domingo, 22 de julho de 2012

Imóveis: Ter conhecimento de contratos faz diferença na hora da compra


Imóveis: Ter conhecimento de contratos faz diferença na hora da compra

Estado de Minas -

Ter conhecimento da diferença entre a promessa e o contrato de compra e venda de imóveis é fundamental para o sucesso da transação

Nicéia Mendes diz que saber distinguir o documento a ajudou na compra do seu apartamento (Eduardo de Almeida/RA studio)
Nicéia Mendes diz que saber distinguir o documento a ajudou na compra do seu apartamento

Quem está pensando em comprar imóvel pela primeira vez nem sempre sabe as diferenças entre os tipos de contratos envolvidos na transação. Conhecer a distinção entre esses documentos é essencial para o sucesso no fechamento do negócio. Além disso, evita transtornos que podem significar prejuízos financeiros.

Especialista em direito imobiliário e sócio do escritório Alvim, Cardoso & Tavares Sociedade de Advogados, Roberto Cardoso explica que a aquisição de um imóvel, habitualmente, é realizada inicialmente pela pactuação de um contrato particular. “Sendo tal instrumento, normalmente, o contrato de promessa de compra e venda ou o contrato de compra e venda”, diz.

Mas na prática, quando o objeto do documento é a aquisição de um imóvel, esses contratos não têm diferença, apesar de distintos do ponto de vista jurídico, segundo Roberto Cardoso. “Em seu conceito doutrinário, a promessa de compra e venda é um contrato preliminar, anterior, por meio do qual se promete celebrar um contrato definitivo”, acrescenta.

No entanto, como dessa forma cabiam somente deveres ao comprador, se o vendedor não realizasse o contrato definitivo e não entregasse o imóvel, restava ao primeiro somente a possibilidade de requerer indenização. “Com a Lei 6.766, de 1979, a promessa de compra e venda tornou-se uma relação obrigacional que permite ao promissário comprador buscar o recebimento do bem imóvel, independentemente da assinatura do contrato definitivo.”

Também especialista em direito imobiliário e sócio do escritório Guimarães & Vieira de Mello Advogados, Marcello Vieira de Mello diz que a promessa tem caráter irretratável e irrevogável, ou seja, as partes não podem voltar atrás no negócio realizado. “Mas, ao contrário do contato de compra e venda, a promessa pode ser feita por meio de simples documento particular.”

Moradora do Bairro São Pedro, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, há 10 anos a assistente-financeira Nicéia Maria Dias Mendes comprou o apartamento onde mora, ciente dos tipos de documentos envolvidos na negociação. “É muito importante saber diferenciar a documentação, porque se está adquirindo um bem de raiz. Isso nos ajuda para que, futuramente, estejamos resguardados contra possíveis transtornos.”

PARA SE RESGUARDAR

A compra e venda de imóvel pode até ser formalizada na escritura, mas o vendedor mantém, por meio de uma cláusula no contrato, a garantia de que o acordado no papel 

Sócio do escritório Guimarães E Vieira de Mello Advogados, Marcello Vieira de Mello afirma que a promessa é também muito utilizada na aquisição de imóveis na planta (Eduardo de Almeida/RA studio)
Sócio do escritório Guimarães E Vieira de Mello Advogados, Marcello Vieira de Mello afirma que a promessa é também muito utilizada na aquisição de imóveis na planta

No momento da aquisição de um imóvel, a forma como vai ser realizado o contrato depende de algumas condições específicas da negociação. No caso em que o objeto do negócio é um imóvel pronto – seja novo ou usado – e a condição de pagamento é à vista, celebra-se de pronto a escritura de compra e venda do imóvel, como reforça Marcello de Mello, sócio do escritório Guimarães & Vieira de Mello Advogados .

Segundo ele, se o comprador deseja pagar o valor parcelado, dando apenas um sinal, ou quando vai buscar um financiamento ou liberação do FGTS, não é aconselhável ao vendedor transferir o imóvel de imediato. “Razão pela qual as partes normalmente assinam uma promessa de compra e venda.”

O advogado acrescenta que a promessa é também muito utilizada na aquisição de imóvel na planta, “tendo em vista que ainda não há, no momento em que o contrato é assinado, uma unidade imobiliária a ser transferida”.

Há, ainda, casos em que a compra e venda é formalizada por meio da escritura, mas o vendedor mantém uma garantia de que o preço total será pago. “Como uma hipoteca do bem ou uma cláusula resolutiva, que, basicamente, dispõe que, se o pagamento não for feito, o contrato é rescindido e o imóvel volta para o vendedor.”

Afim de assegurar que as obrigações das partes serão cumpridas e de não dar margem para transtornos, Roberto Cardoso, sócio do escritório Alvim, Cardoso & Tavares Sociedade de Advogados, diz que é importante que conste as características do imóvel. “Devidamente comprovado com um laudo de vistoria – de preferência com fotos internas e externas do imóvel – anexo ao contrato ou em forma de cláusula contratual”, aconselha.

