São Paulo tem um terço dos 100 maiores PIBs municipais
34 dos maiores PIBs estão concentrados no estado
Rio de Janeiro – Dos 100 municípios com o maior Produto Interno Bruto (PIB) do país, 34 estão no estado de São Paulo, informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na pesquisa Produto Interno Bruto dos Municípios 2010, divulgada hoje (12). A cidade de São Paulo sozinha responde por R$ 443,600 bilhões, equivalente a 11,77% do PIB brasileiro.
Além de abrigar 21% da população nacional (41,589 milhões de pessoas), o estado de São Paulo concentra a produção industrial, de serviços e agrícola, o que explica o grande número de municípios entre os maiores PIBs. Enquanto a região metropolitana é prioritariamente tomada por indústrias, pelo comércio e por serviços, municípios médios e pequenos são beneficiados pela produção agropecuária, com destaque para o gado leiteiro e de corte, a soja, o café, a cana-de-açúcar e laranja.
Guarulhos, que abriga o principal aeroporto do estado, aparece na oitava colocação, com R$ 37,139 bilhões. Campinas, onde funciona uma das mais importantes universidades brasileiras, a Unicamp, é a 11ª, com PIB de R$ 36,688 bilhões. Em seguida vêm Osasco, com R$ 36,389 bilhões, e São Bernardo do Campo, berço da indústria automobilística, com R$ 35,578 bilhões.
Barueri aparece na 16ª colocação, com R$ 27,752 bilhões, e Santos, na 17ª, favorecido pelo porto e pelo turismo de verão, com R$ 27,616 bilhões.
Dois outros municípios paulistas se destacam: São José dos Campos, na 22ª posição, com PIB de R$ 24,117 bilhões, e Jundiaí, na 23ª, com R$ 20,124 bilhões. Santo André, em 29º lugar, registra R$ 17,258 bilhões, e Ribeirão Preto, em 30º, aparece com R$ 17,004 bilhões. Na ponta inferior da tabela estão Jacareí, em 99º, com PIB de R$ 5,661 bilhões, e Cajamar, em 100º, com R$ 5,501 bilhões.
São Paulo passa a ter o 2º maior PIB agropecuário do País, diz IBGE
Estado com maior participação nos valores adicionados da indústria e do setor de serviços, São Paulo ganhou espaço também na produção agropecuária em 2010, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com 11,3% do total gerado pelo setor agropecuário naquele ano, o Estado paulista passou a ser o 2º no ranking, deixando passando o Rio Grande do Sul. Em 2009, São Paulo tinha a 3ª participação no valor adicionado bruto da agropecuária, com 9,4% do total.
A expansão do setor agropecuário paulista está atrelado ao crescimento de algumas culturas naquele ano, como a cana-de-açúcar, cuja alta em todo o Brasil foi de 15,9%, laranja (35,8%), milho (16,9%), café (57%) e banana (102,5%). São Paulo é o principal produtor dessas culturas que tiveram grande destaque em 2010.
A liderança ainda está com Minas Gerais, que ampliou, em um ano, de 14,4% para 15,2% sua participação na atividade agropecuária brasileira. O Rio Grande do Sul teve redução de 11,8% para 11,1% de 2009 para 2010, caindo para o 3º lugar. Em 2010, o valor bruto da produção agrícola chegou a R$ 154 bilhões, alta de 8,9% em relação ao ano anterior.
A produção mais tímida de soja naquele ano fez com que Mato Grosso perdesse espaço na produção agropecuária nacional. Em 2009, o Estado era responsável por 9,3% do valor gerado pela produção agrícola nacional. No ano seguinte, essa proporção não passou de 6,9%.
Na indústria, São Paulo teve pequena retração, mas segue firma na liderança, com 33,3% do total gerado pelo setor. Um ano antes, essa participação era de 33,9%. Já a indústria do Rio de Janeiro perdeu muito espaço em 2010. Um ano antes, era responsável por 12,7% do valor gerado pela indústria, e no ano seguinte, essa proporção caiu para 10,7%.
Com a queda no desempenho, a indústria fluminense deixou de ser a segunda maior geradora de riquezas do País, perdendo o posto para Minas Gerais. A indústria mineira passou a ser responsável por 11,4% da riqueza gerada pela indústria em 2010. Um ano antes, essa participação era de 11%. O incremento da indústria de Minas Gerais deve-se, principalmente, à atividade de mineração. O Pará, Estado com alta atividade extrativa, saltou de uma participação de 2,7% para 3,2% em 2010.
No setor de serviços, ocorreram poucas alterações significativas. São Paulo gerou a maior riqueza, com 33,3% do total, seguido pelo Rio de Janeiro (11,5%), Minas Gerais (8,3%) e Rio Grande do Sul (6,3%).
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