terça-feira, 26 de junho de 2012

Especialistas apontam riscos e vantagens de comprar ou alugar imóvel


24/06/2012 - 06h10 fsp

Especialistas apontam riscos e vantagens de comprar ou alugar imóvel



MARIA CECILIA MACIEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Alugar ou comprar um imóvel envolve muitas variantes e requer uma ampla análise. Além dos processos administrativo e jurídico, é preciso ter em mente algumas questões.
O imóvel se adequa às suas necessidades e à sua renda? Nos próximos anos, há alguma possibilidade de você mudar de cidade, Estado ou país? Se precisar vender a casa enquanto paga as parcelas, consegue recuperar o valor investido? As prestações ou o aluguel são muito salgados e consumirão gastos com lazer, bem-estar e qualidade de vida? O local é apropriado, vai valorizar?
"Não pode ser uma decisão por impulso, é preciso se informar e buscar orientação",diz José Augusto Viana, presidente do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis). Veja nesta página a opinião dele e de mais nove especialistas no assunto.
Editoria de Arte/Folhapress
JOSÉ AUGUSTO VIANA
Presidente do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis
"O dinheiro investido em imóveis pode render 12% ao ano, mais a valorização do local, que varia de caso a caso. É um ótimo investimento na comparação com os demais. A renda é superior aos juros e ainda tem a valorização. Se a pessoa tem condições de investir e tem uma boa renda, o ideal é comprar um apartamento de R$ 200 mil a R$ 250 mil, mais populares, em boa localização. São imóveis escassos para aluguel e alcançam rendimentos altíssimos. Imóveis de valores mais altos são mais difíceis de alugar."
JOSÉ DUTRA VIEIRA SOBRINHO
Conselheiro do Corecon (Conselho Regional de Economia de São Paulo)
"Nos três últimos anos, a valorização do imóvel financiado foi brutal. Acredito que muitos que optaram pelo aluguel, nesse tempo, tenham se arrependido. As taxas nunca foram tão baixas e os prazos nunca foram tão longos para financiar um imóvel, chegando, agora, a 35 anos. Além disso, há a motivação do patrimônio: o que a pessoa está pagando é dela, não é um dinheiro perdido. Mas é preciso analisar a situação, principalmente se a opção for pela compra na planta e o primeiro bem do comprador. Se ele está no aluguel e tem dívidas, é preferível comprar um imóvel pronto, já que poderá usufruir imediatamente do negócio, seja morando ou alugando o imóvel."
JOSÉ URBANO DUARTE
Vice-presidente de governo da Caixa Econômica
"O financiamento permite antecipar a realização de uma necessidade ou de um desejo. A taxa de juros é o custo desta antecipação. Quanto menores os juros, melhor, sob o ponto de vista de quem está se valendo da alternativa do financiamento. No caso do financiamento imobiliário, a taxa de juros é a menor do sistema nos últimos anos. E os prazos, os maiores. E ainda há a forma como a prestação é calculada e cobrada. Ela decresce na medida que o tempo vai passando, comprometendo cada vez menos o orçamento do cliente, da família. O momento é favorável, e os clientes têm se valido disto. Em 2012, por exemplo, eles deverão financiar compras de seus imóveis numa escala superior a 25% do que foi feito em 2011. Juros menores e prazos maiores permitem realizar aquela necessidade comprando imóveis melhores e/ou em condições mais vantajosas."
FLÁVIO PRANDO
Vice-presidente de habitação do Secovi-SP (sindicatp de habitação)
"Os imóveis tiveram uma valorização importante que tem mais a ver com uma recuperação do que, propriamente, com a alta de preços. Houve uma estagnação entre o final da década de 1990 e no período de 2006/2007, na cidade e região metropolitana de São Paulo, quando os valores ficaram muito aquém da inflação. Agora, atingiram um patamar adequado e a tendência é uma valorização de 5% a 10%. Temos uma cidade onde a matéria-prima dos lançamentos imobiliários, que são os terrenos, é extremamente escassa. E há a questão do zoneamento, que desde 2003 tornou-se muito mais restritivo, o que reduz o potencial construtivo nesses terrenos. Consequência: a oferta de imóveis em São Paulo é inferior à demanda, o que gera uma pressão permanente nos preços, especialmente nos bairros mais procurados --aquele anel em volta do centro, que compreende Jardins, Itaim, Pinheiros, Brooklin, Vila Olímpia etc. Com a escassez de terrenos baldios, qualquer novo empreendimento paga um preço muito alto para remover a construção já existente, demolida e não aproveitada, para a obra partir de um espaço limpo. Resumo da história: no ponto de vista do Secovi, tendo oportunidade e valor de entrada (que está bastante reduzido, entre 10% e 15%), vale muito a pena financiar um imóvel com juros menores e prazos maiores. Dessa forma, o valor do financiamento se assemelha ao valor do aluguel. É mais inteligente comprar, pois o financiamento acaba e o imóvel valoriza."
