domingo, 28 de agosto de 2011

Pai que deu Steve Jobs para adoção fala pela primeira vez: ‘Sinto que o tempo está se esgotando’

Pai que deu Steve Jobs para adoção fala pela primeira vez: ‘Sinto que o tempo está se esgotando’

Pai de Steve Jobs (à esquerda) e o ex-presidente da Apple Foto: Reprodução da internet

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O pai que deu o gênio da Apple, Steve Jobs, para adoção quando ele ainda era um bebê resolver falar sobre o filho, pela primeira vez. John Jandali disse ao jornal "The Sun" que tem medo de nunca mais ver o filho.
"Temo que o tempo esteja correndo e que nunca mais encontre o filho que fui obrigado a dar", disse o pai biológico de Steve Jobs. "Tenho esperança que poderemos tomar pelo menos um café juntos, antes que seja tarde demais. Isso me faria o homem mais feliz do mundo", afirmou.
Com 80 anos, John Jandali resolveu falar depois do executivo, de 56, deixar a presidência da Apple. Steve Jobs luta contra um câncer pancreático há sete anos. Depois do anúncio, o pai biológico começou a achar que talvez o filho esteja perdendo a luta pela doença.
Jobs nasceu em fevereiro de 1955 em San Francisco, na Califórnia. Seus pais eram da Síria e estudavam nos Estados Unidos. Ainda de acordo com o jornal "The Sun", o casal era jovem e solteiro e resolveu dar o bebê assim que ele nasceu.
John afirmou rezar sempre para que seu filho possa perdoá-lo e o aceite em sua vida:
"Se eu pudesse viver minha vida novamente, faria coisas completamente diferentes. Ainda mais nos últimos anos, quando soube que meu filho estava gravemente doente. Sinto que o tempo está se esgotando".

Construção civil do Vale tem déficit de 10 mil profissionais

NOSSA REGIÃO
August 28, 2011 - 04:00

Construção civil do Vale tem déficit de 10 mil profissionais

Falta de mão de obra na construção civil Victor Moriyama
Segundo empresas do setor, faltam desde serventes de pedreiro até engenheiros; alternativa é formar mão de obra
Arthur CostaSão José dos Campos
Faltam 10 mil profissionais na área da construção civil na região. A estimativa foi feita pela Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba).
A defasagem é sentida em todas as áreas do setor, desde engenheiros a serventes de pedreiro. Somente em São José, esse déficit é de 2.000 trabalhadores.
Reduzir este ‘gargalo’ é a missão das entidades da construção civil e do poder público, tendo em vista a instalação de novas empresas na região e o mercado imobiliário ainda aquecido.
“A mão de obra no Vale já foi abundante”, afirma o presidente da Aconvap, Cléber Córdoba, que destaca que o processo de perda de trabalhadores começou há pouco mais de dois anos.
“Com esse crescimento no setor da construção civil em todo o país, muitas pessoas que vieram de regiões como o Nordeste para trabalhar em São Paulo, agora estão voltando para ficarem próximas às suas famílias”, afirma Córdoba.
Cerca de 25 mil profissionais trabalham na construção civil de São José.

Migração. A engenheira civil Daniella Aparecida Gonzaga Pereira, de 33 anos, convive com o problema da migração de mão de obra há dois anos. “Temos perdido grandes funcionários. Alguns nos contam que viam a família a cada 5 anos e por isso voltam. Eles não falam quanto, mas o salário é maior em outras regiões do país”, ressalta Daniella.
Ela afirma que quando há a migração de um profissional mais gabaritado, como o encarregado, toda a equipe também vai. “A construção civil é uma área de muita confiança. Se o encarregado sai, leva quem ele confia”, explica.

Demanda. O vice-presidente da Acist (Associação das Construtoras, Imobiliárias e Serviços Correlatos de Taubaté), Carlos Eduardo Severo, conta que uma das profissões que mais estão em falta é a de mestre de obra. “O crescimento do mercado causou essa defasagem. Tivemos dois cursos de especialização para mestre de obra e formamos cerca de 40 profissionais no semestre”, afirma Severo.

Saída. Visando preencher essas vagas na região, as entidades ligadas à construção civil apostam em cursos profissionalizantes.

