domingo, 29 de abril de 2012

Os bairros mais cobiçados


MORAR BEM - 05/04/2012 00h00 - Atualizado em 15/04/2012 17h09

Os bairros mais cobiçados (trecho)

Uma pesquisa exclusiva revela quais são as áreas mais valorizadas e mais desejadas em várias metrópoles brasileiras

MARCOS CORONATO - época
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DA JANELA, VÊ-SE... ...o Corcovado, refletido na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. Alguns dos bairros mais valorizados  da cidade, como Ipanema, Leblon  e a própria Lagoa, estão a suas margens  (Foto: Silvestre Machado/Getty Images)

Os bairros mais caros do Brasil (Foto: Fonte: Lopes Inteligência de Mercado)
Quando um morador de São Paulo se põe a explicar por que prefere o bairro da Vila Madalena ou da Vila Olímpia, raramente faz um julgamento objetivo. Em geral, a preferência revela mais sobre quem opina do que sobre a geografia da cidade. O mesmo ocorre quando um carioca discorre sobre as diferenças entre a Zona Sul e a Barra da Tijuca. Para quem conhece os códigos da cidade – o que cada bairro representa na mente e no coração dos moradores –, explicações desse tipo equivalem a um cartão de apresentação de quem fala.
Revela situação financeira, ambições, gostos, afinidades e até preconceitos. Essa relação com alguns pedaços charmosos da cidade não é privilégio de cariocas e paulistanos. À medida que a população se aglomera nos centros urbanos, como ocorre no mundo inteiro, o bairro – e não mais a cidade – torna-se a referência de identidade. “Numa grande cidade, ainda que na mesma faixa de renda, faz muita diferença morar num bairro ou em outro”, diz a economista Ana Carla Reis, da consultoria Garimpo de Soluções. “As pessoas com afinidades frequentam tão intensamente a mesma área que surge a sensação de que se está numa cidade pequena, mesmo vivendo numa metrópole.”
A localização do imóvel já é, isoladamente, o fator mais importante para a decisão de compra do brasileiro. Está à frente de itens tão fundamentais quanto área útil, planta, número de vagas ou segurança. Sabe-se também que os mais ricos se deslocam menos ao mudar de uma casa para outra. Eles costumam ir para lugares próximos de onde já moravam. Nas faixas de renda médias, quando se mudam, as famílias se deslocam por distâncias maiores. Elas deixam um bairro para trás e partem para outro, em busca de um novo estilo de vida.
Por todas essas razões, um mapa dos preços de imóveis nos principais bairros de um país revela bem mais que a mera dança entre oferta e procura. Ele mostra objetos do desejo do cidadão. O mais recente e completo mapa dos desejos do brasileiro aparece num estudo feito pela empresa de pesquisa imobiliária Lopes Inteligência de Mercado, publicado com exclusividade por ÉPOCA. O estudo avaliou 35 cidades, 15 delas com maior nível de detalhes. Sua base foram os apartamentos residenciais lançados em 2011. A pesquisa usou o critério tradicional do preço por metro quadrado e também os preços totais dos apartamentos recém-lançados. Pelo valor do metro quadrado, Ipanema, no Rio, é o bairro mais caro do Brasil; pelo preço dos apartamentos, o título vai para a região em torno do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Assim como a Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio, o Ibirapuera é o núcleo de uma região muito apreciada e visitada pelos moradores da cidade. Consequentemente, é valorizada na hora de comprar e vender. 
Quando um morador de São Paulo se põe a explicar por que prefere o bairro da Vila Madalena ou da Vila Olímpia, raramente faz um julgamento objetivo. Em geral, a preferência revela mais sobre quem opina do que sobre a geografia da cidade. O mesmo ocorre quando um carioca discorre sobre as diferenças entre a Zona Sul e a Barra da Tijuca. Para quem conhece os códigos da cidade – o que cada bairro representa na mente e no coração dos moradores –, explicações desse tipo equivalem a um cartão de apresentação de quem fala.
a mensagem (Foto: reprodução)
Revela situação financeira, ambições, gostos, afinidades e até preconceitos. Essa relação com alguns pedaços charmosos da cidade não é privilégio de cariocas e paulistanos. À medida que a população se aglomera nos centros urbanos, como ocorre no mundo inteiro, o bairro – e não mais a cidade – torna-se a referência de identidade. “Numa grande cidade, ainda que na mesma faixa de renda, faz muita diferença morar num bairro ou em outro”, diz a economista Ana Carla Reis, da consultoria Garimpo de Soluções. “As pessoas com afinidades frequentam tão intensamente a mesma área que surge a sensação de que se está numa cidade pequena, mesmo vivendo numa metrópole.”
A localização do imóvel já é, isoladamente, o fator mais importante para a decisão de compra do brasileiro. Está à frente de itens tão fundamentais quanto área útil, planta, número de vagas ou segurança. Sabe-se também que os mais ricos se deslocam menos ao mudar de uma casa para outra. Eles costumam ir para lugares próximos de onde já moravam. Nas faixas de renda médias, quando se mudam, as famílias se deslocam por distâncias maiores. Elas deixam um bairro para trás e partem para outro, em busca de um novo estilo de vida.
Os apartamentos novos no Brasil (Foto: Fonte: Lopes Inteligência de Mercado)
Números de apartamentos lançados em 2011 (Foto: Fonte: Lopes Inteligência de Mercado)