ALEXANDRE N. SOARES
Advogado, responsável pelo escritório da ABMH (Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação) em São Paulo
"Não há como se afirmar 'a priori' se é mais vantajoso alugar ou financiar. Existem muitas variáveis envolvidas (taxa de juros aplicada no contrato de financiamento, valor da locação, renda familiar, disciplina e controle de gastos etc). No entanto, na maioria dos casos, se a família for disciplinada e conseguir poupar, mesmo que more num imóvel locado --com valor condizente com a sua renda--, talvez torne-se mais vantajoso aguardar para comprar à vista o sonhado imóvel próprio, mesmo tendo em vista a queda acentuada da taxa de juros. Depende do caso concreto."
SAMY DANA
Professor da Escola de Economia da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas)
"Comprar um imóvel ou continuar pagando aluguel? Esse é o dilema de muitos brasileiros. Porém, essa decisão precisa ser tomada depois de uma ampla análise. O corte das taxas de juros cria um benefício que deve ser dividido entre consumidores e construtoras. A forma que as construtoras têm para se apropriar desse benefício é através do aumento dos preços dos imóveis, propagandas e um batalhão de corretores tentando fazer o consumidor acreditar que a oportunidade é 'única'. Vale lembrar que quanto mais os preços aumentarem, menor será a 'fatia' que sobra para o consumidor. Se for comprar um imóvel, tenha certeza que o preço que está pagando é razoável, não se deixe levar por impulso ou pelas aparentes barganhas em taxas. Tome cuidado para não deixar sua parte do bolo nas mãos do faminto setor imobiliário. Exemplo prático para uma pessoa que pretende comprar um imóvel de R$ 450 mil e tem R$ 180 mil de entrada e, por enquanto, paga aluguel no valor de R$ 1.500. Há duas opções: 1) A primeira é aplicar os R$ 180 mil no Tesouro Direto e fazer aplicações mensais de R$ 1 mil durante todo o período. Após os 30 anos, ela terá R$ 2,008 milhões. 2) A outra opção teria sido dar a entrada de R$ 180 mil e financiar os R$ 270 mil restantes. Durante 30 anos, essa pessoa terá que pagar R$ 2.500 ao mês para ter o imóvel. Ao final do período, o imóvel será seu e lhe custará R$ 900 mil."
JOÃO DA ROCHA LIMA JUNIOR
Professor titular de Real Estate da USP (Universidade de São Paulo)
"A taxa de juros dos financiamentos estão acima da taxa referencial de juros. Enquanto você pode financiar a compra de um imóvel à taxa de 9,5% ano + TR, o que, na média pode representa um custo do financiamento de 10 a 11% ano, a renda de aplicações conservadoras pode estar no limite do CDI, que é de 8,5%. E caindo. Lembre que esses 8,5% devem ser cortados de 22,5% de imposto sobre a renda, resultando em 6,59%, dos quais ainda se extrai 1 ponto para administração se se tratar de aplicação em fundo de investimento. Então, aplicar recursos a 5,6% liquido anual contra financiamento a 11% não tem sentido. Se adicionarmos o custo do aluguel, na solução não comprar, retiramos mais alguns pontos dos 5,6% ano, ou eventualmente toda a renda líquida será consumida no pagamento do aluguel. Se o investidor tem recursos líquidos e precisa da residência, deve comprar. As aplicações para alugar imóveis residenciais representam pagar preço no auge do mercado, esperando uma renda que pode girar ao redor de 7% ano, com 27,5% de imposto sobre a renda, o que resulta líquido pouco mais de 5%, fora o custo dos vazios. Já aplicações em imóveis comerciais de alta qualidade abrigados em fundos imobiliários pode render ao redor de 8,5% ano, já descontados os custos de administração e as flutuações com vazios. A renda dos FII (Fundo de Investimento Imobiliários) é isenta de imposto sobre a renda para a pessoa física em situações particulares."
CLAUDIO BORGES
Diretor de crédito imobiliário do Bradesco