CUIDADOS Apesar de esse cuidado ser tomado normalmente em locações, utilizar esse artifício em contratos de venda é recomendável. “Isso porque, caso futuramente haja litígio sobre o imóvel, haverá meios de provar as exatas condições aparentes em que o bem foi negociado e vendido, ou seja, que o adquirente teve ciência do bem que estava adquirindo”, justifica Roberto Cardoso.

Já quando o objeto da aquisição é um imóvel em construção ou a construir, os cuidados e as providências devem ser ainda maiores. “Isso porque, além de a documentação não ser de um imóvel pronto – não haverá um registro específico para cada unidade até que o empreendimento seja concluído –, as especificações e as características físicas também não são, obviamente, passíveis de vistoria.”

Assim, em se tratando de imóveis em construção, a análise do contrato deve vir acompanhada da verificação de toda a documentação do empreendimento e de sua incorporação imobiliária. “Nela, estará registrada em cartório toda a documentação que regerá a responsabilidade jurídica da construtora e do incorporador, inclusive se esses dois papéis serão realizados ou não pela mesma pessoa ou empresa, bem como o memorial descritivo do empreendimento”, conta Roberto Cardoso.

Três perguntas para...

Ricardo Mendes
Superintendente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Minas Gerais (Creci-MG)

Qual é a diferença entre a promessa de compra e venda e o contrato de aquisição de imóveis? 
A promessa é um instrumento preliminar, que tem por objetivo a conclusão de um contrato principal e definitivo. Já o contrato deve representar efetivo acréscimo patrimonial para o contratante. Tratando-se as transações imobiliárias de valor econômico relevante, poderão as partes necessitar de uma contratação preliminar. Seria essa a real importância da promessa de compra e venda. 

Em relação à corretagem do imóvel, quais as obrigações e direitos do comprador e do vendedor?
A corretagem imobiliária é atividade privativa do profissional corretor de imóveis com inscrição junto ao Creci. Optando pela assessoria de um profissional do mercado, surge, para aquele que celebrou com o corretor contrato específico, a obrigação de pagar pelos honorários ajustados, seja ele o vendedor ou o comprador. No que tange a direitos, dúvidas não restam de que, elegendo a intermediação de um corretor de imóveis, este restará corresponsável por qualquer dano que causar às partes em razão de sua omissão ou negligência.

Qual é a responsabilidade do corretor de imóveis para garantir segurança na negociação?
Importante destacar que, entre as atribuições do corretor de imóveis não está a de elaborar o instrumento contratual. Tal atividade é privativa dos advogados. Por força do que dispõe o Código Civil Brasileiro, a principal obrigação do corretor de imóveis consiste em prestar às partes todas as informações acerca do negócio, notadamente a existência de eventuais pendências cadastrais ou documentais.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

O seu estado é um pagador ou um recebedor de impostos federais?

O seu estado é um pagador ou um recebedor de impostos federais?
por , terça-feira, 11 de maio de 2010

 

Mapa-Brasil-Estados1.jpgA tabela a seguir mostra quanto cada estado pagou de impostos federais em 2009 e quanto cada estado recebeu do governo federal a título de transferência de recursos (dinheiro destinado ao governo do estado e aos municípios desse estado) também em 2009.
Os impostos federais calculados são: imposto sobre exportação, imposto sobre importação, IPI, IRPF, IRPJ, IRRF (retido na fonte), IOF, ITR, CPMF, COFINS, PIS/PASEP, CSLL, CIDE-combustíveis, contribuições para o FUNDAF e outras receitas administradas.
O resultado final para cada estado aparece na coluna da direita.  Os resultados em azul indicam que o estado é recebedor líquido de impostos federais.  Os resultados em vermelhos indicam que o estado é um pagador de líquido de impostos federais.
Cada um tire suas próprias conclusões.
(Os estados foram elencados por região. Começa com a região Norte, depois Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e, finalmente, Sul).