Por todas essas razões, um mapa dos preços de imóveis nos principais bairros de um país revela bem mais que a mera dança entre oferta e procura. Ele mostra objetos do desejo do cidadão. O mais recente e completo mapa dos desejos do brasileiro aparece num estudo feito pela empresa de pesquisa imobiliária Lopes Inteligência de Mercado, publicado com exclusividade por ÉPOCA. O estudo avaliou 35 cidades, 15 delas com maior nível de detalhes. Sua base foram os apartamentos residenciais lançados em 2011. A pesquisa usou o critério tradicional do preço por metro quadrado e também os preços totais dos apartamentos recém-lançados. Pelo valor do metro quadrado, Ipanema, no Rio, é o bairro mais caro do Brasil; pelo preço dos apartamentos, o título vai para a região em torno do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Assim como a Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio, o Ibirapuera é o núcleo de uma região muito apreciada e visitada pelos moradores da cidade. Consequentemente, é valorizada na hora de comprar e vender. 
A FORÇA DO LITORAL Bairro Aparecida,  na orla de Santos, São Paulo.  O município se valoriza  por causa dos aposentados, do petróleo e da boa qualidade de vida  (Foto: Filipe Redondo/ÉPOCA)
O resultado do estudo detecta tendências que já moldavam o mercado de imóveis no Brasil nos últimos anos e continuarão presentes no futuro próximo – entre elas, a expansão da indústria de petróleo e o aumento no número de aposentados que valorizam cidades litorâneas como Santos, Vitória ou Rio. A difusão de riqueza que estimula a construção em capitais menores, como Goiânia e Natal, também foi detectada. Outros bairros em destaque foram o Meireles, em Fortaleza, as Asas Norte e Sul, em Brasília, e o Campo Comprido, em Curitiba.
As cidades com área mais valiosa no país (Foto: Fonte: Lopes Inteligência de Mercado)
Passada a fase mais espetacular da valorização generalizada de imóveis no país, as grandes tendências da economia deixam de ser suficientes para explicar o movimento dos preços. Entram em cena fatores sutis, como a tradição do bairro, sua fama, suas expectativas e os anseios dos moradores. O mercado imobiliário tem um nome para isso: fatores hedônicos. “São aqueles motivos difíceis de medir, mas que explicam o prazer por morar onde se mora”, diz o engenheiro Luiz Paulo Fávero, professor na Faculdade de Economia e Administração da USP, autor de uma tese de doutorado sobre o tema. “Dizer que um bairro tem mais idosos, ou mais gente educada, ou características de cidade do interior, tudo isso forma uma imagem da vizinhança que influi nas escolhas de quem pensa em sair de lá ou mudar para lá.” É normal que esses fatores ganhem relevância numa economia e numa sociedade que se tornam mais sofisticadas. Para entender essas escolhas subjetivas, ÉPOCA convidou cinco conhecedores dos bairros mais cobiçados do Brasil para contar o que há de especial nesses trechos urbanos. Seus relatos começam na página 92. Ao incluir entre seus motivos de escolha esse tipo de critério emocional, o interessado num imóvel precisa evitar certas armadilhas.
Uma delas é cair em jogadas de puro marketing. É preciso evitar as compras motivadas por apelos simplórios de glamour e segurança, assim como a tendência de pagar demais para adquirir status. “Em Curitiba, áreas muito próximas tomam caminhos completamente diferentes: uma se valoriza de um jeito legal, por permitir que você saia andando para ir a um bar ou fazer compras. Outras se valorizam só com o apelo do condomínio fechado, em que você precisa sair de carro para fazer qualquer coisa”, diz Rodolfo Hardy, um dos jovens arquitetos autores do site ProjetoBlog. Embora ainda haja no país muitos lançamentos bombásticos de áreas puramente residenciais, normalmente com o apelo do luxo, a diversidade de recursos no interior dos bairros tende a ser valorizada. “Quem pode escolher procura comércio, serviços e opções de trabalho perto de casa”, diz Mirella Parpinelle, diretora da Lopes. “Muita gente começa a achar que não adianta ter dinheiro mas não ter tempo, porque gasta o dia no trânsito.” Até hoje, os compradores de imóveis de luxo costumavam dar mais atenção ao número de vagas na garagem do que às facilidades de transporte público. Agora, esses fatores começam a se equilibrar.