"Fiz um comparativo entre duas situações: um cliente comprando um imóvel de R$ 200 mil, financiando R$ 160 mil em 360 meses, e a hipótese desse mesmo cliente alugar um imóvel de R$ 200 mil, pagando um aluguel mensal de 0,8% do valor do bem. A primeira prestação do cliente (R$ 1.733) está muito próxima do valor do aluguel, porém no decorrer do tempo ela vai caindo e ao final de 30 anos, mesmo com uma TR estimada em 0,4% ao mês, o cliente concluirá o pagamento de sua prestação na ordem dos R$ 542. Ao contrário da prestação do crédito imobiliário, o aluguel sobe anualmente pelo IGP-M cumulativamente. Considerando um IGP-M conservador, de 5% a.a., verificamos que o aluguel, que era inicialmente de R$ 1.600, com o reajuste anual captalizado, chega ao final de 30 anos na ordem de R$ 6.915. O segundo sonho de uma pessoa que está financiando um imóvel numa faixa etária média de 35 anos, ao final dos 30 anos de financiamento, é estar aposentada. Pela realidade brasileira, a expectativa é que ela tenha uma renda comparativa ao se aposentar muito menor que a sua renda atual. Neste caso, a prestação do crédito imobiliário reduzindo-se ao longo do tempo atende essa necessidade de um custo menor de moradia, pois na medida que o tempo vai passando, sua prestação vai se tornando cada vez menor. No aluguel, a curva é inversa, o que vai impactar numa redução contínua da capacidade de poupança e de se preparar para a aposentadoria. Considerando um financiamento de R$ 160 mil, taxa de juros de 9,5%, a.a. + TR de 0,04% ao mês, ao final de 30 anos o cliente terá desembolsado a quantia de R$ 433.911. Para quem pagou o aluguel de um imóvel de R$ 200 mil, ao final de 30 anos, terá desembolsado a importância de R$ 1,27 milhão, ou seja, o valor equivalente a três financiamentos imobiliários e ainda não terá a propriedade do bem. Ao pagar uma prestação de crédito imobiliário, o cliente faz um investimento em um bem que um dia será seu."
ROSELI HERNANDES
Diretora comercial da Lello Imóveis
"É preciso fazer contas para ver o que é mais vantajoso. Analisar o que você tem de capital e investigar se vale a pena aplicar ou dar entrada num financiamento imobiliário. Tenho clientes que compraram um imóvel na periferia e se mantiveram em outro alugado, num bairro mais nobre, por estarem mais próximos de trabalho, facilidades e família. O sonho da casa própria foi realizado, sem, necessariamente, a família ter de morar nele. E a nova lei do inquilinato garante menos conflitos. O inquilino procura ser respeitador, até porque hoje ele tem mais garantias, e o proprietário, por sua vez, tem interesse de manter o bom inquilino. Por outro lado, na compra, há dois tipos de financiamento: na planta, onde o comprador tem as parcelas semestrais, mas só começa a pagar o financiamento nas chaves --uma compra mais de impulso-- e com o imóvel pronto, em que ele é obrigado a estar mais preparado, pois tem que ter, no mínimo, 20% do valor do bem para dar de entrada. Em compensação já pode se beneficiar imediatamente da sua compra."
JOSÉ PEREIRA GONÇALVES
Economista e especialista em mercado imobiliário
"A casa própria é a principal transação feita durante toda a vida. Por isso é importante que a decisão seja tomada considerando todos os aspectos para que o sonho não venha a se tornar um pesadelo. Antes de comprar é fundamental ter certeza de que a possibilidade de haver mudança para outro local, motivada por emprego ou outra decisão qualquer, é mínima. Se existir essa possibilidade, o mais recomendável é alugar, pois a compra requer um investimento muito elevado. Se a decisão for pela compra, é importante ter certeza de que o imóvel atende suas necessidades de tamanho, aspirações e se está bem localizado. Na compra em que se dispõe de recursos, deve-se avaliar o montante necessário para ser à vista: sobrará dinheiro para atender uma emergência? Há recursos suficientes para cobrir todos os custos com a mudança, realizar reforma, comprar os móveis necessários, pagar os impostos devidos na transação?
Na compra com financiamento, é preciso considerar a taxa de juros razoável e o prazo contratado). Em relação a isso, vale refletir se compensa um prazo muito longo. Na maioria das situações, o prazo deve ser encarado como uma forma de obter uma prestação que naquele momento caiba na renda sem deixar o comprador muito sufocado. Ao longo do tempo, ele poderá realizar amortizações e reduzir esse prazo, pois durante esse tempo ele acumulará poupança ou, dependendo da operação, poderá utilizar recursos de sua conta do FGTS para realizar essa amortização. Vale destacar que o aluguel é uma despesa que a pessoa tem por estar utilizando um imóvel que não é de sua propriedade. A prestação, por sua vez é um investimento que a pessoa faz para adquirir um bem. O financiamento é uma forma de a pessoa antecipar a compra de um bem cuja aquisição à vista exigiria um prazo muito longo de poupança."

