terça-feira, 7 de agosto de 2012

Filiais da MRV são incluídas em cadastro de trabalho escravo


Filiais da MRV são incluídas em cadastro de trabalho escravo


Filiais da Construtora  MRV foram incluídas em cadastro do Ministério do Trabalho de empregadores que tenham submetido funcionários a condições análogas às de escravo, segundo a última atualização da relação.

A companhia, que teve dois projetos de condomínios residenciais  no interior de São Paulo incluídos na relação, afirmou em comunicado ter sido "surpreendida com a inclusão de seu nome no cadastro (...) e está tomando todas as medidas e ações cabíveis para promover a exclusão de seu nome do cadastro".

Os projetos da MRV listados no cadastro são Residencial Parque Borghesi, em Bauru, e Condomínio Residencial Beach Park, em Americana.

"A MRV repudia veementemente qualquer prática que não respeite os direitos trabalhistas de colaboradores do seu quadro de empregados e dos quadros de seus fornecedores e parceiros", afirmou a empresa.

Segundo comunicado do ministério, na última atualização do cadastro, de 31 de julho, 118 nomes de empregadores infratores foram incluídos, seja de atuação no meio rural, como no urbano.

Para ter o nome retirado do cadastro de trabalho escravo, o ministério impõe como condição monitoramento direto ou indireto por dois anos para "verificar a não reincidência na prática do trabalho escravo e o pagamento das multas resultantes da ação fiscal".

"Apenas nove empregadores lograram êxito, nesta atualização, em comprovar os requisitos para a devida exclusão", afirmou o ministério.

Desde julho de 2005, transitaram pelo cadastro 631 nomes, tanto de pessoa física quanto de jurídica.

DA REUTERS



Caixa suspende financiamentos à MRV em meio a investigação




A Caixa Econômica Federal suspendeu nesta quinta-feira a concessão de novos financiamentos à MRV Engenharia após filiais da construtora terem sido incluídas no cadastro do Ministério do Trabalho de empregadores que tenham submetido funcionários a condições análogas às de escravo na véspera.

 A Caixa é signatária do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil.

Na quarta-feira, a construtora mineira teve dois projetos incluídos na lista do Ministério do Trabalho: Residencial Parque Borghesi, em Bauru, e Condomínio Residencial Beach Park, em Americana, ambos no interior de São Paulo.

"A MRV repudia veementemente qualquer prática que não respeite os direitos trabalhistas de colaboradores do seu quadro de empregados e dos quadros de seus fornecedores e parceiros", afirmou a empresa na véspera, em comunicado.

A MRV também informou estar tomando todas as medidas para remover seu nome do cadastro.

"Enquanto o problema que deu origem à inclusão não for resolvido, o infrator fica impedido de ter acesso a novos créditos", informou a Caixa em nota nesta quinta-feira. "No momento, não temos novas propostas em vias de ser contratadas com a MRV".

A MRV é uma das principais parceiras da Caixa e a maior repassadora de recursos do programa "Minha Casa, Minha Vida", do governo federal.

As operações da companhia já contratadas junto à Caixa não serão suspendidas, segundo o banco, "uma vez que uma eventual paralisação de obras já iniciadas, além dos sérios prejuízos econômico-financeiros, resultaria, de pronto, em desemprego dos trabalhadores que estejam sendo utilizados nessas obras." As ações da MRV encerraram o pregão com perda de 5,78 por cento, a maior queda desde 20 de julho, quando o papel perdeu 6,35 por cento, e a maior desvalorização do Ibovespa, que recuou 1,37 por cento.

Fonte: Reuters

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