Quanto paga ao governo federal

Quanto recebe do governo federal
Resultado final
Acre
244.750.128,94

2.656.845.240,92

2.412.095.111,98
Amazonas
6.283.046.181,11

3.918.321.477,20

— 2.364.724.703,91
Amapá
225.847.873,82

2.061.977.040,18

1.836.129.166,36
Pará
2.544.116.965,09

9.101.282.246,80

6.557.165.281,71
Rondônia
686.396.463,36

2.488.438.619,93

1.802.042.156,57
Roraima
200.919.261,72

1.822.752.349,69

1.621.833.087,97
Tocantins
482.297.969,89

3.687.285.166,85

3.204.987.196,96
Alagoas
937.683.021,32

5.034.000.986,56

4.096.317.965,24
Bahia
9.830.083.697,06

17.275.802.516,78

7.445.718.819,72
Ceará
4.845.815.126,84

10.819.258.581,80

5.973.443.454,96
Maranhão
1.886.861.994,84

9.831.790.540,24

7.944.928.545,4
Paraíba
1.353.784.216,43

5.993.161.190,25

4.639.376.973,82
Pernambuco
7.228.568.170,86

11.035.453.757,64

3.806.885.586,78
Piauí
843.698.017,31

5.346.494.154,99

4.502.796.137,68
Rio Grande do Norte
1.423.354.052,68

5.094.159.612,85

3.670.805.560,17
Sergipe
1.025.382.562,89

3.884.995.979,60

2.859.613.416,71
Goiás
5.397.629.534,72

5.574.250.551,47

176.621.016,75
Mato Grosso
2.080.530.300,55

3.864.040.162,26

1.783.509.861,71
Mato Grosso do Sul
1.540.859.248,86

2.804.306.811,00

1.263.447.562,14
Espírito Santo
8.054.204.123,9

3.639.995.935,80

— 4.414.208.188,1
Minas Gerais
26.555.017.384,87

17.075.765.819,42

— 9.479.251.565,45
Rio de Janeiro
101.964.282.067,55

16.005.043.354,79

— 85.959.238.712,76
São Paulo
204.151.379.293,05

22.737.265.406,96

— 181.414.113.886,09
Paraná
21.686.569.501,93

9.219.952.959,85

— 12.466.616.542,08
Rio Grande do Sul
21.978.881.644,52

9.199.070.108,62

— 12.779.811.535,9
Santa Catarina
13.479.633.690,29

5.239.089.364,89

— 8.240.544.325,4

Atualização: o Distrito Federal, por pura displicência deste que vos escreve, ficou de fora da lista.  Eis os dados:
Quanto paga ao governo federal: 50.454.719.368,50
Quanto recebe do governo federal: 7.356.318.744,45
O que dá um déficit de — 43.098.400.624,05
O resultado parece estranho?  Mas não é.  Trata-se de uma enorme distorção.  O DF, como é sabido, possui a maior concentração de funcionários públicos federais — incluindo-se aí os nobres membros do congresso e dos ministérios — por quilômetro quadrado.  Quando o dinheiro do salário deles (que vem de todo o Brasil) cai em suas contas bancárias, o imposto de renda retido na fonte é contabilizado como arrecadação federal.  O mesmo é válido para o imposto de renda pago por todas as estatais, inclusive BB e CEF, que possuem sede em Brasília.
Ou seja, o dinheiro que é espoliado de todo o resto do Brasil vai para o DF, cai na conta dos funcionários públicos e políticos e, em decorrência do IR que estes pagam, uma parte desse mesmo dinheiro é contabilizada como carga tributária que o DF paga ao governo federal.  Bonito.
Ainda assim, os repasses federais para o governo do DF são vultosos (maiores que os de Santa Catarina, por exemplo), o que mostra o quão privilegiada é a região.

Fontes:
Quanto cada estado recebe do governo federal:  http://www.portaltransparencia.gov.br/PortalTransparenciaListaUFs.asp?Exercicio=2009&Pagina=1

Leandro Roque é o editor e tradutor do site do Instituto Ludwig von Mises Brasil.