domingo, 24 de junho de 2012

Crescimento gera especulação e alta de imóveis


24/06/2012 - 06h40 fsp

Análise: Crescimento gera especulação e alta de imóveis



ROY MARTELANC
ESPECIAL PARA A FOLHA
Levantamentos recentes mostram que, em 2011, os imóveis valorizaram perto dos 30% em cidades como Santos e Campinas. Esses aumentos de preço são até maiores que os constatados em São Paulo, com seus 25%.
Isso se deve a dois fatores. O primeiro: as cidades vizinhas à capital têm vida econômica cada vez mais forte.
Santos, além de ser um lugar lindo para morar, tem o maior porto organizado do país e vive o boom do pré-sal, com a chegada da Petrobras e de seus fornecedores.
Campinas -e região- tem uma indústria moderna e competitiva e há décadas se consolidou como o principal parque industrial do Estado.
Além disso, o crescimento econômico atrai pessoal qualificado e gera necessidades habitacionais. A renda gerada é canalizada ao consumo de todo tipo de produtos e serviços, inclusive imóveis.
Como distância se mede em minutos e reais, e não em quilômetros, é razoável alguém morar em cidades próximas e trabalhar em São Paulo -dependendo do bairro paulistano em que a pessoa viveria, o tempo de deslocamento não é muito maior.
O custo de transporte é um pouco mais alto por causa dos pedágios, do combustível e da manutenção do carro, mas a distância, medida em minutos e reais, é mais leve para aqueles que podem trabalhar à distância e não precisam estar em São Paulo todos os dias da semana.
O ônibus fretado, que é mais barato, permite viajar dormindo ou fazendo amigos, mas é uma solução melhor para quem tem empregos com horários rígidos.
A compensação de morar em cidades próximas à capital está na qualidade de vida. Com o mesmo dinheiro de um apartamento normal em São Paulo, compra-se uma magnífica casa em um condomínio fechado ou um apartamento perto da praia.
Imóvel mais agradável, maior sensação de segurança, ambiente mais amigável aos filhos e menor custo de vida já levaram muitos paulistanos a optar por morar nas prósperas cidades vizinhas.
Para esses municípios, essa demanda de gente de fora aumenta os preços dos imóveis, tanto para quem chega como para quem é da cidade.
Esses dois fatores -o desenvolvimento da cidade e a chegada de moradores oriundos da capital- geram demanda real e provocam o aumento dos preços.
Há ainda outro fator, derivado. Em imóveis, a exemplo de outras atividades que têm face especulativa, crescimento chama crescimento.
Algumas pessoas avistam um boom imobiliário e passam a desejar obter bons ganhos em relativamente pouco tempo e mediante um risco baixo, na visão delas.
Essas pessoas correm para comprar um imóvel na planta, na certeza de poder vendê-lo com bom lucro em um par de anos. O comportamento especulativo eleva ainda mais a demanda natural dos imóveis e seus preços.
ROY MARTELANC é professor de finanças da FEA-USP e coordenador da pós em negócios do mercado imobiliário da FIA.

Baixada ganha uma nova Santos até 2020


24/06/2012 - 06h40

Baixada ganha uma nova Santos até 2020



AGNALDO BRITO
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
A maior expansão econômica da Baixada Santista em 50 anos vai atrair 400 mil pessoas para a região até 2020. Isso equivale ao surgimento de uma nova cidade de Santos num prazo de oito anos.
Com 1,6 milhão de habitantes, a região metropolitana da Baixada, que congrega nove municípios e onde está situada parte da maior porção contínua de mata atlântica preservada do país, vive uma febre de investimentos.
Eduardo Knapp/Folhapress
Vista geral da favela Prainha, às margens do Porto de Santos
Vista geral da favela Prainha, às margens do Porto de Santos
As estimativas do poder público apontam a cifra de R$ 22 bilhões, já radiografados. Grande parte desse dinheiro será aplicada no porto de Santos, o maior complexo portuário do país.
Nessa conta, entretanto, também estão os primeiros empreendimentos da Petrobras na região. Santos será o quartel-general do pré-sal e a chegada forte da estatal desencadeou uma corrida imobiliária sem precedentes.
Corrida que fez triplicar o valor dos terrenos e duplicar o valor do metro quadrado construído em áreas nobres.
Em Santos, 77 edifícios foram construídos entre 2005 e 2011 e outros 134 projetos estão em obras; a prefeitura avalia se libera outros 77.
No porto, local em que o plano é mais do que duplicar a capacidade para trânsito de carga até 2024, dois grandes terminais de contêineres estão em construção. São projetos que devem manter Santos como a principal porta de entrada e saída num raio de cerca de 1.000 quilômetros.
DESAFIO
Espremida entre o mar e o paredão da serra, a Baixada Santista tem imensos desafios. Os novos investimentos vão encontrar uma região com problemas ambientais e sociais. Hospitais, escolas e força policial hoje não são suficientes para atender a demanda prevista; já há deficit de moradias, e o transporte público regional é precário.
A ocupação irregular em morros ou à beira-mar é comum. No Guarujá, duas ocupações simbolizam décadas do descaso do poder público e como expansão econômica não significa, necessariamente, equidade social.
As favelas da Conceiçãozinha e da Prainha estão dentro do porto, margem esquerda do estuário. Alvo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a remoção dos moradores não avança.
A situação das mais de 1.500 famílias é de absoluta precariedade. Porta de saída do agronegócio, parte dos 25% do comércio exterior nacional cruza diariamente a favela. Trens com mais de 60 vagões de soja ou de contêineres ameaçam homens, mulheres e, sobretudo, crianças.
"É triste, mas a prometida remoção das famílias atrasou. É problema com a construtora, é mudança de projeto, é erro no cálculo da terraplenagem", diz Carlos Souza, o Carlinhos, líder da Prainha.
A prefeita do Guarujá, Maria Antonieta de Brito (PMDB), diz que há plano de regularização fundiária e assentamento das famílias.
Só o Guarujá tem um deficit de 35 mil moradias. Mas, além de resolver o problema, a cidade tem de evitar novas ocupações. Para isso, foi criada até uma força-tarefa para derrubar casa irregular.
Com o crescimento populacional previsto para os próximos anos, o risco de haver novas invasões é tão real quanto a febre de investimentos que toma conta da região.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Pesquisar financiamento é essencial à compra de imóvel