Estabelecida a importância de viver numa área de que se gosta, na qual seja possível deslocar-se sem carro e onde haja comércio e serviços satisfatórios, abre-se outro dilema: o bairrismo no sentido estrito não torna a vida na cidade menos divertida?

A ideia de perder menos tempo no trânsito e encontrar facilmente os amigos é ótima, mas há perigos em tornar-se recluso na própria vizinhança. O bairrismo tacanho pode trazer intolerância, menores chances de descobrir novidades e pouco envolvimento com questões políticas ou sociais do município. É a perda de parte importante da energia da metrópole, que se alimenta da força da multidão. “É inevitável que o bairro ganhe importância para quem mora em cidades muito grandes”, diz Ana Carla Reis. “Mas isso não quer dizer que as pessoas se isolarão. A grande beleza das cidades são a diversidade e a complementaridade.” A grande beleza é o equilíbrio.

Preço do m² mais baixo deve atrair novos investidores para Alphaville


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Preço do m² mais baixo deve atrair novos investidores para Alphaville

O mercado imobiliário está em constante mutação. Ora pelo número de empreendimentos anunciados ou lançados, ora pelos preços praticados, que acabam alavancando os negócios ou baixando a formalização de novos contratos. Nesse mercado pode-se dizer que Alphaville novamente está no foco.

Isso é evidenciado por uma pesquisa divulgada nesta semana, que mostra que o bairro é uma alternativa aos bairros nobres da capital. A preferência se dá porque Alphaville dispõe de espaços nobres, classificados como A e A+, com preços até 50% mais baixos que os praticados em São Paulo.

Também é preciso lembrar que Barueri adotou a política da baixa tributação, que é um excelente atrativo para investidores, principalmente empresas. Aliás, foi a política de baixa tributação que elevou a cidade entre as que reúnem o maior número de empresas e oferecem o maior número de vagas.

