" com contratos leoninos e extorquista.
Comentado por Edson Januario, 26/07/2011 15:23
Eu cheguei a pensar em comprar MRV. Mas, antes pesquisei no google, e descobri as falcatruas eles. Sou pobre, mas não sou bobo de deixar dinheiro na mão dos outros sem antes pesquisar. E agora, vcs vão pedir pra prefeitura pagar o restante de suas casas? Ou vão pedir pra prefeitura consertar os prédios com o nosso dinheiro público (IPTU)???
Comentado por Consumidor atento., 26/07/2011 14:59
POR FAVOR ME AJUDEM COMPREI UMA CASA NO RESERVA MORUMBI DA GOODFARB , PAGO ALUGUEL , FUI ENGANADO , tenho que fazer BO
Comentado por ANDERSON, 26/07/2011 14:48
CARO "NEM MORTO" É UMA QUESTÃO SIMPLES DE MATEMÁTICA, RACIOCINA COMIGO, SE EU MORO DE ALUGUEL, SOU ASSALARIADA E QUERO COMPRAR UM IMÓVEL PARA QUE EU SAIA DO ALUGUEL E TENHO QUE DISPOR DE UMA PARCELA BAIXA, O QUE EU PRECISO FAZER??? ESSE É O MEU CASO, COMPREI UM APARTAMENTO DA MRV PORQUE ERA O QUE EU PODIA PAGAR PARA SAIR DO ALUGUEL!!!!!UM DIA QUERO TER UM AP NA ZONA SUL, COM VARANDA GOURMET PISCINA ETC...MAS NÃO É A MINHA REALIDADE HOJE!!!!!ENTÃO ME CERTIFIQUEI DAS INFORMAÇÕES JUNTO A PREFEITURA, TUDO O QUE QUESTIONEI AO CORRETOR FOI ESCLARECIDO, TENHO EM MÃOS A CÓPIA DO RI E ALVARÁ PAGO UMA PARCELA DE R$ 280,00 DURANTE A OBRA E AGUARDO O MEU IMÓVEL FICAR PRONTO!!AS EDIFICAÇÕES TEM QUE TER UM MINIMO DE PÉ DIREITO SIM!!!2,40 EXIGIDO PELA PREFEITURA DE SJC NÃO ESTOU JUSTIFICANDO OS ERROS, ESTOU PONDERANDO É DIFERENTE, NÃO POSSO GENERALIZAR, POIS TEM CONSTRUTORAS NA CIDADE, INCLUSIVE DE ALTO PADRÃO QUE TEVE QUE IMPLODIR COBERTURA PQ ESTAVA ACIMA DA ALTURA PERMITIDA, ENTRE OUTRAS...
Comentado por Sou Justa., 26/07/2011 14:10

Pista sul do Talim é liberada

Julho 27, 2011 - 04:00  OVALE

Pista sul do Talim é liberada

Viaduto Talim Thiago Leon
Acesso liga a Rodovia dos Tamoios à região do Jardim Satélite; expectativa da prefeitura é reduzir fluxo no anel viário
Carolina Teodora
São José dos Campos

A Prefeitura de São José dos Campos libera hoje, dia do aniversário da cidade, o tráfego na pista sentido sul do viaduto Talim, sobre a avenida Mário Covas, na região sul da cidade.

A pista, que começou a ser construída em agosto do ano passado, liga a Rodovia dos Tamoios (SP-99) e avenida Octávio Frias de Oliveira (extensão da Mário Covas) à região do Jardim Satélite.

Hoje, o motorista que está na Tamoios e Mário Covas (sentido centro) não consegue acessar a zona sul. Quem está na rodovia precisa ir até o viaduto Frei Galvão e na Mário Covas precisa utilizar o Anel Viário, pelo viaduto Nadim Rahal.

A duplicação do viaduto Talim faz parte da quarta etapa do convênio entre a prefeitura e o Estado para as melhorias da ligação Dutra-Carvalho Pinto. Só o viaduto, consumiu R$ 15 milhões.

É preciso ficar atento. Uma última etapa da obra --que prevê ligar os bairros Vila Nair e Vila São Bento (próximos a Tamoios) à região sul só será entregue em 60 dias.

O secretário de Transportes de São José, Anderson Farias Ferreira, disse que o novo acesso deverá diminuir o fluxo no Anel Viário e melhorar o trânsito, nos horários de pico, no trecho entre a Tamoios e o viaduto Frei Galvão.

“Essa é uma ligação importante para os motoristas”, afirmou Ferreira.

Mudanças. Ele informou que a liberação da pista sul do Talim causará mudanças no trânsito da região. Segundo Ferreira, a rua Mário Alves de Almeida (paralela à Mário Covas), no Satélite, terá o sentido de circulação invertido.

Outra mudança será o acesso à avenida Mário Covas que terá acessos diferentes para veículos leves e pesados.

Os ônibus e caminhões que estiverem trafegando pela avenida Cidade Jardim devem ir até a rua Luiz Gonzaga Sendretti para acessar o viaduto. Os demais motoristas poderão acessar o viaduto pela rua Antônio Constantino.

Passarela.Outra obra que faz parte dessa fase do contrato é a passarela em frente à Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Segundo a prefeitura, a passarela já está liberada para a travessia dos pedestres e com iluminação.

Obras.A primeira etapa do viaduto Talim foi entregue em outubro de 2009 para facilitar o acesso da região sul da cidade ao Anel Viário.

A primeira fase custou cerca de cerca de R$ 11 milhões e foi alvo de crítica dos moradores porque deixou sem alternativa de travessia os pedestres da região, inclusive, estudantes da Unifesp.