Especialização. Em São José, a Aconvap realiza, em parceria com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), a Etep e o SindusCon (Sindicato da Indústria da Construção Civil), cursos gratuitos de especialização para trabalhadores que já atuam no setor.
São 120 vagas para oito especializações. As inscrições vão até o dia 2 de setembro. Os interessados devem informar o setor de recursos humanos da empresa em que trabalham.
“Vamos começar também a incluir as mulheres na construção civil”, afirma Córdoba.
Em Taubaté, a Acist também desenvolve cursos profissionalizantes em parceria com o Senai. Já em Jacareí, os cursos de especialização são abertos à população no Espaço Lamartine Centro.
SAIBA MAIS
Déficit
Boom do setor
Empresas da construção civil do Vale do Paraíba creditam defasagem de 10 mil profissionais pelo crescimento do setor em todo o país

Problema
migração
Profissionais estariam voltando para regiões de onde vieram no passado em busca de emprego a fim de ficarem próximos às suas famílias

Carreira
atrativos
Salários do setor variam de R$ 800 para serviços gerais a até R$ 5.000 para engenheiros, maiores do que em setores como serviço e comércio

Mercado de Jacareí é um dos afetadosJacareíNa região, uma das cidades que mais sofre com a falta de mão de obra é Jacareí.
Ao menos seis obras de médio e grande portes estão acontecendo na cidade. Nos próximos meses, a instalação da montadora chinesa Chery deve demandar mais 300 profissionais para o início dos serviços de terraplenagem e construção da fábrica.
“Pelo momento econômico da cidade, com a construção de empresas, condomínios e prédios, não temos certeza se poderemos suprir essa demanda”, afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico de Jacareí, Emerson Goulart.

Ocupação. Um exemplo da migração da mão de obra especializada na construção civil é o fim das obras da Refinaria Henrique Lage, a Revap, em São José dos Campos.
No pico das obras, 15 mil pessoas trabalharam no local. Depois do final do ano, com a conclusão do serviço, quase ninguém permaneceu no Vale.
“Geralmente, as mesmas pessoas trabalham nas grandes obras. Desse total da Revap, muitos foram para a construção do gasoduto da Petrobras. O salário nessas empresas é maior”, afirma o diretor regional do Sinduscon, José Roberto Alves.

sábado, 27 de agosto de 2011

Basf reorganiza operações em Jacareí

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Basf reorganiza operações em Jacareí

Por Virgínia Silveira | Para o Valor, de Jacareí
A Basf anunciou ontem investimento de € 10 milhões na reestruturação das operações industriais do complexo de Jacareí, no Vale do Paraíba, que foi incorporado ao grupo, depois da aquisição mundial da empresa alemã de especialidades químicas Cognis, em março de 2010. No local funcionam hoje seis unidades produtivas nas áreas de tintas, higiene pessoal, limpeza, agricultura, mineração, vitaminas e nutrição.
O vice-presidente sênior da Divisão de Produtos de Performance, Plásticos e Químicos da Basf na América do Sul, Michel Mertens, disse que o investimento inclui a nova fábrica de ingredientes alimentares, inaugurada ontem, e ampliação da capacidade de outras unidades do site, melhorias na área de segurança e adequação dos atuais sistemas produtivos.
"Também vamos centralizar em Jacareí as nossas atividades de desenvolvimento de novas tecnologias e aplicação nas áreas de nutrição, personal care (cosméticos), aditivos e dispersão para tintas", afirmou. Segundo ele, a Cognis tinha uma boa estrutura de laboratórios de pesquisa e recursos humanos em Jacareí, aproveitados e ampliados para atender às necessidades de desenvolvimento de produtos inovadores voltados clientes na América Latina.
A nova unidade de ingredientes alimentares inaugurada ontem é a primeira fábrica da Basf nessa área na região e a segunda do grupo no mundo, depois da Alemanha. A empresa investiu € 5 milhões na nova fábrica, que ampliará a capacidade mundial de emulsificantes alimentares da Basf para 3.500 toneladas/ano.
A nova fábrica, segundo a gerente de Negócios de Nutrição Humana da Basf para América Latina, Sandra Biben, vai fortalecer a presença da empresa na América Latina. Será também importante para as operações de desenvolvimento, tecnologia e produção no Brasil. Segundo o vice-presidente Michel Mertens, parte da produção será exportada para o Chile, Peru e Argentina.
A unidade de ingredientes alimentares vai fabricar três linhas de produtos: o "spongolit", um emulsificador universal para bolos e tortas, o agente aerante "lamequick para uso em sobremesas, recheios para bolos e tortas e sorvetes e o "cegemett fresh", um expansor de vida útil de carnes, baseado em extratos naturais.
A América Latina, segundo a gerente Sandra, é hoje o segundo maior mercado no mundo para o segmento de ingredientes alimentares e vem crescendo ao redor de 5% a 6% ao ano. "Somente no Brasil o mercado de comidas industrializadas e de bebidas cresceu 70% nos últimos 10 anos. No segmento de panificação o crescimento chegou a 7,5 % e o de bolos atingiu 8% na América Latina em 2011", disse.
Mertens disse que o processo de fusão com a Cognis será concluído em outubro, quando também o nome da antiga empresa deixará de existir. "A aquisição da Cognis foi um passo importante para a Basf fortalecer sua posição mundial como provedor de aditivos para a indústria de "home care", saúde e nutrição, além da liderança no segmento de ingredientes para cuidados pessoais".
O executivo ressaltou que o negócio permitiu à Basf expandir o seu portfólio de produtos baseados em matérias-primas renováveis. Segundo Mertens, 50% dos produtos da Cognis eram fabricados com ingredientes renováveis. Com a fusão, a Basf também aumentou a sua presença em nutrição humana: passou da sexta para a terceira posição mundial.
O complexo industrial da Basf em Jacareí está instalado em uma área de 300 mil metros quadrados, às margens da Rodovia Presidente Dutra. A unidade possui hoje 200 colaboradores.

