segunda-feira, 25 de julho de 2011

Vias Cambuí e Banhado vão sair do papel com verba do BID

Julho 24, 2011 - 03:54

Vias Cambuí e Banhado vão sair do papel com verba do BID

Córrego Cambuí - FOto: Cláudio Capucho Córrego Cambuí - FOto: Cláudio Capucho
Plano da prefeitura é lançar os editais para a construção desses corredores viários ainda neste semestre; a via Cambuí ligará as regiões leste e centro às zonas sul e sudeste, sendo uma alternativa ao uso da Dutra
Chico Pereira
São José dos Campos

A Prefeitura de São José dos Campos planeja lançar neste semestre os editais para a implantação dos corredores viários Via Cambuí e Via Banhado, que vão custar juntas R$ 135 milhões.

As novas vias expressas serão construídas com recursos do empréstimo que o governo tucano irá contrair do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) no valor de US$ 85,6 milhões (R$ 135 milhões).

O município irá aportar uma contrapartida de US$ 92 milhões (R$ 144 milhões).
A previsão é que a assinatura do contrato da operação de crédito ocorra em no máximo dois meses.

“Vamos disparar um conjunto de projetos e obras, como a elaboração do projeto executivo da Via Cambuí, a mais cara do pacote”, afirmou o prefeito Eduardo Cury (PSDB).

Cambuí. Esse corredor viário tem custo estimado em US$ 58 milhões (R$ 91 milhões), incluso a construção do Parque Cambuí.

A via expressa terá cerca de três quilômetros de extensão, vai cruzar 13 bairros para ligar a região leste/centro à rodovia dos Tamoios.

Ela começa na Vila Guarani, na rotatória da avenida JK, e termina na avenida João Rodolfo Castelli, no Putim, região sudeste.

Cury disse que obra devem ser iniciada no segundo semestre de 2012. É uma obra de três anos.

“Será uma alternativa para os moradores da zona leste evitarem a Via Dutra”, disse o prefeito.

Banhado. Continuação da Via Norte, a Via Banhado, com custo estimado em US$ 28 milhões (R$ 43,9 milhões), vai margear a orla do Banhado até a Via Oeste.

“Já temos pronto uma parte do projeto”, disse o secretário de Transportes, Anderson Farias Ferreira”. Ela terá dois quilômetros e a obra levará dois anos.

A Secretaria de Transportes analisa a necessidade de licenciamento ambiental.


Importância da obra divide opiniõesSão José dos Campos

A construção da Via Cambuí, uma nova opção de ligação viária entre a região leste/centro à região sudeste/sul divide opiniões.

A maioria dos moradores ouvidos por O VALE considera importante a construção da via expressa, mas também há quem acredite que ela seria “desnecessária”.

“Com certeza, essa avenida irá facilitar o acesso do pessoal da zona leste para os bairros da região da rodovia dos Tamoios, por isso, acho importante”, afirmou Marco Antonio e Silva, 43 anos, morador da região da Vila Corintinha, um dos bairros que será cruzado pelo novo corredor.

Para o autônomo Rodolfo da Silva Gabriel, 45 anos, morador da região do Jardim da Granja, a Cambuí irá reduzir o fluxo de veículos na avenida dos Astronautas, além de valorizar os imóveis dos bairros por onde passará.

Mesma opinião do aposentado Dirceu Fernandes Santos, 56 anos. “Os imóveis vão ser valorizados”, afirmou.

Já para o mecânico Raimundo Santos Dias, 48 anos, e o vendedor Edmundo dos Santos, 57, o corredor viário não seria “fundamental”.

“Vai lugar nada a lugar nenhum e ainda provocar danos ambientais”, disse Raimundo.
“Melhor seria aplicar esse dinheiro para construir outra alternativa para a zona leste, passando pelo Campos de São José, Santa Cecília até a região da Granja”, afirmou.

Traçado. O traçado da Cambuí será definido no projeto executivo.

Segundo o prefeito Eduardo Cury, a Cambuí pode cruzar o vale do córrego Cambuí ou margear as encostas da região.

“A primeira opção é mais cara, porque o solo é ruim. Na segunda, há necessidade de contenção de encostas. O projeto executivo definirá o melhor traçado”, disse Cury.

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