O acesso também recebeu críticas por conta da curva acentuada, que dificulta a passagem de ônibus e caminhões, e porque tirou o fluxo da avenida Antônio Aleixo que concentra comércio.

Saiba MaisO que Segunda fase do viaduto Talim. Pista liga as regiões sudeste e sul, contrária à pista atual

Benefícios Pista dá acesso entre a Rodovia dos Tamoios (SP-99) e avenida Octávio Frias de Oliveira (extensão da Mário Covas) à região do Jardim Satélite

Investimento
Obra integra convênio da prefeitura e governo do Estado e teve início em agosto do ano passado

Atenção O motorista precisa ficar atento. Uma última etapa dos serviços --que prevê a ligação da região da Vila Nair ao Satélite ainda não foi concluído

Mudanças Com o novo acesso, a rua Mário Alves de Almeida terá o sentido invertido e os caminhões devem ir até a rua Luiz Gonzaga Sendretti para acessar o viaduto

Fazenda dá lugar à região mais populosa de São José

Julho 27, 2011 - 04:02  OVALE

Fazenda dá lugar à região mais populosa de São José

Vista aérea do Jardim Satélite Victor Moriyama
Andrômeda norteia ocupação do Satélite e demais bairros que hoje formam ‘mini cidade’ com mais de 230 mil moradores
Beatriz Rosa
São José dos Campos

Há 50 anos, o Jardim Satélite, na zona sul de São José dos Campos, deixava de ser uma imensa fazenda produtora de eucalipto para se transformar em uma verdadeira ‘mini cidade’.

E foi a partir do eixo da avenida Andrômeda, a principal do bairro, que nasceu a região mais populosa de São José, hoje com mais de 230 mil pessoas, mais de um terço da população total atual do município.

Até a década de 1950, a área da fazenda, que se estendia da região do Colinas até o Satélite, pertencia à família Eugênio Bonadio, que produzia madeira para alimentar os fornos de cerâmica Weiss, pertencente à família.

“A fabricação das louças precisava de lenha para queimar os fornos e era do Jardim Satélite que nossa família retirava a madeira necessária até os anos 50, depois substituímos a lenha pelo óleo cru”, disse o maestro Sérgio Weiss, neto de Eugênio Bonadio.

Transformação. A construção da via Dutra na década de 50 cortou a fazenda ao meio e, a partir daí, teve início processo de loteamento que culminou na criação do bairro 10 anos depois.

O núcleo residencial começou a ser construído entre as ruas Virgem, Pégasus e Polar, conhecidas como o Satélite Velho. A doméstica Anésia da Silva, 70 anos, conta que viu o bairro crescer e se tornar independente.

“Peguei senha para comprar esse terreno há 50 anos atrás. Eles faziam propaganda da região e fechei o negócio em oito dias. No início, a situação era difícil, porque a gente tinha de pegar água em torneiras espalhadas pelas esquinas das ruas, mas o bairro cresceu rapidamente.”

Vocação. A família Pompeu chegou ao Satélite no final da década de 60 e acompanhou sua segunda mudança.

“Quando nos mudamos, eram poucas casas e a avenida Andrômeda ainda era de terra. Era triste de morar, mas o Satélite evoluiu. Ganhou novas casas, pontos de comércio e hoje é como uma cidade”, disse a dona de casa Efigênia Pompeu, 65 anos.

Andrômeda. O alfaiate Pedro Batista de Miranda, 75 anos, é o comerciante mais antigo da avenida Andrômeda. Ele trabalha no local há 35 anos.

“Não tinha muita coisa por aqui quando cheguei, parecia um cemitério. Eu caçava passarinho e tatu. Eu devia ter comprado mais terras por aqui, quem investiu, se deu bem.”

Segundo ele, o Satélite é uma das regiões mais valorizadas da cidade. “O bairro tem de tudo o que a gente precisa.”
Jardim Satélite



Escritora relembra a história dos pioneiros
São José dos Campos

Fã do bairro onde mora há 33 anos, a assistente social e escritora Christina Hernandes, 58 anos, decidiu contar a história do Jardim Satélite. Ela também fez um poema em homenagem ao bairro.

Ela conta que escreveu um relato sobre o bairro para participar de um concurso da Fundação Cultural.

“Aprendi muito com esse trabalho. Aqui era uma plantação de eucalipto. Quando eu cheguei, há 30 anos atrás, o bairro já estava estruturado.”

Ao contar a história do bairro onde vive, Christina relata que a vida não foi fácil para os pioneiros do bairro. “Foi uma grande aventura pois não havia água encanada e os moradores tinham que pegar água em torneiras improvisadas nas esquinas das ruas até as 22h.”

Segundo ela, o núcleo comercial mais antigo da cidade está localizado na rua Virgem.

“Todos os pontos comerciais mais importantes ficavam lá, como o mercado, o depósito de construção, a padaria, a barbearia e a loja de roupas”, conta.

Progresso.Para ela, a instalação da São Paulo Alpargatas em 1959 contribuiu para o progresso da região. A localização estratégica também. “Muita gente veio para cá e hoje o bairro supera em números de habitantes muitas cidades do Vale do Paraíba. Nesse bairro, onde se investiu, prosperou e, quem acreditou, vive feliz.”

