terça-feira, 31 de maio de 2016

Lula será preso? o Juiz Federal Sérgio Moro responde...

Reunião de pauta





Publicado em 31 de mai de 2016
Muito barulho por nada

Filhos de Sérgio Machado eram sócios

Filhos de Sérgio Machado eram sócios


Expedito Machado Neto e Sérgio Firmeza Machado abriram, em 2007, a Segma Assessoria e Consultoria em Gestão Empresarial, depois rebatizada Segma Investimentos.
Segundo investigados, a empresa foi usada como "veículo" para o repasse de recursos da Transpetro.
Até recentemente, a Segma integrava o quadro societário de outras duas empresas em parceria co Serginho Firmeza: Segspeuno Empreendimento Imobiliario e Segspeduo Empreendimento Imobiliario.
Ainda é sócia da Monte Klabin Investimentos Imobiliários.

O que Marcelo Odebrecht levou em conta para aceitar fazer delação premiada

O que Marcelo Odebrecht levou em conta para aceitar fazer delação premiada


RIO DE JANEIRO/BRAZIL, 14APR09 - Participants captured during the World Economic Forum on Latin America in Rio de Janeiro, Brazil, April 14, 2009.
Copyright World Economic Forum (www.weforum.org)/Photo by Cicero Rodrigues
Crédito Cicero Rodrigues/ World Economic Forum