21/06/2012 - 04h50 fsp mercado

Pesquisar financiamento é essencial à compra de imóvel



CAROLINA MATOS
MARIANA SALLOWICZ
DE SÃO PAULO
Em época de maior concorrência entre bancos, após anúncios de corte de juros por várias instituições em diversas linhas de crédito, o consumidor não deve abrir mão de barganhar antes de escolher onde financiar o imóvel.
As taxas variam e, embora as diferenças possam parecer pequenas, têm um impacto importante nas parcelas.
Além dos juros, é preciso avaliar o custo efetivo total cobrado pelo banco, que inclui outros encargos, como seguros de vida do mutuário e do imóvel e tarifa de administração do contrato.
A idade do tomador do crédito, o valor da entrada e o prazo de pagamento são considerados para calcular o custo efetivo total.
A simulação abaixo mostra que, para um casal de 35 anos que financia R$ 250 mil por 20 anos na tabela SAC (em que o valor das parcelas cai ao longo do tempo) para comprar um imóvel de R$ 350 mil, o valor da primeira prestação oscila de R$ 2.916 a R$ 3.350, conforme o banco.
Quem não faz essa pesquisa prévia pode acabar pagando mais do que precisaria. E, mesmo com a possibilidade de, mais tarde, transferir a dívida para outro banco que ofereça taxas mais vantajosas, o custo da mudança, em alguns casos, pode limitar os benefícios da troca.
Em financiamentos imobiliários, as despesas com cartórios, certidões e até nova avaliação do imóvel chegam a 1% do valor do bem.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

São José concentra expansão em áreas mais próximas à via Dutra


21/06/2012 - 04h30

São José concentra expansão em áreas mais próximas à via Dutra


LUCCA ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
A expansão imobiliária de São José dos Campos (97 km de São Paulo) nos últimos anos é visível até para quem não entra na cidade.
Cortada pela via Dutra, que liga São Paulo ao Vale do Paraíba e ao Rio, São José viveu uma explosão de empreendimentos nas regiões próximos à rodovia de 2008 para cá.
"Ocupamos uma posição estratégica, a uma hora de São Paulo e do litoral e próximo ao Rio", diz Sueli Aquino, diretora da Pirâmide Imóveis, há 31 anos no mercado.
"Temos muitas indústrias, como a Johnson & Johnson e a Embraer, e uma população com bom poder aquisitivo."
Como em outras cidades do entorno de São Paulo, o preço menor do terreno em relação à capital atraiu os incorporadores.
Do lado esquerdo da Dutra para quem segue da capital ao Rio fica o Jardim Aquárius, que concentra os lançamentos recentes, principalmente os de mais alto padrão.
Segundo a Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba), nos primeiros dois meses do ano o preço médio de venda do metro quadrado nos bairros mais valorizados da cidade estava em R$ 4.000. No primeiro bimestre de 2007, era R$ 1.800.
"Os preços são mais achatados em São José do que em outras cidades. Um apartamento de altíssimo padrão pode sair por menos de R$ 5.000 o m², enquanto um imóvel econômico sai por R$ 3.300 o m². O joseense rejeita preços altos", diz Paulo Pinheiro, sócio-diretor da imobiliária Lopes.