PEDRO BATISTA DE MIRANDA, 75, ALFAIATE

Por Dentro
MemóriaAté 1950, as terras do Jardim Satélite eram utilizadas para a produção de eucalipto. A madeira era utilizada nos fornos das fábricas de louças Eugênio Bonadio </MC><MC>e pela Cerâmica Weiss

OrigemO loteamento do jardim Satélite teve origem na década de 60, mas se consolidou em 1970. A passagem da via Dutra no meio das terras da família Bonadio foi um dos fatores de desenvolvimento da região

ProgressoNos anos 80, a região do Jardim Satélite era considerada estruturada. Atualmente, se tornou o segundo polo comercial da cidade. A Andrômeda é um dos principais corredores comerciais. A região conta ainda com importantes avenidas, como Cidade Jardim, Ouro Fino e Salinas

Série'Vale’ traz hoje a 3ª reportagem especial
O jornal O VALE  traz hoje a terceira reportagem da série ‘Expedição São José’, para mostrar a transformação da região do jardim Satélite, na região sul. Já foram publicadas reportagens sobre a Praça da Matriz, considerada o marco zero da cidade, e a região de Santana, na zona norte. Amanhã, O VALE irá contar a história e curiosidades sobre o Parque Santos Dumont, que já foi um sanatório. 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Cury promete camelódromo e integração de vans neste ano

Julho 24, 2011 - 04:11

Cury promete camelódromo e integração de vans neste ano

Prefeito Eduardo Cury - Foto: Thiago Leon Prefeito Eduardo Cury - Foto: Thiago Leon
Tucano respondeu perguntas enviadas por leitores de O VALE sobre Saúde, Transportes, Educação, Moradia e Emprego
Carolina Teodora
São José dos Campos

São José dos Campos vai ter um final de ano decisivo. A meta da prefeitura é solucionar neste semestre alguns dos principais gargalos da cidade, que geram dúvida e, principalmente, reclamações entre os moradores.

Segundo o prefeito Eduardo Cury (PSDB), a ofensiva inclui uma solução para a inclusão das vans no sistema de transporte público integrado, a criação de um espaço exclusivo para abrigar os ambulantes e a conclusão dos prédios da Argon para comercialização em programas habitacionais.

As declarações foram dadas como resposta aos leitores de O VALE Robson Siqueira, do Alto da Ponte, João Bosco Prisco da Cunha, da Vila Ema, e Vicente Marins, da Vila São Paulo, respectivamente.

Em entrevista de comemoração aos 244 anos de São José dos Campos, celebrado na próxima quarta-feira, Cury respondeu a 17 perguntas de moradores enviadas para a Redação.

O objetivo do jornal foi cumprir o seu principal papel de ser um fórum de debates, estabelecendo um diálogo direto entre os eleitores e o prefeito. “Achei ótimo. É importante a interação direta da figura do prefeito com a população. Faço muito isso na rádio e é importante fazer isso com o público do jornal também”, disse Cury.

Participação. Durante seis dias, de 13 a 18 de julho, 141 perguntas chegaram ao e-mail da Redação de O VALE, após divulgação da reportagem pelo jornal. A maioria das perguntas envolveu a área de Transportes (28 questões) e Saúde (15). Também houve perguntas de educação, política, economia e emprego.

A direção da Redação selecionou 17 perguntas, que abrangem o maior número de interessados, para serem publicada nessa reportagem. A prefeitura entretanto aceitou responder todas as questões em um blog especial no nosso portal (Clique aqui para saber mais).

Opinião. Em uma entrevista que misturou temas polêmicos, de serviço e de governo, Cury disse que o Pinheirinho ‘é uma grande injustiça’ e que vai começar a asfaltar os corredores dos bairros clandestinos (são 94).

Ele afirmou ainda que a prefeitura não tem obrigação de manter um hospital de atendimentos de alta e média complexidade como o HM e que negocia a vinda de novas faculdades públicas, inclusive internacionais, para São José.

Vias Cambuí e Banhado vão sair do papel com verba do BID

Julho 24, 2011 - 03:54

Vias Cambuí e Banhado vão sair do papel com verba do BID

Córrego Cambuí - FOto: Cláudio Capucho Córrego Cambuí - FOto: Cláudio Capucho
Plano da prefeitura é lançar os editais para a construção desses corredores viários ainda neste semestre; a via Cambuí ligará as regiões leste e centro às zonas sul e sudeste, sendo uma alternativa ao uso da Dutra
Chico Pereira
São José dos Campos

A Prefeitura de São José dos Campos planeja lançar neste semestre os editais para a implantação dos corredores viários Via Cambuí e Via Banhado, que vão custar juntas R$ 135 milhões.

As novas vias expressas serão construídas com recursos do empréstimo que o governo tucano irá contrair do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) no valor de US$ 85,6 milhões (R$ 135 milhões).

O município irá aportar uma contrapartida de US$ 92 milhões (R$ 144 milhões).
A previsão é que a assinatura do contrato da operação de crédito ocorra em no máximo dois meses.

“Vamos disparar um conjunto de projetos e obras, como a elaboração do projeto executivo da Via Cambuí, a mais cara do pacote”, afirmou o prefeito Eduardo Cury (PSDB).

Cambuí. Esse corredor viário tem custo estimado em US$ 58 milhões (R$ 91 milhões), incluso a construção do Parque Cambuí.

A via expressa terá cerca de três quilômetros de extensão, vai cruzar 13 bairros para ligar a região leste/centro à rodovia dos Tamoios.

Ela começa na Vila Guarani, na rotatória da avenida JK, e termina na avenida João Rodolfo Castelli, no Putim, região sudeste.

Cury disse que obra devem ser iniciada no segundo semestre de 2012. É uma obra de três anos.

“Será uma alternativa para os moradores da zona leste evitarem a Via Dutra”, disse o prefeito.

Banhado. Continuação da Via Norte, a Via Banhado, com custo estimado em US$ 28 milhões (R$ 43,9 milhões), vai margear a orla do Banhado até a Via Oeste.