Normalmente, a tendência do mercado corporativo se estende para os imóveis residenciais. “É natural que haja demanda dos dois lados, porque com a vinda de empresas, os executivos também procuram moradia nas proximidades e isso movimenta os dois mercados”, explica o consultor imobiliário Inácio Menezes.

Menezes também ressalta que Alphaville sai na frente também nesse quesito, porque a qualidade de vida nos condomínios fechados é incomparável. “Todos querem segurança e qualidade de vida, com facilidade aos serviços, como supermercados, farmácias, escolas e rede de saúde e Alphaville oferece tudo isso”, diz.
Fonte: Folha de Alphaville)

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Propaganda oficial enaltece obras que ficarão no papel


March 4, 2012 - 03:24

Propaganda oficial enaltece obras que ficarão no papel

Arte propaganda prefeitura de são josé
Entre os projetos explorados pela prefeitura está o da Ponte Estaiada, que já foi descartado pela própria administração
Carolina Teodora
São José dos Campos

Propagandas institucionais da Prefeitura de São José veiculadas no horário nobre da televisão mostram obras viárias que vão permanecer no papel nesta gestão ou que até mesmo já foram descartadas pelo governo.
Uma das peças publicitárias veiculadas neste mês, mostra que a prefeitura planeja construir uma Ponte Estaiada --modelo suspenso por cabos-- como parte do novo complexo viário do Colinas, na zona oeste.
O prefeito Eduardo Cury (PSDB) já afirmou publicamente que a ponte não será construída em seu mandato por dois motivos: o custo elevado (R$ 80 milhões) e porque estudos apontaram que ainda não há necessidade dessa obra no local.
O vídeo, com um minuto de duração, chega a mostrar a ilustração da ponte na rotatória do Colinas e o áudio afirma “ele vai facilitar a ligação entre as avenidas Jorge Zarur, Eduardo Cury e São João”. Também é informado que a futura ponte terá 400 metros de extensão.

Urbanova. Outro vídeo veiculado também neste mês divulga as obras de prolongamento da Via Oeste e a ‘criação’ de um novo acesso à Urbanova, na região oeste.
Entretanto, a obra da Via Oeste foi barrada pela Justiça por invadir área federal e colocar em risco os moradores do entorno e ainda não tem previsão de quando será retomada.
Já o futuro novo acesso ao Urbanova é uma obra sem previsão de ser executada. O acesso, estimado em R$ 30 milhões, será custeado parcialmente pelas construtoras que vão erguer prédios e condomínios na região.
A mesma produção publicitária, com um minuto, afirma que “os projetos da via Banhado, Via Urbanova e Via Oeste já estão em andamento”.
Esse pacote de obras, que será custeado com verba do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), só será executado pelo próximo prefeito --em razão da necessidade de abrir licitações e elaborar projetos-- e tem prazo de conclusão até 2015.

Projeto. O assessor de Comunicação de São José, Felício Ramuth, afirmou que os vídeos têm o objetivo de dar uma visão transparente à população dos atos da administração.
“Os vídeos mostram a importância de ter o futuro da cidade planejado. Não fala que todas as obras estão em execução. Isso fica claro”, afirmou.
Especialistas em administração pública afirmam que só pode ser considerada obra, o serviço que estiver com o custo previsto no orçamento anual de uma cidade.
Segundo eles, as propagandas da prefeitura veiculadas na televisão em horário nobre e que ficam expostas no site oficial, são enganosas.
“Elas \[propagandas\] induzem o morador a entender que são obras em execução e parece ter claros objetivos eleitorais. Essa prática é adotada, principalmente, em anos de eleição como este”, afirmou Odete Medauar, especialista em Direito Administrativo.
O professor titular de Direito Administrativo da PUC/SP, Adilson Dallari, também reprovou a prática.
“Infelizmente isso acontece, mas ofende o sistema jurídico. Obra real é a que está previsto no orçamento anual da administração. Qualquer coisa fora disso é desprovido de qualquer tipo de seriedade”, afirmou.