China é passaporte para a "nova Jacareí"

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China é passaporte para a "nova Jacareí"

Por Luciano Máximo | De Jacareí (SP)     O VALOR ECONOMICO
Ana Paula Paiva/Valor/Ana Paula Paiva/ValorO prefeito Hamilton Ribeiro Mota (PT) quer fazer "uma nova Jacareí brotar do chão" na região onde serão instaladas gigantes chinesas como a Chery e a Sany: "Vamos sair da sombra de São José"
Jacareí quer crescer e sair da sombra da vizinha rica São José dos Campos, sede de empresas como Embraer e General Motors. O passaporte, não só para o desenvolvimento econômico, mas também para o nascimento de uma nova Jacareí, é a chegada de grandes indústrias chinesas e de outras companhias à cidade, localizada no Vale do Paraíba, a 78 quilômetros da capital paulista.
Nos próximos meses a estatal Chery, uma das maiores montadoras da China, com mais de 1 milhão de carros produzidos em 2010, e a privada Sany Heavy Industries, fabricante de escavadeiras e guindastes, se instalam em Jacareí. Na esteira, outras indústrias chinesas de menor porte, fornecedoras e parceiras das duas gigantes, serão atraídas.
Além disso, a espanhola do setor automotivo Teknia Tecnotubo e o hipermercado americano Walmart já começaram a construção de suas unidades em Jacareí, enquanto Ambev e o grupo Cebrace, do setor vidreiro, anunciaram a expansão de seus negócios na cidade. No total, estima-se US$ 1,3 bilhão em investimentos privados (US$ 600 milhões da Chery e da Sany) e a criação de 6,8 mil empregos diretos em cinco anos, que se somarão aos mais de 15,5 mil postos de trabalhos industriais registrados em Jacareí, de acordo com dados do Ministério do Trabalho fechados no fim do ano passado.
Os maiores aportes - e os mais estratégicos para o município - concentram-se nos empreendimentos chineses. Eles serão cravados na região norte do município, um território de 35 milhões de metros quadrados completamente inexplorado e praticamente despovoado. À margem da rodovia Presidente Dutra, a área tem alguns poucos galpões industriais e propriedades rurais, atividade irrisória para a economia local, com peso de 0,3% - indústria e serviços, por sua vez, participam com 49,6% e 50,1%, respectivamente.
"É do lado de lá da Dutra que vamos fazer brotar do chão uma nova Jacareí", exclama o prefeito Hamilton Ribeiro Mota (PT). Terceiro mandatário petista seguido na cidade, ele, arquiteto de formação, usará as futuras receitas tributárias geradas pelos chineses - serão mais de R$ 50 milhões anuais apenas com a Chery - para resolver o principal problema local: mobilidade viária e saturação urbana. Alterações no Plano Diretor atual já estão sendo providenciadas para definir um novo modelo de ocupação do solo e de urbanização.
Com 359 anos de história, Jacareí foi uma importante produtora de café, abrigou as primeiras tecelagens no início da industrialização brasileira e manteve um perfil industrial até hoje, mas seu crescimento se limitou à região central. A mancha urbana da cidade, de ruas estreitas, poucos prédios e trânsito que beira o caótico em horários de pico, ficou encurralada numa espécie de miolo entre as rodovias Dutra e Carvalho Pinto. Outros municípios da região, como São José e Taubaté, aproveitaram a proximidade desses importantes corredores para atrair mais empresas e também expandir seus limites urbanos.
Para o prefeito, a dinâmica que será gerada no entorno das empresas vai acelerar o processo de urbanização no novo território. "Temos a chance de criar uma cidade moderna, com zonas mistas de ocupação: não vamos isolar, mas mesclar moradia popular, com condomínios de maior padrão, hotéis, serviços públicos e privados, pequenas, médias e grandes empresas, facilitando a mobilidade", diz Mota.
O vereador oposicionista Dario Burro (DEM) questiona a ambição da gestão petista. Ele conta que o relevo compromete o projeto da "nova Jacareí". "Há muita várzea na região e o solo é muito irregular. Isso pode trazer prejuízos no longo prazo, é uma decisão equivocada, baseada na ideia de um desenvolvimentismo a qualquer preço. Estão desprezando o perfil de instância natural e o potencial turístico de Jacareí", argumenta Burro.