postado por Leandro Roque | 11/5/2010

Celular ilimitado por R$30/mês

Celular ilimitado por R$30/mês - saiba como aqui
por , sexta-feira, 20 de julho de 2012Share on favorites
hare on facebookShare on orkutShare on google_pl
anatel.jpgIsso mesmo, ilimitado.  Sem truques.  Fale o quanto quiser, envie quantas mensagens quiser e navegue à vontade na internet.  E não é um "ilimitado com limites", como é o "realmente ilimitado" que o Wagner Moura está anunciando, que só vale de TIM para TIM.  Vale para qualquer operadora.  E mais: com ótima qualidade de chamadas, com sinal em toda área minimamente povoada e com um excelente atendimento ao consumidor.  Pode acreditar.  Você nunca mais ficará horas pendurado na linha com um atendente tentado cancelar uma linha ou resolver algum problema na sua conta — e, após ser passado para inúmeros setores, a ligação misteriosamente cair e você ser obrigado a recomeçar do zero.  Frustrações com ligações importantes caindo e com contas absurdas no final do mês serão coisas que remeterão à Idade da Pedra da telefonia.  Mas como?  Onde?  Calma, chagarei lá.
Cobrança por ligações e torpedos serão em breve coisa do passado.   Randall Stephenson, CEO da AT&T, declarou que, inevitavelmente, dentro de 2 anos, apenas planos de dados existirão.  Atualmente, o celular já vem sendo usado cada vez menos para ligações e torpedos e cada vez mais para dados — e a previsão é que esse usoaumente 18 vezes nos próximos 5 anos.  Para a Geração Z, crescida na era da internet, já é algo incompreensível se pagar por "torpedos".  Um torpedo corresponde a um envio de mensagem no Messenger ou no chat do Facebook, que são serviços gratuitos e usados indiscriminadamente.  Tanto é que, ano passado, uma garota de 13 anos enviou 10 mil torpedos em um mês, e recebeu uma conta de mais de R$10 mil.  A reação do pai foi destruir o telefone da filha com um martelo — mas é preciso levar em conta a absurdidade desse tipo de cobrança. 
Já é cada vez mais comum o uso de aplicativos que enviam torpedo por meio dos dados, como o Whatsapp, e aplicativos que fazem ligações telefônicas também por meio dos dados, como as versões do Skype para telefones móveis e o Google Voice, muito mais barato que o Skype.  De fato, Stephenson também declarou nesta mesma entrevista que a tecnologia para aposentar os planos de ligações e torpedos e substituí-los por planos de dados já existe — eles só não têm planos de implementá-la ainda.
Poderia repetir isso?  Como assim, uma empresa tem em mãos uma tecnologia inovadora que pode revolucionar o mercado e não tem pressa de implementá-la?  Esta empresa não quer ser a pioneira na oferta de uma inovação tecnológica, garantindo assim um mercado consumidor ávido por novas e mais baratas tecnologias?  Que morosidade é essa?  Falando em morosidade, como é que no Brasil as empresas que concorrem no mercado de telefonia estão sempre ainda mais atrasadas na oferta de novas tecnologias?  A tecnologia de dados atualmente no Brasil é a 3G, que já demorou três anos a mais do que a maioria dos países do mundo para chegar aqui.  Os EUA já têm o 4G há dois anos, tecnologia essa que tem previsão de implementação no Brasil só em 2014.  Com o 4G, a velocidade vai do 1 Mbps da 3G para 10 Mbps.  No Japão, a velocidade atual é de 42 Mbps, com planos para em breve chegar a 100 Mbps. 
Pelo que eu saiba, morosidade e capitalismo não combinam.  Então, o que está acontecendo nos EUA, e no Brasil com ainda mais gravidade? 
A resposta é simples: não existe capitalismo de livre mercado nestes setores, e onde a intervenção estatal é maior — no caso, o Brasil — a morosidade das empresas é maior.  No Brasil, o culpado tem um nome: Estado.  Com sua agência reguladora coercitiva, a Anatel, e seus impostos, ele é a responsável pelo Brasil ter a tarifa de celular mais cara do mundo.[1]  E as regulamentações do governo americano são, em menor grau, as responsáveis pela morosidade das empresas telefônicas de lá. 
O que nós temos nestes setores regulamentados é uma brincadeira de capitalismo.  No Brasil, Vivo, Oi, TIM e Claro brincam de concorrência umas com as outras — concorrência capitalista, no entanto, nunca existiu.  Essas empresas são protegidas pelo governo de potenciais concorrentes, e vão empurrando com a barriga as inovações, e cobrando altíssimos preços por serviços porcos.  Todas são recordistas de reclamações no Procon.  Dado que todo mundo que está lendo esse artigo possui um celular, eu não preciso me alongar neste ponto.  O que precisa ser dito é que toda essa regulamentação e a própria existência da Anatel são desnecessárias e só existem em decorrência deargumentos caquéticos e totalmente refutados.  O economista Felipe Rosa explica magistralmente esta situação:
O argumento pró intervenção da Anatel é julgado como necessário para que se evite práticas predatórias no setor (preços exageradamente baixos) ou preços monopolísticos (alto grau de poder de mercado). Ora, preços baixos são benéficos ao consumidor e preços altos (quando não há barreiras legais a entrada e saída de concorrentes) tendem a ser expurgados do mercado no curto prazo. Logo, a regulação não faz sentido quando a competição é cataláctica.
Porém, tal característica competitiva é impedida atualmente pela Anatel que também regula a quantidade de empresas que atuam por região, assim como, proíbe a livre entrada e saída de empresas ofertantes de produtos e serviços no atacado e no varejo. Essa combinação no controle de entradas e saídas de produtos e empresas, somadas ao rígido regime tarifário imposto pela Anatel, são aspectos preponderantes para o fraco desempenho brasileiro no setor quando o comparamos ao britânico.
[...]
A Anatel ao regular a entrada e saída de empresas nas telecomunicações, está protegendo as concessionárias que possuem a outorga de ofertar o serviço em suas regiões. Tal ação garante as quatro empresas dominantes nesse segmento total e completa segurança contra a entrada de potenciais concorrentes. Essa característica de mercado proposta pela agência reguladora brasileira carteliza o mercado institucionalmente, tornando o arranjo concorrencial propício para uma política de preços altos e/ou serviços ineficientes. [Privatização Vs. Desestatização: A Escola Austríaca e o caso das telecomunicações, Universidade Federal de Santa Catarina, 2011]
Muita gente se espanta com a ideia de nenhuma regulamentação, e embora concordem com a teoria e a argumentação, a primeira reação é: "Ok, mas alguma regulamentação tem de existir".  E é aí que reside o problema, pois, como Mises demonstrou, uma intervenção no livre mercado não vai conseguir obter seus objetivos, e uma nova intervenção será necessária.  Se essa cadeia de intervencionismo não for quebrada e revertida, o resultado será o socialismo, com o governo controlando tudo, e o resultante (e inevitável) caos calculacional levando a civilização à pobreza. 