“Já temos pronto uma parte do projeto”, disse o secretário de Transportes, Anderson Farias Ferreira”. Ela terá dois quilômetros e a obra levará dois anos.

A Secretaria de Transportes analisa a necessidade de licenciamento ambiental.


Importância da obra divide opiniõesSão José dos Campos

A construção da Via Cambuí, uma nova opção de ligação viária entre a região leste/centro à região sudeste/sul divide opiniões.

A maioria dos moradores ouvidos por O VALE considera importante a construção da via expressa, mas também há quem acredite que ela seria “desnecessária”.

“Com certeza, essa avenida irá facilitar o acesso do pessoal da zona leste para os bairros da região da rodovia dos Tamoios, por isso, acho importante”, afirmou Marco Antonio e Silva, 43 anos, morador da região da Vila Corintinha, um dos bairros que será cruzado pelo novo corredor.

Para o autônomo Rodolfo da Silva Gabriel, 45 anos, morador da região do Jardim da Granja, a Cambuí irá reduzir o fluxo de veículos na avenida dos Astronautas, além de valorizar os imóveis dos bairros por onde passará.

Mesma opinião do aposentado Dirceu Fernandes Santos, 56 anos. “Os imóveis vão ser valorizados”, afirmou.

Já para o mecânico Raimundo Santos Dias, 48 anos, e o vendedor Edmundo dos Santos, 57, o corredor viário não seria “fundamental”.

“Vai lugar nada a lugar nenhum e ainda provocar danos ambientais”, disse Raimundo.
“Melhor seria aplicar esse dinheiro para construir outra alternativa para a zona leste, passando pelo Campos de São José, Santa Cecília até a região da Granja”, afirmou.

Traçado. O traçado da Cambuí será definido no projeto executivo.

Segundo o prefeito Eduardo Cury, a Cambuí pode cruzar o vale do córrego Cambuí ou margear as encostas da região.

“A primeira opção é mais cara, porque o solo é ruim. Na segunda, há necessidade de contenção de encostas. O projeto executivo definirá o melhor traçado”, disse Cury.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Expo Aero tem início amanhã

Julho 13, 2011 - 04:03

Expo Aero tem início amanhã

Abertura da Expo Aero Brasil, feira de aviação, no CTA. Foto: Claudio Capucho aviAbertura da Expo Aero ação, no CTA. Foto: Claudio Capucho
Organizadores da feira dedicada à exposição e comercialização do setor aéreo do País esperam público de 50 mil pessoas
Arthur Costa
São José dos Campos

Começa amanhã em São José a 14ª edição da Expo Aero Brasil, evento direcionado para a exposição e comercialização do setor aéreo do País.

Na edição do ano passado, foram criadas possibilidades de negócios de aproximadamente US$ 35 milhões (R$ 55,1 milhões) e a expectativa da organização do evento é superar esse valor.

Cerca de 1.000 aeronaves estarão expostas para um público estimado entre 35 e 50 mil pessoas.

A feira começa às 10h no DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) e vai até o próximo domingo, dia 17.

“Este ano, a feira muda completamente. Começamos a ter o formato de uma mas maiores feiras do mundo. Estamos entre as 10 maiores e queremos chegar entre as cinco”, afirma o presidente da Expo Aero Brasil, comandante Décio Corrêa.

Atrativos. O público também poderá acompanhar voos de exibição no céu de São José. Entre os exibicionistas, está o comandante Paulo Medina que fará um show de acrobacias e manobras com a aeronave alemã de alta performance Extra 200, a única presente no Brasil.

Além das exibições e comercialização de aeronaves, o evento promete debater o setor aéreo brasileiro. A intenção é discutir o avanço na qualidade dos serviços prestados nos aeroportos.

“A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) estará na feira por dois dias mostrando seus projetos no auditório do MAB (Memorial Aeroespacial Brasileiro)”, informou Corrêa.

Investimento. O crescimento do aeroporto Professor Urbano Ernesto Stumpf estará em pauta. A prefeitura garante que caso a Infraero decida ampliar a estrutura do local visando a Copa do Mundo de 2014, o arredor do local receberá investimentos.

“A prefeitura está pronta para desenvolver o entorno do aeroporto, mas a obrigação de crescer o aeroporto é do governo federal. Eventos como esse tem um bom impacto na cidade e ajudam para o desenvolvimento do setor”, destaca o secretário de desenvolvimento econômico da cidade, José de Mello Corrêa.

Segundo a organização da Expo Aero Brasil, representantes de 30 países estarão visitando a feira para analisar o mercado aéreo brasileiro.

Executivo da Inglaterra é destaqueSão José dos Campos

A presença do diretor executivo da feira de Farnborough, na Inglaterra --a maior de armamentos e tecnologias bélicas do mundo-- em São José, promete movimentar a cidade.

Shaun Ormond chega ao Brasil amanhã pela manhã e segue direto para a Expo Aero. Depois, visita o ITA (Instituto Tecnológico Aeronáutico) e o Parque Tecnológico. Na agenda de Ormond ainda está um encontro com o prefeito Eduardo Cury (PSDB) .

“A presença dele é estimulante. Trabalhamos para que o cluster (aglomerado de empresas) do setor aeroespacial de São José seja cada vez mais reconhecido”, ressalta o presidente a Expo Aero Brasil, comandante Décio Corrêa.

O coordenador do cluster joseense, Sebastião Cavali, avalia que a feira será uma oportunidade para que a sociedade veja o trabalho das empresas da região para o desenvolvimento do setor aeroespacial brasileiro.

