sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Indústria perde espaço e Serviços já são quase 70% do PIB

Indústria perde espaço e Serviços já são quase 70% do PIB

27 de fevereiro de 2014 | 18h05
Gustavo Santos Ferreira

Composição do PIB do Brasil

Por participação da atividade econômica, em porcentagem 
AgropecuáriaIndústriaServiços
Desde 2003, a Indústria perdeu considerável terreno entre as atividades econômicas responsáveis pela produção de bens e serviços (PIB) no Brasil. De 27,8% do PIB, naquele ano, a participação do setor caiu para 24,9% do PIB, em 2013 (menos 2,9 pontos porcentuais) –mostram as Contas Nacionais divulgadas nesta quinta-feira pelo IBGE.

Evolução da composição do PIB

Participação da atividade econômica, em porcentagem 
AgropecuáriaIndústriaServiços20032004200520062007200820092010201120122013706050403020100
Importante destacar o caso da Indústria de Transformação. O subitem equivale à metade de toda a Indústria nacional. Sua a queda na formação do PIB foi de nada menos que 5,0 pontos entre 2003 e 2013, dos 18% para os 13%.
E, embora a Agropecuária tenha sido responsável por parte significativa do crescimento econômico do Brasil no ano passado; e mesmo que seja festejada com razão pelo governo por seus sucessivos recordes; ela perdeu espaço no PIB nacional entre 2003 e 2013: recuou de 7,4% para 5,7% da atividade econômica.
Enquanto isso, no mesmo período, a faixa ocupada pelos Serviços subiu 4,6 pontos porcentuais, de 64,8% do PIB para 69,4% do PIB. Mostra a força do consumo obtido pelo incremento de renda observado no Brasil nestes anos.

PIB per capita do Brasil

Em milhares de dólares, em paridade do poder de compra 
20032004200520062007200820092010201120122013131211109876
51%Crescimentoentre2003e2013

De um lado, o PIB per capita do Brasil avançou 51% desde 2003 até o ano passado – este presente texto considera os dados do Fundo Monetário Nacional, ligeiramente diferentes dos do IBGE. De outro, embora a maior parte da renda ainda esteja muito concentrada entre poucos brasileiros, já está bem menos do que era.
Os 38% da população de classe média, em 2003, viraram são 54%. E a considerada classe alta subiu de 13% para 22% dos consumidores entre os mesmo anos. Para 2023, a previsão é de ainda maior poder de compra: a classe média deve ser de 58% dos brasileiros; a classe alta, de 33%.

Divisão de classes do Brasil

Por classe econômica, em porcentagem 
200320132023Classe altaClasse médiaClasse baixa
Está justamente aí está a principal justificativa do avanço dos Serviços: não só de geladeira, tevê de LCD, carro do ano se vive. A classe média também consome seguros de toda a espécie, frequenta salões de beleza e viaja. E, como não tem acesso a serviços de saúde e educação de qualidade, paga cada vez mais por eles.
Fonte: O Estado