Custo. Ao todo, oito vídeos publicitários foram elaborados pelo governo do prefeito Eduardo Cury (PSDB) neste início de ano.
A maioria faz parte de uma série denominada “São José: Futuro em Construção”. Em 2011, foram veiculados 60 vídeos institucionais.
A agência de publicidade Regional Marketing, de São José, recebe R$ 6,1 milhões por ano dos cofres públicos para fazer as propagandas da prefeitura.
O contrato assinado em julho do ano passado segue até julho de 2013. A empresa presta serviços para o governo desde julho de 2009.
O contrato prevê a veiculação de propagandas na televisão, nas emissoras de rádio, em jornais e em revistas.
A empresa ainda é responsável pela manutenção do site da prefeitura, criações de anúncios, consultoria e confecções de adesivos, bonés e camisetas. A produção de cada vídeo custa de R$ 4.100 aos cofres públicos do município.

Vídeo sobre a "Via Banhado" 

Vídeo sobre as obras viárias 

Vídeos falam sobre o futuro da cidade, alega governo
São José dos Campos

A Prefeitura de São José informou que o dinheiro da maioria das obras anunciadas nos vídeos já está garantido. De acordo com a administração, o objetivo é demonstrar o futuro da cidade.
“O projeto executivo da Ponte Estaiada foi contratado. O próximo administrador da cidade vai poder executar esse projeto e buscar recursos para que isso aconteça”, afirmou o assessor de Comunicação, Felício Ramuth.
Segundo ele, os vídeos são importantes para dar transparência a população. “O vídeo mostra para a população que existe planejamento prevendo soluções para os gargalos da cidade. Dá uma visão de transparência dos atos da administração. Dessa forma, todos têm acesso ao futuro da cidade e não só alguns poucos envolvidos”, disse a O VALE. Segundo ele, os vídeos em veiculação na televisão regional não dá a entender que obras em projeto estão em fase de execução. “Os vídeos mostram de maneira clara as obras que estão em execução e as já foram finalizadas e as que estão em fase de projeto, disse. Ele disse que a obra da Via Oeste será retomada em breve.

sábado, 21 de abril de 2012

Imóveis pequenos e bem localizados são melhores para investir, diz executivo


Imóveis pequenos e bem localizados são melhores para investir, diz executivo

InfoMoney -

 
SÃO PAULO - As melhores oportunidades de investimentos no mercado imobiliário atualmente se encontram em imóveis compactos e bem localizados, na opinião do CEO da Vitacon Incorporadora, Alexandre Lafer Frankel.

De acordo com ele, o crescimento do público executivo estrangeiro, aliado ao aumento de profissionais solteiros, vem gerando grande demanda por imóveis residenciais pequenos e em bairros importantes da cidade de São Paulo.

Com isso, a valorização deste tipo de imóvel e a rentabilidade com o aluguel estão aumentando. “Hoje, há uma escassez muito grande de unidades por hotelaria, flats e long stay. Como o público solteiro e de executivos que migram para metrópoles vem aumentando, e esses grupos possuem alto poder aquisitivo, a demanda vem sendo suprida por imóveis compactos”, afirma Frankel.

Aumento de 500% no número de lançamentos

De acordo com dados da imobiliária Lopes divulgados recentemente, os lançamentos de apartamentos de um dormitório na cidade de São Paulo cresceram quase 5 vezes na comparação entre os períodos de 2006 a 2008 e de 2009 a 2011.

Na direção oposta, o número de lançamentos de imóveis de 4 dormitórios recuou 65% no mesmo período, passando de 30.285 para 10.468. “Certamente, para quem está atento ao mercado ou para os que querem investir em imóveis, a melhor opção são os de pequena metragem”, diz Frankel.

Para o executivo, o investidor interessado em atingir o público profissional single deve escolher imóveis perto de universidades e centros comerciais, já que a localização é mais importante para este público do que a metragem do imóvel. “Hoje, esse tipo de investimento gera uma rentabilidade maior que o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e outras aplicações financeiras do mercado”, diz. “É um mercado que atinge um público em constante expansão, e a demanda vai continuar crescendo”, conclui.