SAIBA COMO PARTICIPAR DA EXPO AERO BRASIL 2011
quando
De amanhã até dia 17 de julho, das 10h às 18h</MC>

local
No DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), na avenida Brigadeiro Faria Lima, 1.941, Parque Martim Cererê, em São José

preço
R$ 20 por pessoa (estudantes pagam meia entrada); estacionamento para carros, R$ 30, e ônibus, R$50

exposição
86 empresas vão expondo seus produtos em estandes

atrativos
O comandante Paulo Medina realizará demonstrações de acrobacias em um Extra 200

CADE A FISCALIZAÇÃO DO PROCON PARA VERIFICAR ESSA ABUSIVIDADE NA COBRANÇA DOS PREÇOS?PRA VARIAR TÁ OMISSO!
Comentado por CADE O PROCON, 13/07/2011 08:24
tá certo que o evento é muito legal, mas cobrar R$20,00 para entrar ,mais R$30,00 para estacionar é abusivo. acho que não merece tanto!!!
Comentado por admasi, 13/07/2011 08:19
Além de pagar o ingresso de R$ 20,00 ainda tem que pagar o estacionamento a R$ 30,00. É muito caro. Ainda esqueceram de informar que, em atendimento ao Estatuto do Idoso, maiores de 60 anos não pagam o ingresso. Em todo o caso é um evento muito legal e que merece incentivo.
Comentado por Zé Gaúcho, 13/07/2011 05:47

Estado quer alternativa ao fracassado trem–bala

Julho 13, 2011 - 04:13

Estado quer alternativa ao fracassado trem–bala

Reunião do tav Claudio Capucho
Ideia é reativar antigo plano de linhas de trens regionais entre a capital e municípios de médio porte
Chico Pereira
São José dos Campos

O fracasso do processo licitatório do Trem-Bala, um dos principais projetos do governo federal na área de transportes, abre a possibilidade para o governo paulista implementar um projeto de trens regionais entre São Paulo e cidades localizadas a uma distância de até cem quilômetros, entre elas São José dos Campos.

A avaliação é do deputado federal Vaz de Lima (PSDB-SP), que tem tratado do tema com o governo Geraldo Alckmin (PSDB).

O parlamentar relatou a O VALE que conversou sobre a questão na semana passada com o secretário estadual de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido.

“O governo estadual já tem um estudo pronto sobre a implantação de um sistema de trens regionais no eixo da macrometrópole de São Paulo que seria mais viável que o Trem de Alta Velocidade do governo federal”, disse o deputado tucano.

Gradual. Segundo ele, inicialmente poderia ser implantado um sistema de trens de passageiros entre Campinas e São Paulo, com o aproveitamento da malha ferroviária existente entre as duas cidades.

Os trens teriam capacidade para trafegar até cerca de 200 km/h.

“Futuramente essa rede poderia ser expandida para outras cidades, como para Santos e São José dos Campos”, afirmou Vaz de Lima.

O parlamentar destacou que para viabilizar um sistema regional de trens de passageiros é necessário investir na melhoria da malha ferroviária existente.
“Acreditamos que seria bem mais barato que o projeto do Trem-Bala”, frisou.

Em nota, a Secretaria de Transportes Metropolitano informou que desenvolve estudos para trens regionais para Sorocaba e Santos.

Segundo a pasta, caso o projeto do TAV não caminhe, a prioridade serão os corredores regionais São Paulo-Campinas e São Paulo-São José dos Campos.
Apesar de o processo lici-tatório do Trem de Alta Velocidade não ter atraído nenhuma empresa, o governo federal decidiu manter o projeto e irá fatia-lo para tornar o leilão de concessão da nova ferrovia mais atrativo, segundo a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), que coordena o projeto do Trem-Bala.
 ANTT tem intenção de fazer adequaçõesSão José dos Campos

A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) informou ontem, um dia após o fracasso do processo licitatório do Trem-Bala, que passará a reavaliar a documentação referente ao edital do projeto, com o objetivo de adequá-lo a nova orientação.

A revisão atende a decisão do governo federal de fatiar o projeto em duas etapas.
A primeira será para definir a tecnologia e o operador da nova ferrovia.

Já a segunda etapa será para a contratação da construção da nova ferrovia.

A ANTT informou que irá discutir o assunto técnica e juridicamente e com os potenciais interessados.
TREM REGIONAL
Projeto
O govermo estadual desenvolve estudos de viabilidade para promover a implantação de um sistema regional de trem de passageiros

Abrangência
O sistema atenderia a macrometrópole de São Paulo

Cidades
Pelo estudo, o sistema de trens regionais ligaria São Paulo a cidades até 100 quilômetros

Região
O projeto inclui a possibilidade de uma ligação entre São Paulo e São José dos Campos

Coordenação
O plano é coordenado pela Secretaria de Transportes Metropolitanos

Opcional
A pasta informa que esse sistema atenderia o Vale do Paraíba caso o projeto do Trem-Bala não seja viabilizado

Prioridade
No momento, a pasta analisa uma ligação entre São Paulo e Sorocaba

Avenida do Vidoca é fechada para obras

Julho 13, 2011 - 04:24

Avenida do Vidoca é fechada para obras

Av. Jorge Zarur terá trânsito interrompido para que sejam implantadas vigas do vão central da via Dutra, que corta a via
São José dos Campos

Motoristas de São José devem redobrar a atenção no trânsito a partir de hoje. A avenida Jorge Zarur, uma das principais ligações à zona sul, vai estar interditada até sexta-feira. As interdições vão acontecer da meia-noite às 5h da madrugada.