Os novíssimos aeroportos totalmente privados

Os novíssimos aeroportos totalmente privados



Além das dezenas de aeroportos da Infraero e dos poucos privatizados pelo governo, o Brasil terá, muito em breve, uma nova categoria de terminais: os totalmente privados, construídos e operados exclusivamente pela iniciativa privada. Em um primeiro momento são quatro empreendimentos, que podem consumir investimentos de R$ 8 bilhões e revolucionar o transporte aéreo, sobretudo em São Paulo, palco de todas as iniciativas. E seus empreendedores acreditam que há espaço para todos.
Os três projetos mais avançados são destinados à aviação geral, como é chamado o segmento de jatinhos e aviões executivos. O primeiro a ser inaugurado é o Aerovale, em Caçapava, cidade paulista que é vizinha de São José dos Campos, berço da Embraer, e que fica a 120 quilômetros da capital estadual. As primeiras decolagens estão esperadas para o final de maio, dias antes da Copa do Mundo. O investimento inicial no projeto foi de R$ 250 milhões, mas este valor poderá passar de R$ 1 bilhão, na área de 2,5 milhões de metros quadrados. A movimentação esperada é de 100 a 150 decolagens diárias.
— Nossa proposta é única, estamos vendendo lotes industriais que têm, junto, um aeroporto. E teremos um mix de empresas, não apenas empresas do setor aeronáutico. E claro, poderemos absorver parte da aviação executiva de São Paulo, que cada vez sofre mais com restrições em aeroportos como Congonhas, Guarulhos e Campo de Marte — afirma Rogério Humberto Penido, presidente do Aerovale, que lembra que já foram vendidos 75 dos 323 lotes disponíveis: — No futuro, teremos ali opções completas, incluindo lojas e restaurantes sofisticados — completou.
O segundo empreendimento mais avançado é o da JHSF. As obras começam na virada de fevereiro para março. Batizado de Catarina, o projeto, localizado em São Roque, a 55 quilômetros de São Paulo, é audacioso: junto com o aeroporto haveria torres corporativas, hotel, centro de convenções, atividades educacionais, um shopping e até projetos residenciais. A empresa não informa valores, mas fontes do mercado estimam que o projeto do aeroporto executivo pode chegar a cerca de R$ 500 milhões, em sua primeira etapa, com pista de 1.940 metros, e mais que dobrar na segunda fase, quando a pista chegará perto dos 2.500 metros. Com previsão de início de operação dos primeiros hangares e da pista no segundo semestre de 2015, o projeto em área de 7 milhões de metros quadrados pode gerar mais de 80 mil decolagens e pousos por ano, movimentando cerca de 400 mil passageiros.
— O nosso projeto é mais abrangente que um simples aeroporto, seria uma mini-cidade. Já temos todas as licenças e temos experiência neste tipo de projeto, como o que fizemos no Shopping Cidade Jardim. No futuro, queremos ser, com uma pista grande, um polo de manutenção aérea e espaço para grandes fabricantes — informou Rogério Lacerda, diretor de incorporações da empresa.
Já o terceiro projeto vive uma batalha jurídica e política. De propriedade da Harpia, a proposta de um aeroporto totalmente voltado à viação executiva em Parelheiros, bairro pobre da Zona Sul paulistana, enfrenta resistências. Com área de cerca de 4 milhões de metros quadrados e com pista prevista de 1.800 metros, o empreendimento poderia atender a 400 mil passageiros por ano. Porém, a prefeitura de São Paulo negou a autorização do empreendimento, alegando problemas ambientas – a região seria próxima a nascente de mananciais e de floresta. Contudo, há quem veja problemas políticos, pois o projeto está sendo tocado por André Skaff, filho do presidente da Fiesp e pré-candidato ao governo paulista.
— O nosso projeto é único, é a única oportunidade de um novo aeroporto na capital paulista. A ideia é ter um aeródromo de padrão internacional, que vai trazer desenvolvimento e empregos para Parelheiros. Estes conflitos não são corretos, protegeremos todas as nascentes, não desmataremos floresta nativa, apenas uma área de eucalipto — afirmou Skaff, que ainda se mostra confiante no projeto de R$ 1 bilhão que, segundo ele, está apenas cinco minutos distantes, de helicóptero, do centro financeiro do país. — Vamos utilizar menos de 20% da área do terreno, o restante será preservado, no final das contas, estamos ajudando a impedir a expansão desenfreada da cidade, isso é feito em outros países do mundo — defende-se, lembrando que seu aeroporto se torna operacional 10 meses após o início das obras.
Além destes três empreendimentos, está em discussão o Novo Aeroporto de São Paulo (NASP), projeto ousado das construtoras Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, que seria gerido pela CCR, que visa competir de igual com Congonhas, Guarulhos e Viracopos. Este projeto, de R$ 5 bilhões, prevê um terminal que seria o maior do país atualmente, com capacidade anual de 45 milhões de passageiros, mais que o triplo do movimento do Galeão.Projeto de 2008, o aeroporto seria localizado em Caieiras, há 25 quilômetros da cidade de São Paulo. No fim do ano, aumentaram os rumores de que o governo autorizaria este aeroporto, criando uma concorrência única do setor. As empresas não comentam e ainda faltam passos importantes no governo para se liberar o empreendimento.
Fato é que, enquanto a Infraero continua a gerir aeroportos como rodoviárias de quinta categoria e que os terminais privatizados correm contra o tempo com obras e modernização, começa a se transformar em realidade uma terceira categoria de aeroportos que mudará, ao menos para quem usa jatinhos, o conceito de terminal aéreo no país.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/os-novissimos-aeroportos-totalmente-privados-11678638#ixzz2ucqbaVEC 
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Expansão do PIB sob Dilma será um terço do previsto no início do governo