As cidades com os imóveis novos mais caros de 2011


As cidades com os imóveis novos mais caros de 2011


Exame -


Estudo da imobiliária Lopes mostra que, no ano passado, os bairros nobres concentraram os lançamentos imobiliários nas cidades com metro quadrado novo mais caro do país



1- Rio de fora

São Paulo – Em 2011 foram lançados 1.332 empreendimentos imobiliários residenciais nos principais mercados do Brasil, totalizando 168.552 unidades, com um preço mediano de 4.630 reais por metro quadrado. Os dados são do primeiro “Anuário do Mercado Brasileiro” preparado pela imobiliária Lopes, que considera lançamentos de todos os padrões ocorridos no ano passado nos 15 principais mercados imobiliários do país.

A seguir você vai ver as dez cidades com os lançamentos mais caros do país em 2011, com base no preço mediano do metro quadrado – valor que exclui o preço mais alto e o mais baixo da análise. Surpreendentemente, o Rio de Janeiro – onde se encontram alguns dos bairros mais caros do país – ficou de fora da lista, em 11º lugar, com um preço mediano de 4.660 reais por metro quadrado.

“Felizmente no Rio, no ano passado, houve o lançamento de muitos empreendimentos econômicos, em bairros mais centrais ou afastados”, diz Cristiane Crisci, diretora da área de inteligência de mercado da Lopes. Dos 73 lançamentos, muitos em bairros da Zona Oeste, como Freguesia, Campo Grande, Jacarepaguá, Barra e Recreio. Em contrapartida, na maioria das cidades a seguir, os lançamentos se concentraram em bairros nobres. Confira:



2- Brasília, DF

O metro quadrado mediano mais caro do país entre os lançamentos de 2011 podia ser encontrado em Brasília, por 10.420 reais. A capital federal tem uma característica única, pois os novos empreendimentos no Plano Piloto estão sujeitos a uma série de restrições, devido ao fato de a cidade ser toda planejada. Assim, os terrenos são escassos e, como a renda da população é alta, o metro quadrado acaba ficando realmente muito caro.

“Agora foram liberados os lançamentos na zona noroeste, uma região nova que funciona como se fosse um grande terreno. Em 2011 houve 15 lançamentos nessa área, onde o metro quadrado é de cerca de 10.000 reais”, diz Cristiane Crisci, diretora da área de inteligência de mercado da Lopes. No total, foram lançados 19 empreendimentos em Brasília no ano passado, totalizando 1.773 apartamentos.



3- Florianópolis, SC

Os oito empreendimentos lançados em Florianópolis, totalizando 846 unidades, concentraram-se nas áreas mais nobres da ilha, como a praia de Jurerê. Com isso, o preço mediano do metro quadrado foi jogado para cima, e ficou em 6.720 reais.



4- Santos, SP

O espaço limitado para construção em Santos aliou-se à concentração dos lançamentos em áreas nobres, próximos à praia, em especial na Ponta da Praia. Essa combinação de fatores fez com que o metro quadrado mediano dos lançamentos na cidade do litoral paulista fosse o terceiro mais caro de 2011, custando 6.390 reais. Foram lançadas 2.908 unidades distribuídas em 20 lançamentos.



5- São Paulo, SP

A cidade de São Paulo foi a campeã de lançamentos em 2011 de longe, com 291 empreendimentos, num total de 37.541 unidades. Houve lançamentos em todas as regiões da cidade, mas a maior concentração ficou nos bairros mais nobres das Zonas Sul e Oeste. Com isso, o preço do metro quadrado mediano ficou em 6.110 reais. Os preços mais altos se concentraram em bairros como Morumbi e Lapa. Também houve um bom número de lançamentos valorizados em bairros do Centro, como Bela Vista, Pari e Brás. “Essa região conta com muita infraestrutura, e o preço do metro quadrado chega a 7.000 ou 8.000 reais, com muitos apartamentos custando acima de 250.000 reais”, diz Cristiane Crisci, da Lopes.