sem_sinal.jpgPor exemplo, o Brasil interveio no mercado de telefonia criando a agência reguladora Anatel, que ergueu barreiras coercitivas de entrada no setor, fechando o mercado para algumas poucas empresas privilegiadas.  Como consequência da falta de livre concorrência, as empresas começaram a apresentar uma série de problemas na prestação de serviços.  Um desses problemas foi o péssimo atendimento aos clientes.  Se o cliente não pode procurar um concorrente que o atenda bem, e capitalistas não podem entrar nesse mercado para atender melhor a estes clientes insatisfeitos, por que as empresas oligopolistas iriam se importar?  O consumidor fica sem ter para onde correr e é obrigado a continuar cliente de umas dessas empresas ruins. 
E o que o governo faz?  Em vez de abolir a intervenção inicial e liberar a concorrência no setor, ele cria uma nova intervenção, como a estapafúrdia regulamentação que define regras de atendimento ao cliente para essas empresas. Essa nova intervenção também não funcionou.  No livre mercado, a motivação das empresas para atender bem seus clientes é o lucro.  No socialismo, a motivação é o chicote estatal.  O governo passou a punir as empresas que não cumpriam suas regras de atendimento.  A cadeia de intervenção nunca foi quebrada ou revertida.  Inúmeras intervenções existem, desde a que determina preços máximos para telefones populares até estes leilões que criam reservas de mercado em regiões em que a entrada deveria ser livre.  Na página web da Anatel, existe uma compilação chamada Coleção Brasileira de Direito das Telecomunicações.  Essa coleção procura reunir tudo o que se refere à regulação de telecomunicações no Brasil.  Sugiro que dê uma olhada no Índice Mestre. Está sentado aí?  Só o Índice Mestre tem 485 páginas!!!  Vá até a letra "R" e veja quantas vezes aparece a palavra "regulamento".  São 10 páginas do Índice só com regulamentos sobre absolutamente tudo!  Assim fica provado que "concorrência" e "livre iniciativa" em telecomunicações não passam de palavras desprovidas de sentido.
E, esta semana, o governo anuncia uma nova intervenção que aproxima muito o setor de um socialismo total, como o que existia antes da privatização (a necessária desestatização nunca houve) — a Anatel decidiu suspender vendas de Claro, Oi e TIM.  Estamos a poucos passos da volta da Telebrás, tempo em que uma linha telefônica custava milhares de reais e demorava até 5 anos para ser instalada. 
Não, nenhuma regulamentação é necessária para nada.  Apenas leis contra fraude e violações da propriedade privada são necessárias.  Somente um mercado completamente livre e desimpedido pode fazer com que os preços caiam e a qualidade dos serviços prestados suba, constantemente. 
Foi o que aconteceu na Guatemala, onde um setor altamente regulado foi totalmente liberado.  Os resultados podem ser vistos neste vídeo.
"A história inicial é simples e praticamente idêntica à do Brasil, em termos proporcionais: em 1995, havia 11 milhões de habitantes no país e apenas 289 mil linhas telefônicas."  Quando as regulamentações e os monopólios estatais foram abolidos e a concorrência permitida, tudo mudou rapidamente.  "Resultado: hoje o país tem uma população de 13,5 milhões de pessoas e nada menos que 18 milhões de linhas telefônicas, móveis e fixas.  Quatrooperadoras privadas disputam clientes em um ambiente de genuína livre concorrência, sem regulamentações e sem controle de preços — considerando-se o tamanho do país e sua renda per capita, trata-se de um número significante.  Conseguir uma nova linha de telefone "é tão fácil quanto comprar um cachorro-quente", a qualidade dos celulares chega a ser superior à existente em cidades como Nova York, Paris, Londres, Tóquio, e os preços por minuto são ridículos."
Deixando a qualidade de lado — entre outras coisas, os guatemaltecos já contam com o 4G — vamos comparar o preço dos planos da Claro da Guatemala com a Claro do Brasil:
   claro_brasileira.jpg
claro_guatemala.jpg
O plano de 2.500 minutos da Claro da Guatemala custa R$190,66 e o plano de 2.000 minutos da Claro do Brasil custa R$788,75.  Preciso dizer mais alguma coisa?
"Precisa, você prometeu contar como conseguir celular ilimitado e de qualidade por apenas R$30 mensais."  Pois bem, vamos a isso.  Acima, foi demonstrado como o livre mercado na Guatemala pôde avançar nessa direção em poucos anos.  O próprio Brasil teve um avanço tremendo na redução de preços e aumento da qualidade com a privatização do setor, mas, graças à Anatel, não pôde avançar tanto e agora esta regredindo com o intervencionismo, que está levando novamente o setor de telefonia ao caos da estatização.  A Guatemala ainda não chegou nos R$30 ilimitados, mas se a concorrência continuar livre, e com novas tecnologias de dados sendo implementadas, em muito pouco tempo ela estará lá.  Mesmo com tantas intervenções, o capitalismo consegue oferecer produtos e serviços cada vez melhores, e podemos apenas imaginar as maravilhas que poderíamos estar desfrutando se não fossem as intervenções estatais no livre mercado.  E creio não ser nada fora da realidade pensar que os preços e qualidades da telefonia seriam estes que mencionei.  Como Hans-Hermann Hoppe explicou em sua mais recente entrevista:
O fato de todo o castelo de cartas da democracia ainda não ter desabado completamente é uma enorme prova do tremendo poder criativo do capitalismo, mesmo em meio aos crescentes obstáculos e estrangulamentos criados pelo governo.  E este fato também nos leva a imaginar todos os 'milagres' econômicos que seriam possíveis caso tivéssemos um capitalismo livre e desimpedido, um capitalismo não obstruído e asfixiado por todo este parasitismo, um capitalismo completamente desregulamentado e desburocratizado.
O que você deve fazer é simplesmente retirar seu consentimento quanto à existência da Anatal e de toda e qualquer regulamentação.  O governo só consegue intervir coercitivamente no setor porque conta com o apoio de uma maioria para isso, que é enganada sobre a necessidade dessas intervenções.  Infelizmente, apenas a retirada do seu consentimento não será suficiente — eu retirei o meu faz tempo, e continuo sendo assaltado todos os meses na conta de celular e recebendo serviços imprestáveis. 
Você terá de convencer sua família, seus colegas de trabalho e seus vizinhos, pois a ignorância deles é a nossa prisão.  O governo e as empresas monopolistas tentarão manter a situação inalterada o máximo de tempo que conseguirem.  Manterão os preços os mais altos possíveis e a qualidade, a menor possível, enquanto puderem se safar com essa situação, que é aceita passivamente pela maioria.  Este é o único propósito do governo, explorar ao máximo seus súditos.  Somente quando uma maioria se conscientizar e rejeitar essa exploração, exigindo o fim das agências reguladoras e de todas as regulamentações, e não tolerando nenhuma intervenção no livre mercado, é que poderemos desfrutar do máximo que a engenhosidade humana pode oferecer.


