sexta-feira, 3 de agosto de 2012

São José é a 3ª no ranking de crescimento de loteamentos


August 3, 2012 - 02:06

São José é a 3ª no ranking de crescimento de loteamentos

Loteamento em São José. Foto: Victor Moriyama
Loteamento em São José. Foto: Victor Moriyama
Em todo o interior paulista, cidade fica atrás apenas de Sorocaba e São José do Rio Preto; dados são de balanço do Secovi
Paulo Lopes
São José dos Campos

São José dos Campos é a terceira cidade do interior do Estado que mais recebeu loteamentos nos últimos 12 anos. Desde 2000, foram 25.305 lotes.
São José ficou atrás de Sorocaba e São José do Rio Preto, com 42.697 e 28.850 lotes, respectivamente.
Os dados foram levantados pelo Secovi a partir da compilação de dados do Graprohab (Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo).
Segundo Sérgio Guimarães Pereira Júnior, que possui uma empresa em São Paulo especializada em urbanização de terrenos residenciais e industriais, os números revelam a escassez de terrenos e os altos valores cobrados por imóveis na cidade de São Paulo, o que têm elevado a procura por loteamentos no interior do Estado.
“Há uma forte tendência de valorização das regiões situadas no interior de São Paulo”, disse Sérgio.
O presidente da Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba), Cléber Córdoba, disse que todas as classes sociais são responsáveis por esse número.
Segundo Cléber, as classes A e B estão fugindo do centro da cidade para lugares mais afastados, procurando mais tranquilidade e segurança.
“Eles estão querendo mais segurança e empreendedores estão investindo nisso. É muito comum os loteamentos mais afastados terem um padrão alto para atrair estas classes”, afirmou Córdoba.
Para o secretário de Planejamento Urbano de São José dos Campos, Osvaldo de Paula, houve uma consolidação nos loteamentos em todas as regiões da cidade, o que ocasionou a criação de lotes.

Investimento. Outra razão apontada pelos especialistas pelo número expressivo de novos lotes criados na cidade é de ordem financeira.
Os lotes são uma boa fonte de investimento. Nos últimos anos foi a aplicação que mais rendeu.
“Levantamentos de alguns anos atrás mostram que os imóveis valorizaram mais de 50%. Os investidores vêm atrás do que é certo. Hoje, ninguém que comprar um terreno e sair no prejuízo”, afirmou Córdoba.
Por conta desta valorização, Sérgio Guimarães diz que muitos moradores de São José preferem comprar lotes nas cidades vizinha. “Cidades como Caçapava e Pindamonhangaba atraem joseenses porque é possível encontrar terrenos com preço inferior.
Prefeitura. Os dados não batem com os números da prefeitura. Segundo o secretário de Planejamento Urbano, Osvaldo de Paula, nos últimos 16 anos foram 23.396 lotes.
“A diferença pode estar na forma como é contado os lotes. Talvez os números estejam contando um terreno em uma avenida que foi divido e transformado em lote.”
A prefeitura faz a contagem de lotes a partir da divisão de loteamentos.
POR DENTRO
Ranking
Segundo levantamento do Secovi, a partir da compilação de dados do Graprohab, São José dos Campos foi a terceira cidade do interior paulista que mais recebeu lotes

Números
As cinco primeiras cidades que mais receberam lotes foram: 


  1. Sorocaba (42.697), 
  2. São José do Rio Preto (28.850) 
  3. São José dos Campos (25.305 ), 
  4. Araraquara (22.805) e 
  5. Franca (21.160)


Explicação
Segundo Sérgio Pereira Júnior, muitos moradores saem da Cidade de São Paulo por conta dos altos valores de imóveis e da escassez de terrenos

Moradores estão ‘fugindo’ da capital
São José dos Campos

A preferência dos consumidores por comprar lotes no interior paulista se dá por conta de vários fatores.
O auxiliar administrativo Pedro Camargo, 32 anos, trabalha em São Paulo mas mora em São José dos Campos. Ele vai e volta de moto todos os dias.
Para ele o custo de vida na capital e a maior tranquilidade no interior é fundamental para sua escolha.
“Eu prefiro morar em São José mesmo trabalhando em São Paulo porque minha família é daqui e sai mais barato ir e voltar do que alugar um apartamento lá”, disse Pedro.
O engenheiro de telecomunicações, Carlos Roberto Alves, 44 anos, chegou de São Paulo há oito anos, após conseguir um emprego em São José. Assim que chegou comprou um lote para construir sua própria casa.
“Preferi construir minha casa porque já naquela época o preço de imóvel em São Paulo já era muito caro”, disse Carlos. O corretor de imóveis Jonas Fonseca, 37 anos, diz que os novos empreendimentos querem buscar esse filão de moradores de outras cidades e por isso há investimento em novos residenciais.

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