Expansão do PIB sob Dilma será um terço do previsto no início do governo

POR DINHEIRO PÚBLICO & CIA
23/02/14  12:00
Dilma Rousseff se elegeu presidente com a expectativa de um mandato de forte crescimento econômico, de 5,9% na média anual.
Ao final do quadriênio, a expansão do PIB (Produto Interno Bruto, a renda do país) deve ficar em torno de 2% ao ano. Veja no infográfico abaixo como desabaram as previsões oficiais.
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O PIB do ano passado, a ser divulgado na quinta-feira, deve ter crescido algo como 2,3%. A alta deste ano, que o governo agora estima em 2,5%, não deve passar de 1,8% para os analistas de mercado.
Em 2010, logo após as eleições presidenciais, a equipe da presidente acreditava que seu governo terminaria a um ritmo de crescimento de 6,5%.
A projeção se baseava nos resultados do final da administração de Lula, quando o PIB se expandia com o impulso da alta dos gastos públicos.
Com Dilma, as despesas federais, estaduais e municipais aumentaram ainda mais rapidamente, mas a economia ficou quase estagnada.
Trata-se de um erro recorrente na história nacional: imaginar que a expansão do poder público trará também a expansão da riqueza do país.
Fonte: Folha de S]ao Paulo - Mercado

Com salto no último trimestre, Embraer amplia lucro em 2013

February 27, 2014 - 04:11

Com salto no último trimestre, Embraer amplia lucro em 2013

Linha de produção da Embraer Foto Divulgação

Empresa registrou lucro líquido de R$ 777,7 milhões e viu crescer receita com entrega de aeronaves e no segmento Defesa
Chico Pereira
São José dos Campos

A Embraer, sediada em São José dos Campos, registrou no ano passado lucro líquido de R$ 777,7 milhões, alta de 11,45% frente aos R$ 697,8 milhões de 2012.
De acordo com o balanço financeiro divulgado ontem pela companhia, o resultado do quarto trimestre de 2013 foi excepcional, tendo registrado lucro líquido de R$ 607,2 milhões, alta de 139,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, que foi de R$ 253,6 milhões.
A receita líquida no trimestre atingiu R$ 5,295 bilhões ante R$ 3,912 bilhões um ano antes.
O vice-presidente executivo e para investidores da empresa, José Antonio Filippo, disse, em áudio-conferência sobre o balanço, que resultado do quarto trimestre foi o melhor desempenho trimestral na história da empresa.
O resultado foi impulsionado pelo número de entregas de aeronaves no trimestre e pelo crescimento do negócio de Defesa & Segurança.
A empresa entregou 32 aeronaves comerciais e 53 jatos executivos (38 leves e 15 grandes).

Receita. 
No ano, a companhia registrou receita total de R$ 13,635 bilhões, acima dos R$ 12,180 bilhões de 2012, com a entrega total de 90 aeronaves comerciais e 119 executivas.
No balanço, a empresa informa que, apesar da redução do número de entregas na aviação comercial, de 2012 para 2013, a receita líquida total cresceu 12%.
Segundo a companhia, o desempenho foi impulsionado pelo aumento nas entregas de jatos executivos e ao crescimento de dois dígitos nas receitas de Defesa & Segurança e pela valorização do dólar frente ao real de aproximadamente 11% no período.

Metas. 
Filippo afirmou que a empresa atingiu a maior parte das projeções feitas para o ano, o que resultou em bom desempenho operacional da fabricante.
No ano passado, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 2,239 bilhões, valor 27% superior ao registrado um ano antes.
A margem Ebitda ficou em 16,4%, 1,9 ponto porcentual acima do verificado em 2012. Também superou a meta de 2013.
Outro fator que colaborou para o bom resultado financeiro foram itens não recorrentes, especialmente a reversão de previsões após a revisão do processo de concordata da American Airlines, uma das principais clientes da fabricante brasileira.

Carteira. 
O vice-presidente financeiro reportou que no ano passado a empresa vendeu 349 aeronaves e fechou o ano com uma carteira firme de encomendas de US$ 18,2 bilhões, crescimento de 46% se comparado com 2012.
O backlog (pedidos firmes) totalizou 429 aeronaves. Segundo Filippo, esse volume representa cinco anos de produção.

Segmento. 
A receita por segmento mostra que a aviação comercial respondeu por 52,7% da receita (R$ 7,186 bilhões). A aviação executiva respondeu por 26,8% (R$ 3,958 bilhões), a Defesa & e Segurança, por 16,1% (R$ 2,601 bilhões).


SAIBA MAIS
LucroEmbraer registra lucro líquido de R$ 777 milhões no ano passado, mostra balanço financeiro da empresa
AltaEsse resultado representa alta de 11,45% ante o ano anterior
ReceitaA companhia obteve no ano passado receita líquida de R$ 13,6 bilhões, alta de 12% em relação a 2012
DesempenhoNo quarto trimestre de 2013, a empresa registrou lucro líquido de R$ 607 milhões, alta de 139% em relação a um ano. Foi o melhor desempenho trimestral na história da empresa
PrevisãoPara este ano, a Embraer projeta receita de US$ 6 bilhões a US$ 6,5 bilhões. Estima entregar de 92 a 97 jatos comerciais e de até jatos executivos