quarta-feira, 20 de junho de 2012

TEKNIA - Jacareí - NOVO PROJETO


Jacareí - NOVO PROJETO
2012/04/27 - Por Teknia Grupo

Novo projeto Teknia Jacareí: Jacareí Teknia foi nomeado como um fornecedor para um projeto novo Faurecia. A proposta € 1,8 moinho consiste em 8 partes do painel central do veículo, 2 dos quais irá ser pintados partes. Com este novo projecto Teknia Jacareí pode garantir ainda mais a operação da linha de pintura que está sendo instalado no crescimento mesmo tempo reinforcingthe nos próximos anos.
Teknia Jacareí reforça a sua posição em ambos, Faurecia Brasil Interior pintado e peças de plástico no mercado brasileiro. Com este novo projecto Teknia alcançará € 6Mill garantir o crescimento da divisão de plásticos no Brasil.








CENTRO VIVO 20 06 2012

A revitalização da Praça Cônego Lima teve início no dia 6 e deve ser concluída no prazo de 90 dias. O espaço, no centro de São José dos Campos, terá ruas elevadas, o piso trocado, melhoria na iluminação e ampliação do passeio público. As obras começaram com a elevação das ruas internas da praça. A reforma, prevista no Plano Estratégico Centro Vivo da Prefeitura, gerenciado pelo Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento (Ipplan), tem como objetivo promover a acessibilidade e gerar segurança aos frequentadores, já que a preferência de trânsito no local será dos pedestres.



Foto: Ronny Santos/PMSJC

Exportações do Vale crescem


Exportações do Vale crescem

Linha de produção da Volks em Taubaté. Foto: Cláudio Capucho
Linha de produção da Volks em Taubaté. Foto: Cláudio Capucho
Três maiores cidades da região registraram melhor desempenho nos cinco primeiros meses deste ano se comparado ao período de 2011
São José dos Campos

O saldo acumulado da exportação subiu nos primeiros cinco meses deste ano nas principais cidades da região --São José dos Campos, Taubaté e Jacareí.
Os dados foram disponibilizados ontem pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
De acordo com os números, as exportações de São José aumentaram 18% de janeiro a maio em relação ao mesmo período do ano passado, com volume total acumulado de US$ 2,25 bilhões.
O montante garantiu à cidade um novo posto no ranking nacional das exportações, saindo do 7º e alcançado a 6ª colocação. Taubaté, ocupa a 41ª e Jacareí está em 154ª.
O balanço mostra ainda que a exportação em Taubaté subiu 12% este ano e atingiu até maio o acumulado de US$ 513 milhões. Em Jacareí, o aumento foi de 5,9% com acumulado de US$ 22 milhões.

Produtos. Segundo os dados, o principal produto exportado por São José são as aeronaves da Embraer, principalmente os jatos executivos, considerados aeronaves de pequeno porte. A fabricante de aviões foi responsável este ano por 63% das exportações da cidade.
Em Taubaté, a parcela mais significativa dos produtos exportados é formada por carros da Volkswagen e motores fabricados pela Ford. Em Jacareí, os principais produtos exportados, segundo o levantamento do governo federal, são as peças de aeronaves das fornecedoras da Embraer.

Avaliação. A Prefeitura de São José informou que maio o volume exportado pela cidade foi de US$ 502,4 milhões.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, José de Mello Corrêa, afirmou que o balanço é positivo e mostra que as empresas da cidade estão em um bom momento.
“Se for analisado a valorização do dólar perante ao real, o aumento das exportações é ainda mais significativo e chega próximo aos 40%”, afirmou. Segundo ele, o dólar em maio de 2001 estava cotado em R$ 1,53, contra R$ 2,03 este ano.
A prefeitura informou ainda que se considerado o ranking nacional dos exportadores de produtos industrializados, São José ocupa desde setembro de 2011 a segunda posição.
SAIBA MAIS
São José 
As exportações registraram aumento de 18% atingindo o montante de US$ 2,2 bilhão

Taubaté
Nos primeiros cinco meses, as exportações subiram 12% e atingiram US$ 513 milhões

Jacareí 
De janeiro a maio, teve aumento de 5% e atingiu US$ 22 mi

Nova Casa do Idoso é inaugurada em atraso


Nova Casa do Idoso é inaugurada em atraso

Casa do Idoso da zona sul de São José. Foto: Divulgação/PMSJC
Casa do Idoso da zona sul de São José. Foto: Divulgação/PMSJC
Previsão era que entidade fosse aberta em janeiro deste ano, mas adequações de projeto fizeram prefeitura de São José adiar entrega
Natália Senóbio 
São José dos Campos 