O bloqueio é necessário para fazer o lançamento das vigas do vão central da pista sentido São Paulo da via Dutra. A pista foi demolida em razão das obras de alargamento da avenida sob a rodovia.

Para fazer o alargamento, a pista da rodovia foi demolida e será reconstruída comas vigas de sustentação mais afastadas para o canteiro.

Segundo a prefeitura, o trânsito será interrompido em dois trechos: no sentido sul, o tráfego será desviado para o anel viário logo após a Faap (Fundação Armando Álvares Penteado). No sentido centro, o desvio será para a pista marginal da Jorge Zarur, seguindo obrigatoriamente para a marginal da via Dutra.

Para acessar a região do Jardim Satélite, o motorista que está no centro, deverá seguir pelo anel viário e sair pela avenida marginal Sebastião Henrique da Cunha Pontes. O motorista que está na região do Satélite e quer ir para o centro, deverá acessar a avenida Jorge Zarur, retornar pelo viaduto Talim e seguir até a marginal da via Dutra, acessando o trevo do CTA.
Mas já? Pelo jeito o cronograma vai ser seguido a risca e a obra será entregue no prazo. Já aquela obrinha de petrobrás lá no Makro que não sai de jeito nenhum, talvez o estádio do Corinthians saia antes.
Comentado por queromeumensalao, 13/07/2011 08:29

Senado libera empréstimo de US$ 85,6 milhões para São José

Julho 13, 2011 - 04:08

Senado libera empréstimo de US$ 85,6 milhões para São José

Cury Divulgação
Verba de banco internacional vai financiar investimentos em obras viárias e na remoção de famílias de áreas de risco
Chico Pereira
São José dos Campos

O Senado autorizou ontem a Prefeitura de São José dos Campos a emprestar US$ 85,672 milhões (cerca de R$ 135,1 milhões) do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para financiar projetos e obras do programa de estruturação urbana da cidade.

Há quatro anos e meio o governo do prefeito Eduardo Cury (PSDB) negocia a operação de crédito com o organismo internacional.

Os recursos serão empregados em obras viárias, remoção de famílias de áreas de risco e de favelas, construção de parques urbanos, implantação de sistemas de drenagem e na melhoria do desempenho da máquina pública, segundo relatou o prefeito a O VALE.

Prioridades. Ele disse que hoje irá reunir sua equipe de governo para definir os primeiros editais que serão lançados após a assinatura do contrato com o BID, que deve ocorrer em no máximo 60 dias.

De acordo com Cury, entre as prioridades estão a construção de pelo menos três grandes corredores viários.

Ele citou a Via Banhado (prolongamento da Via Norte margeando a orla do Banhado até o entroncamento com o Anel Viário na região oeste), a Via Cambuí (ligação leste-sul) e a Via Ressaca (prolongamento da Via Oeste à região sul).

“Vamos também promover a remoção de famílias de áreas de risco e das famílias da comunidade do Banhado. Alguns projetos já estão com editais prontos e queremos lança-los ainda neste ano”, afirmou.

Caixa. Cury declarou que não irá empregar todo o recurso até o final do seu mandato.
“Calculo que 50% do empréstimo ficará disponível para o próximo prefeito. O importante da operação é que o município ganhou maior capacidade de investimento e poderá utilizar os recursos próprios em outros projetos e programas”, destacou o tucano.

A Secretaria da Fazenda já havia estimado no Orçamento deste ano o recebimento de uma parcela de R$ 48,5 milhões do BID, com uma contrapartida do município de cerca de R$ 16,7 milhões.

Averba está alocada em várias pastas como Transportes, Administração, Meio Ambiente e Fazenda.

Aprovação. A aprovação do empréstimo à Prefeitura São José ocorreu de forma veloz e até surpreendeu o prefeito, após anos de negociações entre o município e o BID.
O pedido de empréstimo foi encaminhado pelo governo federal aos senadores na quinta-feira da semana passada.

Ontem de manhã, a proposta foi aprovada pela Comissão de Assuntos Econômicos da Casa e encaminhada ao plenário para votação em regime de urgência. No final da tarde, os senadores aprovaram a operação de crédito.

“O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) ajudou na trami-tação do pedido. O senador Paulo Bauer (PSDB-SC) relatou o processo e pediu urgência na votação”, disse Cury.
Segundo o prefeito, o empréstimo será pago em 20 anos, com cinco anos e meio de carência para a primeira parcela. O município dará uma contrapartida de US$ 92,3 milhões (R$ 145 milhões) --a operação tem o aval da União.

O vereador Wagner Balieiro (PT) disse que o governo precisa discutir com a sociedade os projetos prioritários a serem executados com o dinheiro.
“Vamos fiscalizar para que as obras não virem elefantes brancos como o Teatro Municipal”, afirmou o petista.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Franquias apostam cada vez mais no mercado da região

Julho 10, 2011 - 04:00

Franquias apostam cada vez mais no mercado da região

Franquias na região Aaron Kawai
Pesquisa mostra que interior de SP vai receber 2.500 franquias em dois anos
Arthur Costa
São José dos Campos

“Os grandes centros caminham para uma saturação”. A afirmação é do proprietário da loja de calçados Democrata, Marc Chira, que chegou a São José na última semana para a abertura de uma unidade na região.

O aumento na renda dos moradores do interior de São Paulo faz com que as redes e franquias procurem expandir seu território para centros onde antes não havia mercado consolidado.

Franquias

“Esse crescimento econômico do interior fez com que as empresas entendessem que aquele cliente que antes viajava até São Paulo poderia consumir em sua própria cidade”, afirma Chira.