[1] Além da avalanche de regras a serem cumpridas, o estado (governos estaduais e federal) brasileiro brinda o cidadão com uma das maiores cargas tributárias em telecomunicações do mundo (mais informações aqui e aqui).  Além do mais, existem as infinitas regulamentações municipais sobre posteamento, uso do solo, regras sobre colocação de antenas etc. etc.

Eliseu Drummond, da Anatel, colaborou com este artigo.


Fernando Chiocca é um intelectual anti-intelectualpraxeologista e conselheiro do Instituto Ludwig von Mises Brasil.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Forte alta dos preços força ajuste no setor imobiliário


Forte alta dos preços força ajuste no setor imobiliário
Posted: 10 Jul 2012 06:55 PM PDT

Incorporadoras sentem dificuldades em oferecer produtos que caibam no bolso do consumidor; lançamentos devem cair 30% neste ano

O setor imobiliário passa por um ajuste. A forte valorização dos imóveis nos últimos anos deixou a casa própria mais distante do brasileiro, o que contribuiu para uma queda nos lançamentos neste ano. Em São Paulo, por exemplo, o preço médio dos imóveis subiu 140% entre janeiro de 2008 e junho de 2012, segundo o Índice FipeZap. Em compensação, o volume de lançamentos caiu cerca de 30% no ano.

Com isso, a expectativa de especialistas e do próprio Sindicato da Habitação (Secovi-SP) é de que os preços devem se estabilizar. Por ora, ninguém aposta em uma queda generalizada, embora algumas localidades possam passar por esse processo.

A renda da população não aumentou na mesma proporção dos preços e, por isso, muitos consumidores não conseguem comprar imóveis na região onde moram. Para adquirir um apartamento de 100 metros quadrados na Bela Vista, um bairro de classe média situado na região central de São Paulo, o cliente precisa de uma renda familiar líquida de R$ 17 mil/mês se quiser financiar 80% do valor do bem.

Só que, nesse distrito, apenas 18% da população ganha mais de R$ 15 mil por mês, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O mesmo exercício aplicado a outros bairros aponta resultados semelhantes.

"Está cada vez mais difícil para o consumidor comprar a casa dos sonhos nas grandes cidades. Quem poderia comprar um apartamento de 70 m² há um ano hoje compra um de 50 m²", disse o vice-presidente de incorporação imobiliária do Secovi-SP, Emílio Kallas. "O preço alto é ruim para os incorporadores. O público consumidor dos empreendimentos fica menor."

Euforia
O descompasso entre a renda da população e o preço dos imóveis provocou uma parada técnica no mercado, avalia o diretor da consultoria Embraesp, Luiz Paulo Pompeia, especializada no setor imobiliário. "Houve uma euforia de incorporadores e consumidores. Mas o poder aquisitivo tem limites e muitos lançamentos não cabem no bolso do cliente", disse.

Na opinião de Pompeia, os preços devem se manter estáveis na média, mas, em alguns casos, podem até cair no ano que vem. "De 30% a 40% dos compradores de imóveis são investidores, não é o consumidor final. Há 7 anos, esse índice era de 15%. Eles precisam revender, mas, em alguns bairros, a demanda real já foi absorvida, principalmente por imóveis de alto padrão."

Em São Paulo, o especialista vê potencial para queda de preços em bairros como Campo Limpo, Vila Madalena, Bela Vista e Alto da Lapa. "A exceção é o segmento econômico (renda mais baixa). Há demanda real para movimentar o mercado pelos próximos dez anos", disse.