Ana Paula Paiva/Valor/Ana Paula Paiva/ValorLiew Fah Tchai, professora de mandarim de escola pública de Jacareí: "Para brasileiros, o idioma pode ser o diferencial para entrar nas empresas chinesas"
Um grupo de trabalho foi criado dentro da prefeitura, envolvendo quase todas as áreas do governo. Segundo o secretário municipal de Planejamento Urbano, Valter Corbani, o objetivo é definir as futuras políticas públicas de urbanização da "nova Jacareí", prevista para ocorrer nos próximos 20 anos. "A lei atual não permite o uso do solo na região, vamos revisá-la. O território tem áreas de várzea, montanha, relevos acidentados, por isso serão criados parâmetros de ocupação e de ordenamento urbano, respeitando questões ambientais e evitando um crescimento descontrolado e ocupações irregulares", explica Corbani.
A montadora chinesa sondou mais de 20 cidades brasileiras em oito Estados, do Rio Grande do Sul a Pernambuco, mas prevaleceu o forte mercado paulista e a localização privilegiada de Jacareí. "A cidade tem um forte potencial pelas condições geográficas, disponibilidade de mão de obra e potencial de infraestrutura", afirma Luis Curi, CEO da Chery. Emerson Goulart, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, acrescenta que incentivos fiscais diferenciados oferecidos pelo governo estadual e pela prefeitura também ajudaram a convencer a Chery.
No caso municipal, uma lei permite o ressarcimento, em espécie, dos investimentos privados conforme a criação de postos de trabalho e a arrecadação gerada para o Fisco, além de garantir um período mais longo de isenção tributária de acordo com o número de empregos gerados. A Chery, que prevê investimentos de US$ 400 milhões e a criação de 3 mil postos de trabalho no ápice da produção (170 mil veículos por ano em 2013), terá isenção de IPTU por mais de duas décadas. "Jacareí estagnou nos anos 1990, a prefeitura estava parada, várias companhias estavam fechando as portas. Não tínhamos uma política de atração de empresas, tudo sobre indústria era tratado pela Secretaria Municipal de Agricultura. Isso começou a mudar em 2001 com uma reforma administrativa", diz Goulart.
A escolha de Jacareí pela Chery foi sacramentada em setembro do ano passado, depois de mais de um ano e meio de negociações. As conversas foram marcadas por trocas de afagos entre autoridades brasileiras e executivos chineses. "A relação pessoal tem peso grande na cultura chinesa. Quando cheguei à China fui recebido com flores no aeroporto. Retribuí. Não com a mesma maestria, mas acho que fez alguma diferença", relata o prefeito Mota.
Na expectativa da chegada dos chineses e dos outros empreendimentos, a cidade vive momentos de euforia nos últimos meses. O mercado imobiliário empresarial e residencial passa por forte aquecimento. Empresários estão ansiosos com o provável aumento do consumo e, ao mesmo tempo, preocupados sobre a capacidade de a mão de obra local dar conta das demandas futuras. E já tem muito jacareiense aprendendo as primeiras palavras de mandarim.
Há 16 anos no ramo de compra e venda de imóveis na cidade, Rodrigo França, diretor-geral da França Imobiliária, conta que os preços no setor subiram mais de 130% nos últimos três anos. A efervescência do setor levou o jovem empresário, de 32 anos, a fechar parcerias com grandes construtoras e incorporadoras para a criação de condomínios empresariais - áreas fechadas com infraestrutura e segurança, que abrigam até 60 galpões padronizados de pequenas e médias empresas, normalmente fornecedoras das grandes indústrias da cidade, de São José dos Campos e da região.
