segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Alternativas vão de VLT a metrô

NOSSA REGIÃO
September 4, 2011 - 03:02

Alternativas vão de VLT a metrô

Ônibus em São José Aaron Kawai
Conclusão do estudo de origem e destino está prevista para dezembro e deve apontar quais as melhores saídas para S. José; entre as soluções estariam corredores exclusivos para ônibus, linhas expressas e trens
Beatriz Rosa
São José dos Campos

Qual será o melhor modelo de mobilidade urbana para livrar os corredores viários de São José de um colapso? É melhor construir um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), um BRT (ônibus que circulam em corredores exclusivos), um monotrilho ou um metrô?

Essa é uma das perguntas que o Ipplan (Instituto de Pesquisa Administração e Planejamento) de São José pretende responder até maio de 2012.

“Iremos avaliar a capacidade de suporte viário e que novos modelos a cidade pode adotar de acordo com sua topografia e demanda. São José não tem condições de manter um único modelo de transporte de massa”, disse a diretora do Ipplan, Cynthia Gonçalo.

Segundo ela, o primeiro passo é a conclusão da pesquisa de Origem e Destino, prevista para dezembro. “Essa pesquisa irá nos mostrar onde estão as matrizes de deslocamento para podermos planejar o sistema do futuro. Dados estratégicos que irão mostrar onde é necessário investir.”

Para Cynthia, a cidade não pode mais errar em seu plano macroviário. “Hoje a prefeitura age corretivamente, são ações importantes, mas temos que planejar um modelo viários para daqui há 10, 20 e 30 anos.”

Ações. Com 60% do sistema viário comprometido, o secretário Anderson Farias Ferreira trabalha agora para remodelar o trajeto dos 383 ônibus que circulam pela cidade. O modelo adotado por dez anos de ampliação da malha viária não é mais sustentável.

“A frota de veículos cresceu muito rápido num curto espaço de tempo. Se não fossem as novas malhas viárias já teríamos chegado a um colapso. Mas, agora o nosso enfoque é outro. Precisamos melhorar os trajetos dos ônibus para garantir mais velocidade e atrair mais usuários. Nosso desafio é fazer o motorista migrar para o transporte coletivo.”

Expressas. Ferreira aposta na criação de linhas expressas. “Algumas linhas possuem trajetos muito longos. Precisamos reconfigurá-las. Nossa meta é criar linhas circulares em micro regiões que poderão ser integradas com corredores estruturais onde circulam diversas linhas. Isso reduz tempo, mas os usuários precisam mudar o comportamento e fazer a troca de ônibus.” Outra meta da pasta é intercalar as paradas dos ônibus nos pontos.

Zona leste tem as piores linhasSão José dos Campos

Ônibus lotado, linha Santa Inês
A linha para o Novo Horizonte, na zona leste de São José (foto) é considerada a mais precária de atendimento do transporte público. A prefeitura prometeu uma solução até o final do ano: 20 novos coletivos vão atender os principais bairros como Jardim Santa Inês e Novo Horizonte, e o distrito de Eugênio de Melo. Até lá, quem depende dessas linhas precisa esperar mais de uma hora no ponto para conseguir entrar em um ônibus ‘menos cheio’. Isso porque quando os coletivos estão acima da capacidade máxima permitida, 96 pessoas, os motoristas não param no ponto e o usuário é obrigado a esperar pelo próximo horário. Mesmo em ônibus ‘menos cheio’ os usuários seguem apertados disputando todos os espaços.

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