Embora continuem otimistas com as perspectivas para o setor, os bancos, que nos últimos anos abriram as torneiras do crédito imobiliário, não descartam estabilização dos valores. "Os preços não vão subir com a mesma velocidade de antes. Veremos mais moderação e, eventualmente, alguma acomodação", disse o diretor do departamento de crédito imobiliário do Bradesco, Cláudio Borges.

"Estamos assistindo a um ajuste entre oferta e demanda", emenda o diretor de crédito imobiliário do Banco do Brasil, Gueitiro Matsuo Genso. "Mas vemos perspectivas para um crescimento robusto para o setor."

Ainda sobre as perspectivas para os preços, o coordenador do Índice FipeZap, Eduardo Zylberstajn, também adota um tom cauteloso. "Não voltaremos mais àquela situação de altas muito expressivas", afirmou.

O diretor financeiro da construtora Eztec, Emilio Fugazza, relata que a margem bruta média das incorporadoras de capital aberto caiu de 39% para 26% entre 2007 e 2011. "O custo para construir subiu mais do que os preços dos imóveis", disse.

Projetos
As incorporadoras não atribuem a retração dos lançamentos à alta dos preços, mas a dificuldades em aprovar novos projetos. "Chegamos a levar quatro anos para conseguir a liberação de um empreendimento em todos os órgãos reguladores", disse o vice-presidente do Secovi.

Segundo ele, o setor tem enfrentado entraves para lançar empreendimentos pela falta de terrenos aptos à incorporação e pela demora na aprovação de projetos. Para o Secovi, a solução para controlar os preços está na flexibilização das regras para lançamentos, o que viabilizará a expansão da oferta.(Estadao)

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Revolução de 32


09/07/2012 - 04h35 

Relembre como foi a Revolução de 32, que completa 80 anos hoje

FOLHA SAO PAULO
RICARDO BONALUME NETO
DE SÃO PAULO
São Paulo e Campinas sofrendo bombardeios aéreos; o porto de Santos bloqueado por navios de guerra; cidades dos vales do Paraíba e do Ribeira sofrendo ataques de artilharia e trincheiras repletas de soldados cavadas nas divisas do Estado. Tudo isso, hoje algo impensável, aconteceu faz 80 anos.
A Revolução de 32 não é um mero registro histórico. Foi algo que afetou milhões de pessoas e ainda assombra imaginações e o imaginário.
Na capital, os monumentos e os nomes de ruas e avenidas deixam isso claro. Na região próxima ao parque do Ibirapuera ficam tanto o Monumento às Bandeiras, do escultor Victor Brecheret, como o Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32, de Galileo Ugo Emendabili. E aos locais se chega pela avenida 23 de maio, uma das datas importantes do movimento.
Ironicamente, a Fundação Getúlio Vargas fica próxima à avenida batizada com a data do início do levante, a 9 de Julho. Mas São Paulo continua sendo resistente a usar o nome do ditador. Não há o equivalente à importante avenida Presidente Vargas, do Rio, por exemplo.
Vargas foi quem provocou a coisa, afinal, com a derrubada do presidente Washington Luís, em outubro de 1930. Ele até foi bem recebido no Estado a caminho da capital, então o Rio de Janeiro. Mas logo começou a bater de frente com os políticos paulistas, saudosos do poder que tinham na República Velha.
Por exemplo, Vargas nomeou como "interventor" (no lugar do governador) o tenentista pernambucano João Alberto Lins de Barros.
Só em março de 1932 Vargas nomeou um interventor mais ao gosto dos paulistas, um civil e nativo do Estado, o diplomata aposentado Pedro de Toledo. Mas ao mesmo tempo o ditador quis mandar no comando da Força Pública (como era chamada a hoje Polícia Militar).
A Força Pública era um trunfo particularmente importante, pois constituía um verdadeiro exército em menor escala, dotada de armas como metralhadoras.
Os políticos e os militares envolvidos na conspiração contra Vargas foram ineptos. Deflagraram o movimento antes da hora, sem articular ações eficazes com potenciais revoltosos em outros estados, especialmente Minas Gerais e Rio Grande do Sul. São Paulo, com pequeno apoio de Mato Grosso, ficou isolado.
A melhor estratégia seria concentrar forças no Vale do Paraíba e rumar ao centro do poder, o Rio. Em vez de fazer isso, os líderes paulistas preferiram ficar na defesa.
Já a estratégia do ditador foi correta. Isolou São Paulo por terra e por mar, e diplomaticamente.
As principais frentes de combate estavam todas vinculadas a ferrovias e rodovias. É por isso que os famosos trens blindados foram tão importantes no conflito.
Os dois lados tiveram centenas de mortos. Não houve batalhas espetaculares; era mais razoável fugir ou se render do que lutar até a morte em uma guerra "entre irmãos". Uma batalha podia ter dez mortos, 30 feridos e 400 prisioneiros.
Vargas venceu em 32, mas houve a Constituinte em 34 (que ele já tinha prometido antes da revolta). Os líderes paulistas foram exilados, mas por pouco tempo. Vargas deu um golpe de Estado em 1937, mas o legado de 32 permaneceu e foi importante no debate ideológico subsequente e que vem até hoje.
ESTUDOS
Em 80 anos, muita tinta foi usada para descrever a Revolução de 1932. É possível identificar pelo menos três fases.
Houve uma primeira onda de textos, principalmente de origem paulista (e incluindo livros de memórias), exaltando os ideais democráticos do levante; e em seguida uma leva posterior, de origem marxista, ressaltando a ideia de que tudo não passou de uma briga entre grupos da "classe dominante", e sempre que foi necessário os "proletários" foram perseguidos.
Novos pesquisadores tentam entender o caráter multifacetado do evento, identificando uma participação popular inédita na história.
O historiador Marco Antonio Villa deixa claro que a "questão democrática" foi "a grande herança política da revolução, uma espécie de tesouro perdido, muito valioso, especialmente em um país marcado por uma tradição conservadora, elitista e antidemocrática".
Editoria de Arte/Folhapress