"O empresário se interessa pela segurança. Ele iria gastar no mínimo R$ 5 mil por mês para contratar uma empresa de vigilância, aqui ele rateia o custo: dá R$ 500, R$ 600 mensais, que é o valor do condomínio", explica França, que já lançou dois condomínios do tipo e tem mais dois encaminhados. O negócio é vantajoso. Há cerca de três anos, ele investiu até R$ 3 milhões no terreno do empreendimento. "Hoje essa gleba vale pelo menos R$ 10 milhões. Cada lote de mil metros quadrados a gente vende por R$ 400 mil. Está tudo vendido, tem fornecedor de Embraer, Petrobras, firma de autopeça. Todos de olho na chegada da Chery, muita gente querendo comprar e não temos para vender."
França e outros empresários de Jacareí aproveitam o bom momento, mas temem sofrer dificuldades no momento de contratar. "Já estamos buscando mão de obra em São José, Taubaté, sem dúvida é e será um problema", afirma França. O vereador Dario Burro observa que as empresas estrangeiras têm processos de produção altamente automatizados e vão demandar trabalhadores "extremamente" qualificados. "Nesse aspecto, o governo está vendendo uma falsa prosperidade à população, boa parte dos futuros empregos virão de outras cidades", opina Burro.
A espanhola Teknia precisou buscar trabalhadores fora da cidade para a obra de terraplenagem de sua futura instalação, às margens da Dutra. Contratado no mês passado, Cosme Pereira, de 33 anos, levanta às 4h30 todos os dias para percorrer os 50 quilômetros entre Itaquaquecetuba e Jacareí. "Fomos contratados para refazer as canaletas do terreno, que foram feitas errado. O serviço é puxado, mas alguém tem que acordar cedo, pegar na marreta, não é? Parece que aqui o patrão não encontrou braço", fala o trabalhador.
De acordo com a prefeitura, junto com a política de atração de investimentos está contemplada a ampliação da oferta de qualificação profissional. "O Senai de Jacareí hoje está na capacidade máxima e não tem como crescer mais, por isso doamos uma área e o processo de criação de uma nova unidade, que vai ter investimentos de R$ 35 milhões, está em andamento no Sistema S", informa o secretário Emerson Goulart. Em 2012, o Ministério da Educação (MEC) vai inaugurar um Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia no município, com cursos técnicos e graduações de nível superior focados em mecânica, logística e edificações. "São as áreas mais críticas", completa o secretário.
A demanda por mão de obra na cidade também é alvo da principal política da atual administração: as escolas Educa Mais. Inspirado nos CEUs, de Marta Suplicy em São Paulo, e dos Cieps, de Leonel Brizola e Darcy Riberio no Rio de Janeiro, o projeto é um centro multidisciplinar que oferece ensino público regular e atividades de formação profissional, esportivas e culturais. De 2008 até hoje, foram inauguradas quatro unidades que funcionam diariamente das 6h às 22h, abertas a toda comunidade. Até o ano que vem serão inaugurados outros três centros.
O Educa Mais tem aprovação praticamente integral da população e, nos bastidores políticos, é tido como a garantia para mais uma reeleição para o PT nas eleições municipais de 2012. "Não importa a ocasião, o prefeito sempre começa um discurso ou uma conversa falando do Educa Mais", conta um funcionário da prefeitura.
É em um desses espaços que Liew Fah Tchai ministra um dos cursos mais procurados: pelo menos 180 pessoas estão na fila de espera para aprender mandarim. As aulas começaram em fevereiro e estão na segunda turma, com mais de cem alunos matriculados. "Muita gente está interessada por causa das empresas chinesas, as pessoas sabem que o mandarim é a língua do futuro. Uma das minhas melhores alunas até já conseguiu emprego na Sany", conta a professora, que chegou ao Brasil em 1998 e se mudou para Jacareí há quatro anos. "Antes morava em Atibaia, dava aulas particulares e vendia artesanato, mas ficou difícil achar trabalho por lá."
Apaixonada por viajar, Fah Tchai morou em vários países e escolheu o Brasil pela "alegria do povo". Ela diz que os brasileiros aprendem a falar rápido o mandarim, mas "se assustam" com os ideogramas. "Mas o português é mais difícil, muita conjugação complicada", comenta ela, num português difícil de entender.