6- Águas Claras, DF

A presença do município de Águas Claras (DF) neste ranking é um reflexo do alto preço do metro quadrado em Brasília. Boa parte da população que não consegue morar na capital federal acaba optando por cidades vizinhas. Além de Águas Claras, Ceilândia e Taguatinga também vem sendo verticalizadas recentemente. Em Águas Claras foram lançados 21 empreendimentos residenciais no ano passado, com um total de 4.643 apartamentos, e um preço mediano de 5.980 reais por metro quadrado. “Lá tudo é novo, como se fosse uma nova cidade nascendo”, observa Cristiane Crisci



7- Curitiba, PR

A capital paranaense chegou a receber mais lançamentos que Porto Alegre no ano passado, totalizando 10.596 unidades residenciais distribuídas em 70 empreendimentos, muitos deles de apenas um quarto, tipo de imóvel que tem o metro quadrado “naturalmente” mais alto. “Lá os prédios podem ser mais altos que na capital gaúcha, então podem ser lançadas mais torres, com mais unidades. Na verdade, é um mercado desenvolvido, bem parecido com o de São Paulo”, diz a diretora da área de inteligência de mercado da Lopes.

Em Curitiba os lançamentos do ano passado também se concentraram em bairros nobres, como o Batel, Campo Comprido e Ecoville, o que deixou a cidade em sexto lugar entre as mais caras, com um metro quadrado mediano de 5.200 reais.



8- Campinas, SP


O preço mediano do metro quadrado dos lançamentos em Campinas no ano passado foi de 5.040 reais. Foram 11 lançamentos na cidade do interior paulista, com 1.634 apartamentos no total. Não houve concentração em bairros mais nobres, havendo lançamentos de empreendimentos de todos os níveis.



9- Niterói, RJ

A cidade de Niterói já tem um mercado imobiliário de venda e revenda bastante desenvolvido, com preços semelhantes aos do Rio. Vizinha à capital, a cidade é lar de fluminenses com bom poder aquisitivo, muitos dos quais trabalham no Rio, mas decidiram se mudar para o outro lado da Baía de Guanabara. Com isso, o preço mediano do metro quadrado dos empreendimentos lançados no ano passado foi o oitavo mais caro do país, ficando em 5.020 reais. Foram 22 lançamentos, totalizando 1.924 apartamentos.



10 -São Caetano do Sul, SP

São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, deixou de ser uma cidade dormitório e hoje atrai quem busca uma boa qualidade de vida no município de melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país. Alguns dos lançamentos ocorreram, por exemplo, no Espaço Cerâmica, bairro planejado de alto padrão, que vai concentrar moradia, trabalho e lazer. Lá também foi inaugurado recentemente o Park Shopping São Caetano. Ao todo, foram lançados 21 empreendimentos residenciais no ano passado, com 2.015 unidades e preço mediano de 4.930 reais por metro quadrado.



11- Belo Horizonte, MG

O preço mediano do metro quadrado dos lançamentos em 2011 foi de 4.690 reais em Belo Horizonte, apenas 30 reais a mais do que o preço do Rio de Janeiro, que ficou de fora dos dez mais. Seus 62 lançamentos foram em número quase igual ao dos empreendimentos lançados na capital fluminense; porém, o total de 5.022 unidades representa pouco menos da metade do número de apartamentos lançados no Rio.

A explicação para a capital mineira ter ficado equiparada à cidade que tem alguns dos imóveis mais caros do país se deve ao fato de ser uma cidade planejada, com controles rígidos para a construção de novos empreendimentos. Outro motivo é a concentração dos lançamentos de 2011 numa região de alto padrão que vai do Centro até o município vizinho de Nova Lima.