 
retrato m corrigido
 
Por Livia ScocugliaSão Paulo
O ex-presidente da maior empreiteira do Brasil, Marcelo Odebrecht, levou nove meses para mudar de ideia sobre a delação premiada. Antes crítico à medida, agora vai colaborar com as investigações.
Por que só agora? Qual o potencial de ganho dele com a delação? Quais os riscos que ele teria levado em conta para romper o silêncio, se até então, o próprio executivo havia afirmado que não tinha nada a delatar?
Alguns aspectos podem ter pesado na decisão, como os documentos apreendidos na fase Xepa da operação Lava Jato que revela pagamentos da empreiteira Odebrecht para mais de 200 políticos e a mudança recente de jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre a execução da pena.
JOTA ouviu advogados sobre os cálculos estratégicos que Odebrecht poderia ter feito para se valer do benefício previsto nas leis: 9.807/89 artigos 13 a 15, Lei 8.072/90, dos crimes Hediondos, Lei 9,034/95, das organizações criminosas, 9.080/95, de Lavagem de Dinheiro, e na Lei 9807/99 que ampliou a possibilidade para outros crimes.
A operação Lava Jato usa muito este instituto para obter informações e documentos que levam a mais buscas e apreensões de novos documentos como provas contra o cartel que prejudicou a Petrobras e a Eletrobras.
O que disse a Odebrecht
Em nota oficial, o Grupo Odebrecht informou, na terça-feira (22/4), que todos os executivos, inclusive Marcelo Odebrecht, negociarão acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República nos processos da operação Lava Jato. O ex-presidente foi preso na operação Erga Omnes e está afastado desde 19 de junho.
Na quarta-feira (23/3), a Procuradoria da República do Paraná divulgou nota afirmando que não existe sequer negociação iniciada sobre acordos de colaboração com executivos ou leniência com o Grupo Odebrecht. Afirmaram ainda que a “simples manifestação” da vontade de delatar pela imprensa não tem qualquer consequência jurídica e por isso as investigações continuarão em andamento. A nota aponta ainda que a divulgação de qualquer intenção de acordo por meio de imprensa fere o sigilo das negociações exigido pela lei para a celebração do acordo.
“O Ministério Público Federal mantém o entendimento de que acordos de leniência e de colaboração premiada somente são possíveis com o completo desvelamento, por parte dos envolvidos, dos fatos criminosos que já são investigados, além da revelação plena de outras ilegalidades que tenham cometido e que ainda não sejam de conhecimento das autoridades, e da reparação mais ampla possível de todas essas ilegalidades”, diz a nota.
efetivação do acordo de delação é uma decisão delicada porque não tem volta, segundo advogados ouvidos pelo JOTACada vez menos os delatores terão novas informações que possam contribuir para a apuração dos fatos. Ou seja, há uma corrida para fornecer o maior número de detalhes novos para a investigação, antes que outros investigados o façam.
O último réu que quiser  fazer delação premiada provavelmente não terá muito o que revelar. Tudo depende da aprovação do Ministério Público que vai avaliar se há interesse em assinar um acordo de delação com aquela pessoa. Além disso, se houver prova de que o delator mentiu ou omitiu algum dado relevante poderá perder os benefícios do acordo, o que comprometerá sensivelmente o seu futuro na ação penal.
A “corrida” pode ter ficado ainda mais intensa após a mudança de entendimento do Supremo,  que determina a execução provisória da pena a partir da decisão em segunda instância. Segundo advogados, essa nova jurisprudência serviu de incentivo para que os executivos da empresa repensassem sua posição e passassem a colaborar.
O criminalista Pierpaolo Bottini aponta que quando a execução da pena é antecipada a possibilidade de fazer acordo de delação premiada fica “muito mais urgente”. Ele explica que no processo, geralmente, existem teses relevantes que só serão reconhecidas no STF, e até a ação chegar lá, o réu já está preso.
Segundo Bottini, a maioria dos réus leva em consideração a delação premiada os números de provas e indícios contra ele que estão no processo. Além disso, avaliam se há nulidade no processo, se a prescrição está próxima e se existe outros envolvidos que fecharam o acordo.
Para o criminalista Jair Jaloreto a influência também é certa. “É natural que a mudança de jurisprudência por parte do STF incentiva os advogados dos réus a aconselharem seus clientes a celebrar em acordos de colaboração premiada, visto ser muitas vezes a única saída para não se verem presos prematuramente, ou definitivamente”.
Além disso, ele aponta que o advogado diligente sempre tem como presumir se seu cliente será condenado ou absolvido, principalmente ao considerar decisões anteriores do juiz do caso.
O mesmo aponta o advogado e professor de Direito Penal do Mackenzie Rodrigo Felberg.
Segundo ele, a decisão do STF, “não obstante a clareza do dispositivo constitucional que presume a inocência com o trânsito em julgado”, pode ensejar uma reconfiguração da estratégia de defesa dos réus.
“É inegável que a opção pela delação premiada, que já vinha sendo largamente utilizada por alguns, passou a ser considerada fortemente. E isto porque a complexidade do sistema recursal brasileiro viabiliza a interposição de inúmeros recursos aos tribunais, postergando a definitividade das decisões e, muitas vezes, levando à prescrição dos crimes”, explica.
Felberg trabalhou na operação Porto Seguro, um dos primeiros casos em que houve colaboração no país.
Mudança de entendimento do STF
Por sua vez, o criminalista Daniel Zaclis entende que a mudança de paradigma do STF não teve influência na mudança de postura dos réus.
“Essas pessoas estão presas preventivamente, ou seja, sob os fundamentos de uma prisão cautelar. Penso que a decisão de delatar é muito mais algo imediatista do que qualquer outra coisa. Fosse o contrário, as pessoas que estivessem soltas, com medo do paradigma novo do STF, estariam correndo para delatar também. O que não acontece nos caso”, afirmou.
Segundo Zaclis, ao aceitar o acordo da delação premiada, o réu leva em consideração a probabilidade de ter que permanecer no cárcere por algum tempo, tanto na prisão preventiva quando na prisão-pena. Ele afirma que no caso da operação Lava Jato, as “penas duras” que vêm sendo aplicadas, e as prisões cautelares infindáveis, tornam a delação um bom negócio para alguns réus.
“Não acredito numa repentina ‘bondade’ do acusado, que deseja auxiliar na revelação da verdade”, assinalou.
Uma nova forma de defender o cliente
Outro ponto de debate é sobre os advogados que fazem a defesa de Marcelo Odebrecht e diziam ser contrários à delação premiada.  É certo que os profissionais críticos ao instituto da delação premiada se sentem  desconfortáveis quando seu cliente resolve celebra-la, mas será que o mesmo advogado que negava colaborar, vai passar a negociar o acordo com o Ministério Público Federal?
Quanto a isso, os especialistas não veem problema, ainda que possa não ser a situação mais favorável para o réu. Segundo Zaclis, não há nenhum problema em ter o mesmo advogado na defesa do cliente após a delação.
“Talvez não seja estrategicamente interessante para o cliente, mas não percebo qualquer vedação ética nesse sentido”, disse.
Felberg também pensa assim. Ele aponta que a mudança não implica troca de perfil da banca de advogados que representam o delator, salvo se, eventualmente, haja convicção pré-estabelecida dos defensores a não realização de acordos de delação com a Justiça.
De qualquer jeito, o advogado aponta que  não há qualquer vedação à possibilidade de alteração da estratégia da defesa no deslinde da ação penal. “Como o nome sugere, o ‘acordo’ de delação é um consenso bilateral entre Ministério Público e o defendente, que pode ter sido recusado em algum momento pretérito, mas passa a ser considerado oportuno em outro momento. Nem mesmo com a sentença afasta-se a possibilidade de delação.”
O objetivo do Judiciário é o de buscar a verdade mais próxima da realidade possível, o que, segundo o advogado Jailton Ribeiro Chagas, é uma difícil tarefa uma vez que os criminosos estariam mais preparados do que o sistema e eles planejam anos para colocar em execução aquilo que planejam.
“O melhor é um bom acordo com uma boa delação para se safar de nosso sistema prisional, que é um dos piores do mundo, até porque a máxima de prisão privilegiada para quem tem curso superior, somente perdura enquanto não houver sentença transitada em julgado, depois cumprirá pena em presídio comum, e com certeza não serão bem recebidos”, afirmou.