Investimento. Segundo balanço da Abrasce (Associação Brasileira dos Shopping Centers), da ABF (Associação Brasileira de Franquias) e da franqueadora Cia de Franchising, o interior de São Paulo deve receber investimento de R$ 498 milhões para a instalação de mais de 2.500 lojas de franquias que serão abertas até o meados de 2013.

Esse montante deve representar a abertura de aproximadamente 16 mil vagas de emprego. No Vale do Paraíba, 135 postos de trabalho foram criadas com a chegada do restaurante Outback.

“Temos muito espaço para crescer nas capitais, mas o poder de compra do público do interior, bem como do Vale do Paraíba com seu setor de indústrias, fez com que houvesse a expansão da rede para São José dos Campos”, afirma o sócio regional do Outback, Gilson Gomes de Oliveira.

Lucro. As redes e franquias do setor de alimentação vêm colhendo os frutos do sucesso da expansão para o interior. Pesquisa realizada pela ToolBooxTM revela que as franquias de alimentação tiveram aumento de 359% em suas vendas de 2001 e 2010. A quantidade de lojas do setor cresceu 201% no mesmo período.

O restaurante especializado em frutos do mar, Vivenda do Camarão, com franquia em São José, anunciou crescimento de 7% em 2010 e projeta terminar o ano com 150 lojas em todo o país.

Coqueluche. Os shoppings são os principais redutos de redes e franquias. O superintendente do CenterVale Shopping, João Marcos Mesquita, explica que esse é um mercado que ainda deve crescer nos próximos anos.

“O shopping é a coqueluche do varejo. Mesmo assim, estamos falando de um universo de 450 shoppings no Brasil, quando esse número nos Estados Unidos chega a 70 mil”, afirma Mesquita.

A estimativa é que, em média, de 50% a 60% das lojas nos shoppings sejam de franquias, segundo comerciantes.

“Geralmente, a empresa interessada em expandir a rede procura o grupo que administra determinado shopping. Há um desenho de estratégia e começam as negociações”, explica Mesquita.

Crescimento. Ao menos dois novos shoppings devem surgir na região nos próximos anos. O Via Vale, em Taubaté, ficará pronto em dois anos. Já o Serramar Parque Hotel, instalado em Caraguatatuba, tem previsão de inauguração para novembro.
Pedidos de falência diminuem no semestreSão José dos Campos

Os pedidos de falência no país tiveram queda de 6,6% no primeiro semestre de 2011 em relação ao mesmo período do ano passado.

Os dados são do Serasa Experian, que credita a diminuição dos requerimentos ao momento de estabilização da economia brasileira.

O levantamento indica que em 2010 as empresas ainda buscavam uma recuperação completa dos reflexos da crise econômica do final de 2008, o que dificultou o acesso ao crédito pelos empresários.

Os decretos de falência também registraram queda.

Foram 314 decretos de janeiro a junho de 2011, contra 397 no mesmo período de 2010. Dentre os 314 decretos, 282 foram de micro e pequenas empresas, 20 de médias e 12 de grandes estabelecimentos.

Os economistas do Serasa Experian ainda destacam que o número de pedido de falências deve crescer nos próximos meses.

Motivo. As explicações para o crescimento seriam as medidas do governo de restrição ao crédito para o controle dos índices de inadimplência e da inflação no país.
SAIBA MAIS SOBRE FRANQUIAS
tendência
Redes e franquias têm apostado no mercado do interior de São Paulo mesmo com chance de crescimento nas capitais

motivo
Estabilização da economia no país e aumento do salário mínimo seriam as razões para o aumento do poder aquisitivo no interior, atraindo investimentos de empresas

lucros
Redes e franquias do setor de alimentação aumentaram suas vendas em até 359% no período entre 2001 e 2010

mercado
Estimativa é que franquias ocupem entre 50% e 60% do total dos estabelecimentos dos shoppings

saturação
Outro fator que motivou expansão das redes para o interior seria o mercado dos grandes centros que estaria caminhando para um estado de saturação

comodidade
Empresários acreditam que as franquias entenderam que consumidores viajam cada vez menos às capitais para consumir produtos de qualidade

coqueluche
Shoppings são os centros prediletos para a instalação das franquias e redes pela grande concentração de pessoas

crescimento
Especialista prevê que mercado dos shoppings deva crescer nos próximos anos, atraindo um maior número de franquias

Morador conta rotina nas ruas

Julho 10, 2011 - 04:30

Morador conta rotina nas ruas

Censo revela características da população Cláudio Capucho
Uma arquiteta que decidiu constituir família em São José, joseenses natas que nunca deixaram a cidade e forasteiros que contam que o desenvolvimento não tirou dos moradores a desconfiança e estilo próprio
Carolina Teodora
São José dos Campos

Os dados do IBGE são quantitativos. O efeito desses números na dinâmica e estilo de vida da cidade só os próprios moradores podem contar:

A arquiteta Fabiana Gimenez de Moura, 34 anos, há dois meses tomou uma decisão importante: deixou a vida em São Paulo, onde nasceu, estudou e consolidou carreira, para morar em São José.

Prestes a subir ao altar, a decisão foi estratégica --São José está próxima da capital, onde continua trabalhando e de Cruzeiro, onde trabalha o futuro marido--, mas também levou em consideração outros atributos da cidade.

“Aqui é uma cidade bonita. Boa o suficiente para ter uma qualidade de vida e tranquila o bastante para começar uma família”, afirmou Fabiana.

Apesar de não fazer parte do Censo 2010 de São José, a visão de Fabiana contextualiza a opinião da maioria dos moradores --que ficaram surpresos com o perfil apontado pelo IBGE, principalmente, de que na cidade existe mais mulheres que homens.