A Prefeitura de São José inaugura no dia 30 de junho a Casa do Idoso, no Bosque dos Eucaliptos, na zona sul. O evento será a partir das 14h e terá show gratuito do cantor Agnaldo Rayol.
A obra tinha previsão de ser inaugurada em janeiro deste ano, mas será entregue cinco meses depois. A prefeitura investiu cerca de R$ 6 milhões na construção da unidade.
Segundo João Francisco Sawaya de Lima, secretário de Desenvolvimento Social de São José, o prazo da inauguração foi prorrogado devido ao período de chuvas e por adequações realizadas no projeto.
“Além disso, com a desocupação do Pinheirinho, a secretaria ficou cerca de três meses focada nas necessidades das famílias desalojadas”, disse.
A nova unidade será administrada em parceria com a entidade social Coal (Casa de Oração Amor e Luz). Um contrato de cerca de R$1,6 milhão foi assinado até fevereiro entre a prefeitura e a entidade.

Atividades. A nova Casa do Idoso deve atender cerca de 10 mil pessoas por mês. Na zona sul há cerca de 25 mil idosos com mais de 60 anos.
No local serão oferecidos cursos de alfabetização, informática e hidroginástica, além de aulas de ioga, alongamento, dança, coral, ginástica localizada e capoeira.
Uma novidade é o Centro-Dia, que abrirá até 80 vagas para que os idosos fiquem na unidade durante o dia.
A Casa do Idoso fica na avenida Andrômeda, 2.601. Os idosos interessados devem fazer inscrição a partir do dia 2 de julho. É necessário ter mais de 60 anos e levar RG e comprovante de residência.
POR DENTRO
Investimento
A prefeitura investiu cerca de R$ 6 milhões na construção da Casa do Idoso no Bosque dos Eucaliptos, zona sul de São José dos Campos

Atendimento 
Cerca de 10 mil idosos devem ser atendidos por mês na nova Casa do Idoso

Inscrições 
As inscrições para os cursos começam no dia 2 de julho na unidade

terça-feira, 19 de junho de 2012

Saiba como funciona a portabilidade


Não está satisfeito com sua operadora? Saiba como funciona a portabilidade

Comentários: (0)
19 de junho de 2012 • 13h00Por: Welington Vital de Oliveira
SÃO PAULO – Atualmente, existe muitos consumidores insatisfeitos com suas operadoras. Recentemente uma pesquisa da CVA Solutions, mostrou que 70% dos clientes não estão satisfeitos com a operadora de telefonia que escolheram.
Muitos destes clientes continuam com a mesma operadora para não perder o número do telefone e os contatos. No entanto, este já não é mais um problema.
A portabilidade numérica permite que o consumidor troque de operadora de telefonia, móvel ou fixa, sem precisar trocar seu número de telefone.
Segundo a Fundação Procon-SP, o cliente também pode optar pela portabilidade de endereço, onde o consumidor pode manter o número do telefone fixo ao mudar para um novo endereço, trocando ou não de operadora.
Há também a portabilidade de plano, onde o cliente pode manter o número de telefone ao mudar de plano de serviço com ou sem a mudança de operadora.
ProcedimentoO procedimento é bem simples. Basta o cliente procurar a prestadora para a qual deseja migrar e informar seus dados pessoais – telefone e prestadora atual.
Não esqueça de pedir o número do protocolo de serviço. Confirmado os dados, a nova operadora agendará a habilitação do serviço, preferencialmente com presença do consumidor.
A interrupção do serviço para efetivar-se a troca deve ser de no máximo duas horas.
Seus direitosA portabilidade deve ser concluída em até três dias úteis após o pedido feito pelo consumidor. A operadora antiga só poderá cobrar valores dos serviços prestados até o efetivo desligamento da linha.
O consumidor tem o direito de desistir da portabilidade em até dois dias úteis após a solicitação. Neste caso não haverá custos.
A portabilidade tem o valor máximo de R$ 4,00 quando o pedido for de mudanças entre operadoras. No caso de alteração de endereço ou modalidade de serviço na mesma operadora, não devem ser cobrados.
A operadora não pode negar o pedido de mudança sempre que o consumidor desejar.