Família Constantino compra Pássaro Marron e Litorânea por R$ 400 mi

Família Constantino compra Pássaro Marron e Litorânea por R$ 400 mi

Por Alberto Komatsu | Valor
SÃO PAULO - A família Constantino, fundadora e acionista majoritária da Gol Linhas Aéreas, fechou na tarde de quinta-feira a compra de 100% do capital da Pássaro Marron e da Litorânea, empresas de transporte rodoviário de passageiros com forte atuação no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, por cerca de R$ 400 milhões. Segundo fontes que acompanham a negociação, que ainda terá de ser avaliada por órgãos antitruste e autoridades do setor, o negócio foi feito por meio do antigo grupo Áurea, agora conhecido como Comporte. 
O Comporte é composto por mais de 10 empresas tradicionais de transporte rodoviário de passageiros, como a Breda, mas não tem participação acionária na Gol Linhas Aéreas. A companhia aérea tem como acionista majoritário, com cerca de 60% do capital, o fundo Voluto, integrado pelo presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, mais três irmãos.
A Pássaro Marron, em março deste ano, fechou uma parceria com a maior rival da Gol, a TAM, para a venda de passagens aéreas em seus guichês em rodoviárias. Em contrapartida, as lojas da TAM Viagens podem vender passagens da Pássaro Marron. As fontes que acompanham a negociação contam que o objetivo é manter o acordo com a TAM, apesar de a família Constantino ser agora acionista da Pássaro Marron.
A Pássaro Marron e a Litorânea tem, juntas, 427 ônibus, 120 linhas e atuação em 50 cidades. A Airport Bus Service, que atende aeroportos em São Paulo, ficou fora da negociação.
(Alberto Komatsu | Valor)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Índices Econômicos


INCCJanFevMarAbrMaiJunJulAgoSetOutNovDezAcumulado
(FGV) 
20001,070,770,560,61,350,730,30,390,260,330,410,647,66   
20010,60,340,270,362,111,160,520,620,550,930,70,38,85   
20020,360,580,550,332,530,570,2910,711,132,451,712,87   
20031,511,391,380,92,841,050,991,440,220,651,040,1614,42   
20040,3311,160,591,830,71,120,810,581,190,710,5111,04   
20050,750,440,670,722,090,760,110,020,240,190,280,376,83   
20060,340,190,20,361,320,90,470,240,110,210,230,365,04   
20070,450,210,270,451,150,920,310,260,510,510,360,596,16   
20080,380,40,660,872,021,921,461,180,950,770,50,1711,87   
20090,330,27-0,25-0,041,390,70,26-0,050,150,060,290,13,25   
20100,640,360,750,841,811,090,440,140,210,20,370,677,77   
20110,410,280,431,062,940,370,45-----7,76   

Chery inaugura pedra fundamental de sua 1ª fábrica de carros no Brasil

Chery inaugura pedra fundamental de sua 1ª fábrica de carros no Brasil

Será a 1ª unidade chinesa a produzir automóveis no exterior.
Atualmente, fábricas fora da China apenas montam os veículos.

Priscila Dal Poggetto Do G1, em São Paulo
A Chery realizou nesta terça-feira (19) a cerimônia de inauguração da pedra fundamental de sua fábrica em Jacareí, no interior de São Paulo, a primeira da marca chinesa no Brasil. A construção começa em agosto, com previsão para iniciar as operações em meados de 2013. O investimento total é de US$ 400 milhões, sendo que parte do montante foi financiado pelo Banco da China.
A montadora considera a unidade no Vale do Paraíba como a primeira fábrica chinesa de automóveis fora da China.  A Chery já possui 12 fábricas fora do território chinês, no entanto, esta será a primeira a produzir de fato os veículos em larga escala, e não em sistema de CKD, quando as peças são somente montadas no local. "Inicialmente, a taxa de nacionalização será de 30%, mas isso aumentará com o crescimento da demanda", afirmou durante a cerimônia o presidente mundial da Chery Automobile, Yin Tongyue.
chery a13 fullwin (Foto: Priscila Dal Poggetto/G1)A13, que aqui deverá ser chamar Fulwin, será primeiro a ser feito no Brasil (Foto: Priscila Dal Poggetto/G1)
A estimativa da companhia é de que no local sejam produzidas 170 mil unidades por ano até 2016. O volume inicial será entre 50 mil e 60 mil veículos e 1,2 mil empregos diretos serão criados. "Cerca de 80% da produção será para o mercado local", diz o CEO da Chery Brasil, Luis Curi.
Haverá duas plataformas diferentes. A primeira linha será a do modelo A13, que poderá ser chamado de Fulwin no Brasil. Nas versões hatch e sedã, ele concorrerá com os JAC J3 e J3 Turin, também chineses, que estrearam no país em março passado.
s18 chery (Foto: Priscila Dal Poggetto/G1)S18 é o primeiro flex da Chery e terá versão perua (Foto: Priscila Dal Poggetto/G1)
Em seguida, a Chery pretende produzir localmente o hatch S18, como afirmou Curi anteriormente ao G1. Por enquanto, ele será importado da China e começa a ser vendido em agosto, já com motor flex.
O parque de fornecedores de autopeças será composto por empresas já instaladas no Brasil e cerca de 20 chinesas, que serão trazidas. "Tudo vai depender do estudo que vamos fazer", diz Yin Tongyue.
terreno chery (Foto: Priscila Dal Poggetto/G1)Terreno onde, a partir de agosto, será construída
a fábrica da Chery (Foto: Priscila Dal Poggetto/G1)
PreçosCuri garantiu que, apesar da produção local, o custo Brasil não afetará os preços da Chery. "Os preços vão continuar atrativos. Entramos no Brasil com esta proposta e vamos continuar assim. A Chery não visa ter lucro no Brasil em curto e médio prazos", ressaltou o CEO da Chery no país, ao falar sobre competitividade.
A meta da chinesa é conquistar 1% do mercado brasileiro. Segundo Curi, atualmente, o Rio de Janeiro é o maior mercado da Chery e, no Nordeste, a chinesa cresce "vigorosamente". Hoje, a marca possui 81 concessionárias, mas o CEO acredita que esse número subirá para 150 no ano que vem.
Alckmin anuncia duplicação de estrada
O evento contou com a participação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que ressaltou a importância do estado para a indústria automobilística nacional. Alckmin citou ainda a contribuição da nova fábrica para o futuro de Jacareí, incluindo obras de infra-estrutura. "Vamos duplicar a estrada Biagino Chieffi", confirmou o governador. Alckmin também anunciou uma nova Fatec e mais cursos de engenharia na região do Vale do Paraíba.