Família. É assim que pensa duas joseenses ‘da gema’ --a médica Tatiana Orlandi Pisciolaro, 30 anos, e a empresária Nathalia Campos, 24 anos.

Jovens e bem-sucedidas elas hoje iniciam uma família --as duas tem filhos de dois anos de idade-- e afirmam que não tiveram dificuldade de encontrar no passado os namoradores que hoje são os maridos.

“Conheci meu marido ainda na escola. Estudei, sai daqui para fazer faculdade e quando voltei me casei”, disse.

Trabalho. O desenvolvimento, uma das principais bandeiras de São José, trouxe para cá o pedreiro aposentado Oscar Ferreira Soares, hoje com 102 anos --um ilustre morador da cidade já faz parte de um seleto grupo de 42 ‘centenários’ que moram na cidade.

Seu filho, o militar aposentado Darci Ferreira Soares, 68 anos, veio para São José na década de 70 para trabalhar no DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) e hoje cuida do pai que em setembro vai comemorar 103 anos de idade.
“Gosto de São José e estou feliz em estar aqui”, disse.

Carisma. Tem gente que pensa diferente, e acredita que os moradores da cidade poderiam ser mais ‘receptivos’.

“Sinto que aqui as coisas só funcionam se você tem um amigo ou um conhecido que indica ou fala alguma coisa para alguém. Apesar da cidade ser grande, o pensamento das pessoas ainda é um pouco bairrista”, afirmou o corretor de imóveis, Marco Antônio Constâncio, 42 anos. Há seis anos, ele mora em São José depois de sair de São Paulo. Lugar bem mais próximo que a Paraíba (PB), Estado onde que saiu a também corretora Janiene Vieira, 31 anos. “Estou aqui desde os 17 anos”.

Censo revela uma São José de jovens e renda per capita alta

Julho 10, 2011 - 03:51

Censo revela uma São José de jovens e renda per capita alta

Falta de Moradia em programa de habitação Victor Moriyama
Levantamento do IBGE mostra com exatidão o enriquecimento do morador; bairros da periferia da zona sul concentram a população jovem enquanto as regiões nobres do centro são preferidas pelos idosos
Carolina Teodora
São José dos Campos

Você sabia que São José dos Campos tem 42 moradores com mais de 100 anos de idade? E que as mulheres são a maioria da população? São exatamente 12.673 mulheres a mais que homens.

Tem mais: se você acha que as pessoas ganham pouco pode rever o conceito. São José é a 14ª cidade do Estado com maior porcentual de famílias com renda per capita superior a três salários --a partir da classe B na economia.

Falta de Moradia

O cenário faz parte do detalhamento das informações do Censo 2010 feito pelo O VALE com base nas informações divulgadas até agora pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O Censo feito entre junho e agosto do ano passado mostra um retrato fiel dos moradores que fazem de São José uma cidade jovem, rica e em pleno desenvolvimento.

Do total de moradores da cidade (629.921), a maioria é jovem com até 29 anos de idade (305.819 pessoas).

Dentro do mapa da ocupação urbana, o dado revela que a favela do Banhado, no centro, é o ‘bairro’ com maior concentração de jovens --65% dos 1.516 moradores da área tem menos de 30 anos. Em seguida, está o Campo dos Alemães, na zona sul, e Campos de São José, na zona leste da cidade. Na outra ponta da lista, estão os bairros nobres da região central. É no Jardim Esplanada e São Dimas que os idosos estão concentrados. São José tem 61.986 idosos.

“São José segue tendência das cidades de médio porte do Estado. A previsão é que esses jovens comecem a ocupar as áreas mais externas do município fazendo com que o centro perca sua importância residencial”, afirmou Wagner Silveira, coordenador do IBGE em São Paulo.

Os dados mostram que a maioria das casas são sustentadas com uma única renda e que maior parte dos moradores são brancos. O Campo dos Alemães aparece ainda como bairro com maior concentração de homens.
Dados são utilizados em planejamentoSão José dos Campos

Os dados do IBGE vão embasar as definições das políticas públicas de São José dos Campos. A informação é da própria prefeitura que junto com o Ipplan (Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento) vai estudar os números do Censo 2010.

A análise será feita por uma equipe multidisciplinar composta por sociólogos, urbanistas, economistas e estatísticos da Secretaria de Planejamento Urbano. O Ipplan conta com outra equipe de quatro funcionários que vão fazer o estudo.

“O Censo 2010 servirá para confirmar as prioridades atuais e, se for o caso, adequar os investimentos, que serão projetados de acordo com as novas demandas e as características da população dos bairros”, afirmou o secretário de Planejamento Urbano, Oswaldo Vieira de Paula Júnior, por meio de nota a O VALE.

Segundo ele, o trabalho já teve início, mas ainda não chegou a nenhuma definição porque está na etapa inicial. “Trabalhamos com as primeiras publicações do IBGE, na medida em que os dados forem sendo disponibilizados novas análises serão feitas”, disse.

Cynthia Gonçalo, diretora geral do Ipplan disse que o trabalho envolverá ainda a análise da evolução de indicadores, seja com referência ao contexto atual e estabelecendo comparações com o país, o Estado, a região e, principalmente, avaliando as diversidades internas ao município.

“O planejamento da cidade está preparado para atender a demanda tanto dos bairros com população mais jovens quanto da população mais idosas”, afirmou Cynthia.

Segundo ela, será realizado ainda o cruzamento dos dados que chegam do 156, número municipal que centraliza a demanda da população, com dados do Censo com o objetivo de contextualizar as demandas dos moradores.