Procon divulga o ranking das empresas de telefonia mais reclamadas, veja a lista


Procon divulga o ranking das empresas de telefonia mais reclamadas, veja a lista

 
Comentários: (0)
19 de junho de 2012 • 16h32Por: Welington Vital de Oliveira
SÃO PAULO – Procon-SP divulgou, nesta terça-feira (19), a lista das empresas de telefonia móvel mais reclamadas na instituição.
A fundação recebeu 5.713 reclamações ou pedido de orientação sobre problemas com telefone celular.
Entre as operadoras mais reclamadas, a Claro ficou em primeiro lugar, com 1984 queixas. Em seguida aprece a TIM, com 1.385 reclamações, conforme mostra a tabela abaixo:
Empresas Mais Reclamadas
EmpresasNº de Reclamações
Claro1.984
TIM1.385
Oi996
Vivo842
Nextel 506
Segundo o diretor executivo do Procon-SP, Paulo Arthur Góes, o grande problema ainda é ineficiência do SAC (Sistema de Atendimento ao Consumidor) das empresas. “Infelizmente este ainda é um gargalo não só no setor de telefonia. As empresas precisam investir mais no atendimento ao consumidor de forma efetiva, dando solução aos problemas de forma fácil e rápida”, explica Góes.
O que dizem as operadorasClaro informou que tem trabalhado para a melhoria contínua da qualidade dos seus serviços prestados aos consumidores. Para isso aplica recursos constantemente em tecnologia, processo, ferramenta e treinamento de pessoal especializado para melhor atender seus clientes. A empresa ainda informou que se coloca disposição da sociedade para atender todos os casos por seus canais disponíveis (atendimento telefônico, chato on-line, e-mail, videoatendimento, atendimento pessoal e por carta).
Já a TIM informou que trabalha constantemente para reduzir o número de reclamações e traça ações para firmar um relacionamento de compromisso e credibilidade direta com seus usuários. A empresa também anunciou que firmou um novo compromisso com a Fundação Procon-SP para participação no Plano de Metas de Redução de Demandas para 2012.
Nextel comunicou que prioriza em sua estratégia de negócios a qualidade na prestação de serviços e o respeito ao consumidor. A empresa vem redobrando seus esforços e ampliando seus investimentos em treinamentos, processos e contratação dos canais de atendimento ao cliente.
Segundo a assessoria da Vivo, a empresa faz investimentos contínuos para aprimorar cada vez mais a qualidade dos seus serviços e do atendimento prestados aos seus clientes.
A empresa também ressaltou que o resultado do ranking divulgado pelo Procon-SP demonstra também que a empresa alcançou melhor posição entre as suas concorrentes mais diretas, o que evidencia que a Vivo está no caminho certo para oferecer cada vez melhores serviços e atendimento.
Até o momento da publicação desta matéria o Portal Infomoney não recebeu o posicionamento da operadora Oi.

Veja como fazer o check list do imóvel dos sonhos


Veja como fazer o check list do imóvel dos sonhos

 
Comentários: (0)
19 de junho de 2012 • 17h50Por: Diego Lazzaris Borges
SÃO PAULO – Não há como negar. A casa própria ainda é o sonho de grande parte da população brasileira que, muitas vezes, se esforça durante décadas para conseguir pagar o financiamento e ter o bem em definitivo.
Mas para que este sonho não acabe em frustração, é importante se atentar para alguns pontos importantes antes de optar pela compra de um imóvel. Pensando nisso, o economista Luiz Calado elaborou o “Check list do imóvel dos sonhos”, publicado em seu livro “Imóveis: seu guia para fazer da compra e venda um grande negócio”.
Segundo ele, responder a algumas perguntas básicas é uma das maneiras mais eficientes de realizar visitas a imóveis que efetivamente resultarão em negócios fechados. Veja:
Antes de decidir pela compra, questione1) Em qual parte da cidade você gostaria de viver?
2) Que valor você considera razoável (nem mais, nem menos)?
3) Custos extras são importantes – por exemplo, o custo de condomínio ou guarda noturno. Até quanto está disposto a pagar?
4) Você tem preferência por imóveis mais novos (construídos nos últimos cinco anos)?
5) Qual é o estilo de casa que mais lhe agrada? Contemporâneo, tradicional, colonial, ou não tem preferência?
6) Quantas reformas você estaria disposto a fazer? (várias, algumas, nenhuma)
7) A proximidade a algo é um fator importante para levar em consideração? (Ex: proximidade com o trabalho, médico, clube, etc)
8) Você precisa ter transporte público perto de casa?
9) Se procurar um imóvel em edifício, você precisa de elevador?
10) Você tem alguma necessidade especioal? Precisa de acesso a cadeira de rodas, por exemplo?
11) Você possui algum animal de estimação que requer cuidados especiais?
12) Você precisa de garagem? (pense no futuro)
Em relação ao interior do imóvel, Calado também cita alguns pontos importantes que você deve checar:
13) Qual tamanho você gostaria que sua casa tivesse? (em metros quadrados)
14) Quantos quartos você gostaria de ter?
15) De quantos banheiros você precisa?
16) É importante ter sala de jantar, de estar, de visitas, de home theater, sala de ginástica, quarto para crianças, etc?