Teknia vai reunir produção no Brasil em nova fábrica

O grupo espanhol Teknia Manufacturing está investindo R$ 20 milhões na construção de uma fábrica no Brasil para concentrar a maior parte da produção local de peças plásticas, estampadas, usinadas e injetadas e conjuntos tubulares para o setor automobilístico. A nova unidade, que começará a operar no segundo semestre de 2011, será construída numa área de 145.200 metros quadrados, em Jacareí (SP), município situado a 80 quilômetros de São Paulo.
Com faturamento global previsto de € 200 milhões em 2010 e 17 fábricas em cinco países, a filial Teknia Tecnotubo opera duas unidades em São Paulo, que serão transferidas para o novo complexo de Jacareí. Os 240 funcionários dessas unidades, segundo o diretor de Estratégia Corporativa da empresa, José Carlos Golin, também serão incorporados à nova fábrica, onde está prevista a contratação de outros 400 empregados.
“Decidimos concentrar nossas atividades em um único local por uma questão estratégica de diluição de custos e também de facilidade logística, pois Jacareí tem uma localização privilegiada, próxima aos principais clientes do grupo Teknia”, explica o diretor. A construção da nova fábrica, segundo Golin, atende à necessidade de expansão física das instalações atuais, tendo em vista o crescimento de 10% da demanda em 2010.
A crise econômica mundial, de acordo com o diretor, afetou bastante os negócios da empresa no Brasil a partir do fim de 2008, mas no segundo semestre do ano passado a situação começou a melhorar. Atualmente, segundo Golin, a Teknia detém uma participação de 30% no mercado de peças e conjuntos tubulares. “Nos demais mercados, como usinagem, estamparia e injeção de peças plásticas, ainda não temos uma previsão de participação, pois estaremos iniciando essas novas atividades a partir da unidade de Jacareí”, disse.
O diretor adianta, no entanto, que existe uma expectativa de crescimento médio de 10% a 15% nesse mercado e o grupo Teknia está confiante de que possa até mesmo triplicar seu faturamento nos próximos anos com o início da produção da fábrica de Jacareí. “O grupo Teknia quer estar presente nos cinco continentes e vem investindo em mercados como o Brasil, Leste Europeu e Norte da África, além de mais dois escritórios na China onde, provavelmente, terá uma unidade fabril no futuro.”
O Brasil, segundo ele, representará algo em torno de 12% do faturamento previsto para 2010. O volume de produção atual é de 850 mil peças mês, mas esse número deve dobrar assim que seja iniciada a operação da nova fábrica. A unidade de Jacareí, localizada às margens da rodovia Presidente Dutra, terá 48 mil metros quadrados e será construída em duas etapas. A primeira fase, que representa 40% do total, ficará pronta em 2011 e a conclusão da obra está prevista para 2015.
O prefeito de Jacareí, Hamilton Ribeiro Mota, comenta que a Teknia poderá se beneficiar da lei de incentivos fiscais do município, que dá isenção de tributos como o IPTU, proporcionalmente ao número de empregos que forem gerados. “A isenção pode chegar a 15 anos para empresas que gerarem mais de 500 postos de trabalho”, disse Mota. Além da Teknia, Jacareí também conta com investimentos de grande porte de empresas como a Cebrace, que investiu R$ 390 milhões este ano.
fonte: Valor Economico | www.valoronline.com.br