sábado, 7 de maio de 2016

Maior de SP, túnel da Tamoios começa a ser escavado no Vale

Maior de SP, túnel da Tamoios começa a ser escavado no Vale


O maior túnel rodoviário do Estado começou a ser construído ontem, em Caraguatatuba, na obra da nova pista do trecho de serra da Rodovia dos Tamoios. A estrada está sendo duplicada


O governador Geraldo Alckmin acompanhando o início das escavações do túnel na Tamoios. Foto: Azimg


De responsabilidade da Concessionária Tamoios, do grupo Queiroz Galvão, a obra terá ao todo cinco túneis. O maior deles tem 3.675 metros e começou a ser escavado ontem, no sentido São José, com a presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

A pista coberta da Tamoios superará o túnel de 3.146 metros da Rodovia dos Imigrantes, hoje o maior do Estado. A duplicação do trecho de serra da Tamoios começou em dezembro do ano passado e deve terminar em 2020, com investimento de R$ 2,6 bilhões. O maior túnel estará pronto em três anos.

"Uma autoestrada com tecnologia de ponta, grandes cuidados ambientais e que começa agora, já aqui com a explosão do chamado túnel 5. As obras começam de Caraguá para São José, para Paraibuna, e daqui a alguns meses começa de lá para cá, vão se encontrar as duas frentes de trabalho", afirmou Alckmin.

"É uma rodovia com segurança, conforto, qualidade, sem grandes impactos ambientais e promovendo o desenvolvimento do litoral e do Vale do Paraíba. Uma ligação histórica em uma das regiões mais industrializadas do mundo", completou o governador.

Escavação. O túnel será escavado pelo método conhecido como NATM (New Austrian Tunnelling Method), que consiste em perfurar a rocha, realizar detonações com explosivos e retirar a rocha demolida. No pico das obras de escavação serão gerados 228 empregos diretos. Na obra toda da serra, serão 2.500 empregos diretos.

A entrada do túnel se interligará com o contorno de Caraguá por um viaduto de um quilômetro de extensão, com pilares de 40 metros de altura. Mais de 70% do tempo para a duplicação do trecho de serra da Tamoios serão gastos com a escavação de túneis.

Do total de 21,6 quilômetros de novas pistas (do km 60,4 ao km 82), 12,6 quilômetros são referentes aos cinco túneis da obra. Haverá ainda nove viadutos, uma ponte e um pontilhão.

A duplicação da Tamoios começou em maio de 2012, pelo trecho de planalto, entregue em janeiro de 2014. Estão em andamento obras para construção dos contorno de Caraguá e São Sebastião.


http://www.ovale.com.br/2.620/maior-...-vale-1.678285