domingo, 8 de julho de 2012

Caminhada marca abertura hoje de novo complexo da PIB


July 8, 2012 - 02:25

Caminhada marca abertura hoje de novo complexo da PIB

Parte concluída do novo complexo da PIB, que fica na zona leste de São José. Foto: Aaron Kawai
Parte concluída do novo complexo da PIB, que fica na zona leste de São José. Foto: Aaron Kawai
Marcha da Conquista’ deve reunir 2.000 pessoas que sairão do Campus Betânia em direção à nova área na zona leste
Xandu Alves
São José dos Campos

Toda grande caminhada começa pelo primeiro passo.
É assim, andando em direção ao novo, que membros e simpatizantes da PIB (Primeira Igreja Batista) de São José dos Campos celebram hoje a abertura do novo templo, batizado de Campus Colina, erguido na região leste da cidade.
Curiosamente, o tema de inspiração escolhido pela PIB para 2012 foi renovação.
A ‘Marcha da Conquista’ começa hoje, às 13h30, na avenida Francisco José Longo, na Vila Betânia, região central de São José. São esperadas 2.000 pessoas na concentração, no Campus Betânia. Na marcha de seis quilômetros até o novo templo, elas serão acompanhadas por trio elétrico e banda.
A caminhada marca a abertura informal do complexo Colina, cuja construção dentro de uma área de 205 mil m², às margens da via Dutra, está na segunda das quatro fases de obras. Até agora, já foram erguidos 17 mil m² de área construída com 210 homens trabalhando. A previsão é de terminar tudo até o final de 2015.
A inauguração oficial do Campus Colina será realizada amanhã, em dois cultos: às 18h e às 20h, com público esperado de 5.000 pessoas.

Grande. Se a fé move montanhas, o homem pode sonhar grande. E assim fizeram os dirigentes da PIB, que projetaram um mega complexo em São José, com áreas de espiritualidade, entretenimento, esporte e formação.
No campus, só o prédio principal, que está em obras e deve ficar pronto em 2013, terá auditório com 6.400 lugares, palco de 600 m², livraria, restaurante, cafeteria, espaço para crianças e elevador panorâmico.
O complexo conta ainda com um auditório temporário e estacionamento com 1.200 vagas (já prontos) e projetos para um espaço infanto-juvenil, tenda de esportes, pista de skate, área verde, capela para casamentos, prédio ministerial e uma escola.

Serviço. “A cidade cresceu. Estamos crescendo juntos”, resume o pastor sênior da PIB, Carlito Paes, que administrará quatro campus da Igreja apenas em São José: Colina, Betânia, Centro e Primavera.
A organização conta ainda com templos em Caçapava, Jacareí, Jambeiro, Paraibuna e Taubaté e faz parte da “Rede Inspire de Igrejas”, congregando 80 igrejas afiliadas em 12 Estados brasileiros e nos EUA.
Ele explica o gigantismo do projeto com um desejo ainda maior da PIB em servir a comunidade. “Queremos uma estrutura cada vez melhor e adaptada aos novos tempos, de acessibilidade, conforto e profissionalismo em nossas ações.”
Fundada em 1942, a PIB chega aos 70 anos tornando-se um espaço de esperança e inspiração para seus 6.000 membros, cerca de 10 mil frequentadores regulares e qualquer outro que queira conhecê-la pela primeira vez. “Somos abertos aos ricos e pobres, membros ou não. A quem procura andar no caminho de Deus”, diz Paes.
PROGRAMAÇÃO
Marcha
A PIB faz marcha de 6 km hoje, às 13h30, saindo da avenida Francisco José Longo em direção ao Campus Colina, que será inaugurado oficialmente amanhã. São esperadas 2.000 pessoas na caminhada

Inauguração
Parte do complexo do Campus Colina será inaugurado oficialmente amanhã, com culto às 18h e às 20h no auditório de 2.500 m² com 2.000 lugares. São esperadas 5.000 pessoas. O Campus fica no km 145, via Dutra, sentido Rio, V. Tatetuba