Agora é oficial – Sany vem para Jacareí

Agora é oficial – Sany vem para Jacareí

As autoridades presentes na cerimônia de oficialização da vinda da Sany para JacareíFoi oficializada nesta quinta-feira (28) pelo prefeito Hamilton Ribeiro Mota (PT) e o presidente da empresa Victor Yuan a instalação da multinacional chinesa Sany em Jacareí. O evento contou com a presença de vereadores e empresários da cidade.
“A perspectiva de crescimento no Brasil é grande”, afirmou Yuan. A planta da empresa será instalada na região do Parqe Meia Lua, em um terreno de  560 mil m² às margens da rodovia Presidente Dutra  e próxima à rodovia Ayrton Senna.  “O terreno já conta com energia elétrica, rede de fibra ótica e gás natural”, afirmou o gerente de infra-estrutura Juliano Remos.
A multinacional foi fundada em 1989 e emprega mais de 40.000 pessoas no mundo todo. Sua produção será iniciada em 2013 e serão gerados 1000 empregos . Estão previstos mais de R$ 340 milhões para a instalação da empresa em Jacareí.
“É um passo importante que nós demos somando todo o trabalho da nossa equipe. Também visitamos a sede da Sany na China ”, afirmou o prefeito. “A empresa vai gerar novos empregos, trazer desenvolvimento, tecnologia e fará com que  Jacareí ocupe o lugar que merece no País. Nosso município já ocupa a 24º posição entre as maiores economias do Estado”, declarou.
Interessados em trabalhar na nova fábrica devem enviar um e-mail para  rh@sanydobrasil.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. .

domingo, 21 de agosto de 2011

Prefeitura de São José dos Campos e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) assinaram nesta quinta-feira (18)

Desenvolvimento
18/08/2011
A estruturação do sistema viário, aumentando a eficiência do transporte, está entre os projetos de melhorias previstos no contrato com o BID

Prefeitura e BID iniciam projeto para estruturação do município
A Prefeitura de São José dos Campos e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) assinaram nesta quinta-feira (18) o contrato que viabilizará o Programa de Estruturação Urbana do município.
O BID apoiará o programa financiando quase US$ 86 milhões, enquanto o governo municipal aportará US$ 92,4 milhões como contrapartida. O financiamento começará ser pago cinco anos após a contratação, em parcelas semestrais, com juros de 5% ao ano, com vinte anos de prazo.
A proposta é contribuir para a estruturação e o ordenamento do município por meio de um conjunto de projetos ambientais, de infraestrutura urbana, de gestão de transporte e de fortalecimento institucional.
Maior qualidade do espaço urbano será alcançada com a criação de seis parques ambientais. Além disso, a separação entre o espaço urbano e o de preservação ambiental será melhor consolidada.
As melhorias em termos de mobilidade urbana visam aperfeiçoar o deslocamento de pessoas e mercadorias por meio da estruturação de alguns corredores e trechos do sistema viário, aumentando a eficiência do transporte público e expandindo ciclovias, além de melhorar a segurança no trânsito. Na administração, o investimento principal é na atualização de sistemas e tecnologias de informação e comunicação.
A solenidade de assinatura do contrato foi no escritório do BID, em Brasília, com o representante da instituição no Brasil, Fernando Carrillo-Flórez, e o Prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury. O Procurador da Fazenda Nacional, Maurício Cardoso Oliva, representou a União no ato da assinatura.
O Prefeito de São José dos Campos falou sobre a importância do programa: "É uma iniciativa paradigmática por se tratar de um projeto estruturante. A participação do BID é um grande apoio e trará mudanças positivas que serão visualizadas nos próximos anos", disse.
Fernando Carrillo comentou que o compromisso do BID com os governos municipais faz parte das prioridades da atual estratégia da organização. Ele acrescentou que o programa em parceria com a Prefeitura de São José dos Campos se destaca por seu "caráter intersetorial", contemplando a convergência das áreas de atuação do Banco.